terça-feira, 8 de setembro de 2009

EFEMÉRIDERichard Georg Strauss, compositor e maestro alemão, considerado um dos mais destacados músicos entre o final da Era Romântica e o início da Idade Moderna, morreu em Garmisch-Partenkirchen no dia 8 de Setembro de 1949. Nascera em Munique, em 11 de Junho de 1864.
Não existe qualquer grau de parentesco entre ele e os dois Johann Strauss (pai e filho), originários de Viena e conhecidos como os “reis da valsa”.
Ainda criança, Strauss estudou violino e harpa e, antes de completar dez anos, já havia escrito uma serenata para instrumentos de sopro.
Viria a ser Director da Ópera de Weimar (1886), de Berlim (1898) e de Viena (1919-1924).
Entre 1886 e 1898 Richard Strauss assombrou o mundo com uma série de poemas sinfónicos e sinfonias. Quando, por volta de 1909, conheceu o poeta Hugo von Hofmannsthal, uma nova fase se abriu na produção musical de Richard Strauss, que passou a ser dedicada sobretudo à ópera.
Após a subida ao poder de Hitler (1933), Richard Strauss aceitou ser nomeado Director do “Reichsmusikkammer” (1934). Este facto levou a que houvesse suspeitas de simpatia com o nazismo, o que fez com que ele sofresse o desdém de outros músicos que eram veementemente contra o regime, entre os quais Toscanini e Arthur Rubinstein. Valerá no entanto salientar que Strauss não era anti-semita, tendo mesmo colaborado com um escritor judeu, Stefan Zweig, autor do libreto de uma de suas óperas, “Die Schweigsame Frau”, e de tudo ter feito para defender a sua nora que era judia. Após a derrota de Hitler em 1945 Richard Strauss foi chamado a depor, mas o tribunal absolveu-o de qualquer ligação ideológica ao partido nazi. Convidado em 1947 a reger concertos em Londres, foi ali recebido entusiasticamente.
Pouco depois, Richard Strauss compôs a sua última obra: "Quatro Últimas Canções".
Como compositor de óperas, é curioso assinalar que a maioria delas têm por título nomes de mulheres e estão centradas em personagens femininos.
Musicalmente, Richard Strauss levou a “atonalidade” a paroxismos de histeria em “Salomé” e, principalmente, em “Elektra”, a mais atonal das partituras do compositor. No entanto, em “Der Rosenkavalier”, ele resolveu voltar atrás, misturando valsas e suaves melodias tonais, com todo o arrojo das tendências musicais contemporâneas, e este foi mais ou menos o caminho que trilhou até ao fim da vida.
Strauss nunca escondeu que os seus compositores favoritos eram Wagner e Mozart e, efectivamente, encontra-se forte influência de ambos nas suas partituras.

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