EFEMÉRIDE – Alfredo da Silva, industrial português e um dos maiores empresários do Portugal de então, faleceu em Sintra no dia 22 de Agosto de 1942. Nascera em Lisboa, em 30 de Junho de 1871. Fundou um vasto “império” que abrangeu empresas emblemáticas, como a Companhia União Fabril (CUF), a Tabaqueira, o Estaleiro da Rocha do Conde de Óbidos (depois Lisnave), a Carris, o Banco Totta e a Companhia de Seguros Império.
Filho de um comerciante com recursos, foi estudar para França até à morte do pai, o que o obrigou a regressar. Matriculou-se no Curso Superior de Comércio. Em 1890, com apenas 19 anos, tornou-se gestor da herança da família. Três anos mais tarde, já era administrador da Companhia Aliança Fabril (CAF) e do Banco Lusitano. Aos 26 anos, concebeu um projecto audacioso: a fusão da sua empresa, a CAF, com a CUF. Era uma questão de sobrevivência: ambas as companhias viviam em grandes dificuldades. Em 22 de Abril de 1898 foi formalizada a constituição da nova CUF, que passou a produzir sabões, velas e óleos vegetais e viria a tornar-se um gigante da indústria, ao iniciar em Portugal a produção de adubos em grande escala.
Em 1907 a Companhia União Fabril estava em plena expansão e era necessário encontrar um local para instalar novas unidades fabris. Alfredo da Silva escolheu o Barreiro. A pequena vila à beira do Tejo nunca mais viria a ser a mesma. De resto a empresa veio a espalhar várias fábricas pelo país, empregando 16 mil pessoas ao todo. O lema da Companhia União Fabril era "O que o País não tem, a CUF cria".
Alfredo da Silva foi vítima de dois atentados fracassados o que o levou a exilar-se em Espanha e França, gerindo a CUF à distância.
Foi eleito deputado em 1906 antes de apoiar Sidónio Pais e de conquistar um lugar na Câmara Corporativa em 1935. Em 1936 foi adjudicada a concessão do Estaleiro da Rocha Conde de Óbidos à CUF: foi a revolução na construção naval em Portugal e o embrião da Lisnave.
Alfredo da Silva, graças ao seu poder económico e ao sentido do negócio, podia por vezes interessar-se por empreendimentos diferentes da sua mais habitual actividade industrial. Exemplo disso foi a aquisição do Cineteatro Éden, que nem sequer tinha a intenção de explorar como tal. Mais tarde vendeu-o com grande lucro.
Salazar considerava o empresário demasiado independente para o seu gosto… Assim, existiram dois projectos que Alfredo da Silva nunca conseguiu realizar: o primeiro, em 1926, quando tentou avançar com a constituição da Companhia Portuguesa de Rádio Marconi. O outro, nos anos 1930, quando tentou, em concurso, que fosse arrendada à CUF a concessão da Linha de Caminho de Ferro Sul-Sueste, pertença dos Caminhos-de-Ferro do Estado.
Após a sua morte, a CUF passou para o comando do Grupo Mello, composto pelo genro Manoel de Mello e os filhos Jorge de Mello e José de Mello.
Filho de um comerciante com recursos, foi estudar para França até à morte do pai, o que o obrigou a regressar. Matriculou-se no Curso Superior de Comércio. Em 1890, com apenas 19 anos, tornou-se gestor da herança da família. Três anos mais tarde, já era administrador da Companhia Aliança Fabril (CAF) e do Banco Lusitano. Aos 26 anos, concebeu um projecto audacioso: a fusão da sua empresa, a CAF, com a CUF. Era uma questão de sobrevivência: ambas as companhias viviam em grandes dificuldades. Em 22 de Abril de 1898 foi formalizada a constituição da nova CUF, que passou a produzir sabões, velas e óleos vegetais e viria a tornar-se um gigante da indústria, ao iniciar em Portugal a produção de adubos em grande escala.
Em 1907 a Companhia União Fabril estava em plena expansão e era necessário encontrar um local para instalar novas unidades fabris. Alfredo da Silva escolheu o Barreiro. A pequena vila à beira do Tejo nunca mais viria a ser a mesma. De resto a empresa veio a espalhar várias fábricas pelo país, empregando 16 mil pessoas ao todo. O lema da Companhia União Fabril era "O que o País não tem, a CUF cria".
Alfredo da Silva foi vítima de dois atentados fracassados o que o levou a exilar-se em Espanha e França, gerindo a CUF à distância.
Foi eleito deputado em 1906 antes de apoiar Sidónio Pais e de conquistar um lugar na Câmara Corporativa em 1935. Em 1936 foi adjudicada a concessão do Estaleiro da Rocha Conde de Óbidos à CUF: foi a revolução na construção naval em Portugal e o embrião da Lisnave.
Alfredo da Silva, graças ao seu poder económico e ao sentido do negócio, podia por vezes interessar-se por empreendimentos diferentes da sua mais habitual actividade industrial. Exemplo disso foi a aquisição do Cineteatro Éden, que nem sequer tinha a intenção de explorar como tal. Mais tarde vendeu-o com grande lucro.
Salazar considerava o empresário demasiado independente para o seu gosto… Assim, existiram dois projectos que Alfredo da Silva nunca conseguiu realizar: o primeiro, em 1926, quando tentou avançar com a constituição da Companhia Portuguesa de Rádio Marconi. O outro, nos anos 1930, quando tentou, em concurso, que fosse arrendada à CUF a concessão da Linha de Caminho de Ferro Sul-Sueste, pertença dos Caminhos-de-Ferro do Estado.
Após a sua morte, a CUF passou para o comando do Grupo Mello, composto pelo genro Manoel de Mello e os filhos Jorge de Mello e José de Mello.
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