EFEMÉRIDE – Ronnie Biggs, de seu verdadeiro nome Ronald Arthur Biggs, salteador inglês célebre por ter participado em 8 de Agosto de 1963 no roubo de 125 sacos cheios de dinheiro (68 milhões de dólares ao câmbio actual), do comboio postal Glasgow - Londres, nasceu em Lambeth no dia 8 de Agosto de 1929, completando hoje oitenta anos.
Foi detido no ano seguinte ao assalto. Julgado e condenado a 30 anos de prisão, escapou da penitenciária em 1965, escalando o muro com uma escada feita de cordas. Fugiu para Paris, onde adquiriu um passaporte falso e fez uma cirurgia plástica. Em 1970, mudou-se para Adelaide, na Austrália. Trabalhou na montagem de cenários para televisão, até que um repórter o reconheceu. Fugiu então para Blackburn North em Melbourne, permanecendo ali durante algum tempo antes de viajar para o Brasil, deixando para trás a esposa e os dois filhos.
Em 1974, foi encontrado pelo jornal Daily Express no Rio de Janeiro. Um repórter recebera informações acerca do seu paradeiro e os detectives da Scotland Yard foram no seu encalço. No entanto Biggs não podia ser extraditado, pois na época não havia acordos recíprocos nem tratados assinados entre o Brasil e o Reino Unido. Ainda por cima, a então namorada brasileira de Biggs estava grávida, situação que impedia a sua expulsão, segundo a lei do Brasil. A sua situação de foragido também não lhe permitia trabalhar legalmente, mas não o impedia de tirar proveito do azar da Scotland Yard. Repentinamente, chávenas, t-shirts e outros objectos com a figura de Biggs estampada começaram a surgir em pontos turísticos do Rio. Por alguns dólares, qualquer um poderia almoçar e bater um papo com o charmoso anti-herói.
Em 1981, Biggs foi sequestrado por uma gang de aventureiros, que o levou até Barbados esperando receber uma recompensa da polícia britânica. O plano foi desmascarado e Biggs fez uso de brechas na lei para ser mandado de regresso ao Brasil.
Acabou por se tornar de certo modo uma celebridade. Diz-se que voltou várias vezes a Inglaterra, durante a realização de um documentário sobre o assalto, sempre disfarçado.
Após a tentativa de extradição, gravou “Mailbag Blues”, uma narrativa musical da sua vida, que ele pretendia usar como banda sonora de um filme.
O filho de Biggs com Raimunda de Castro, Michael Biggs, seguiu uma carreira musical, tornando-se membro do grupo infantil “Turma do Balão Mágico” e ajudando à sobrevivência do pai. Pouco tempo depois, no entanto, o grupo terminou, deixando pai e filho novamente em delicada situação financeira.
Em 2001 declarou ao jornal “The Sun” que estava disposto a voltar para a sua terra natal, mesmo sabendo que seria detido logo que desembarcasse em Inglaterra. Biggs voltou efectivamente a Inglaterra, sendo imediatamente preso. A viagem, num jacto fretado, foi paga pelo “The Sun”, que teria pago igualmente mais de 44,000 libras, além das despesas relativas à viagem, em troca da exclusividade pela história.
Após diversos apelos e petições para a sua libertação (baseados na saúde frágil de Biggs, que sofreu dois ataques cardíacos e vários derrames), terem sido negados pela justiça britânica, o seu advogado anunciou em 2008 que, por ter cumprido um terço da sua condenação, Biggs teria direito à liberdade condicional. O pedido foi no entanto recusado, pois Biggs não mostrava arrependimento pelos seus crimes. Em 28 de Julho último, foi internado com uma pneumonia grave e anteontem, 6 de Agosto de 2009, o Ministro da Justiça da Inglaterra concedeu-lhe finalmente a liberdade devido ao seu débil estado de saúde.
Foi detido no ano seguinte ao assalto. Julgado e condenado a 30 anos de prisão, escapou da penitenciária em 1965, escalando o muro com uma escada feita de cordas. Fugiu para Paris, onde adquiriu um passaporte falso e fez uma cirurgia plástica. Em 1970, mudou-se para Adelaide, na Austrália. Trabalhou na montagem de cenários para televisão, até que um repórter o reconheceu. Fugiu então para Blackburn North em Melbourne, permanecendo ali durante algum tempo antes de viajar para o Brasil, deixando para trás a esposa e os dois filhos.
Em 1974, foi encontrado pelo jornal Daily Express no Rio de Janeiro. Um repórter recebera informações acerca do seu paradeiro e os detectives da Scotland Yard foram no seu encalço. No entanto Biggs não podia ser extraditado, pois na época não havia acordos recíprocos nem tratados assinados entre o Brasil e o Reino Unido. Ainda por cima, a então namorada brasileira de Biggs estava grávida, situação que impedia a sua expulsão, segundo a lei do Brasil. A sua situação de foragido também não lhe permitia trabalhar legalmente, mas não o impedia de tirar proveito do azar da Scotland Yard. Repentinamente, chávenas, t-shirts e outros objectos com a figura de Biggs estampada começaram a surgir em pontos turísticos do Rio. Por alguns dólares, qualquer um poderia almoçar e bater um papo com o charmoso anti-herói.
Em 1981, Biggs foi sequestrado por uma gang de aventureiros, que o levou até Barbados esperando receber uma recompensa da polícia britânica. O plano foi desmascarado e Biggs fez uso de brechas na lei para ser mandado de regresso ao Brasil.
Acabou por se tornar de certo modo uma celebridade. Diz-se que voltou várias vezes a Inglaterra, durante a realização de um documentário sobre o assalto, sempre disfarçado.
Após a tentativa de extradição, gravou “Mailbag Blues”, uma narrativa musical da sua vida, que ele pretendia usar como banda sonora de um filme.
O filho de Biggs com Raimunda de Castro, Michael Biggs, seguiu uma carreira musical, tornando-se membro do grupo infantil “Turma do Balão Mágico” e ajudando à sobrevivência do pai. Pouco tempo depois, no entanto, o grupo terminou, deixando pai e filho novamente em delicada situação financeira.
Em 2001 declarou ao jornal “The Sun” que estava disposto a voltar para a sua terra natal, mesmo sabendo que seria detido logo que desembarcasse em Inglaterra. Biggs voltou efectivamente a Inglaterra, sendo imediatamente preso. A viagem, num jacto fretado, foi paga pelo “The Sun”, que teria pago igualmente mais de 44,000 libras, além das despesas relativas à viagem, em troca da exclusividade pela história.
Após diversos apelos e petições para a sua libertação (baseados na saúde frágil de Biggs, que sofreu dois ataques cardíacos e vários derrames), terem sido negados pela justiça britânica, o seu advogado anunciou em 2008 que, por ter cumprido um terço da sua condenação, Biggs teria direito à liberdade condicional. O pedido foi no entanto recusado, pois Biggs não mostrava arrependimento pelos seus crimes. Em 28 de Julho último, foi internado com uma pneumonia grave e anteontem, 6 de Agosto de 2009, o Ministro da Justiça da Inglaterra concedeu-lhe finalmente a liberdade devido ao seu débil estado de saúde.
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