EFEMÉRIDE – Bashar al-Assad, político sírio e Presidente da República desde 2000, nasceu em Damasco no dia 11 de Setembro de 1965. Sucedeu ao pai, Hafez al-Assad.
Fez os primeiros estudos numa escola laica, onde aprendeu francês e inglês. Os professores lembram-se do facto de ele, mesmo depois do pai ascender à Presidência da República em 1971, nunca ter beneficiado de qualquer tratamento especial, pois continuou a ir à escola sem o acompanhamento de seguranças e utilizando sempre os autocarros escolares. Em 1982, foi admitido na Universidade de Damasco, licenciando-se em Oftalmologia em 1988. Efectuou quatro anos de internato no Hospital Militar de Tishreen, nos arredores de Damasco. Para prosseguir a sua especialização, partiu para Londres no Outono de 1992, trabalhando no Western Eye Hospital. Mais tarde, foi assistente do Dr. Ed Schulenber no St Mary's Hospital. Conheceu em Londres a sua futura esposa, Asma al-Akhras.
Inicialmente, demonstrou muito pouco interesse pela política. O pai educara o seu irmão mais velho, Basil al-Assad, para ser o futuro presidente. A morte deste num acidente de automóvel em 1994 mudou porém a situação e Bashar ficou a ser o herdeiro político do pai.
Bashar voltou então à Síria, ingressando na Academia Militar de Homs. Em 1999, foi promovido a coronel efectuando diversas missões oficiais no estrangeiro em representação do país.
O pai viria a falecer no ano 2000 e Bashar al-Assad tornou-se General do Estado Maior e Chefe Supremo das Forças Armadas Sírias. Nomeado candidato pelo Partido Árabe Socialista Baaz (único partido do regime) para a Presidência da República, foi eleito num referendo realizado em Julho de 2000, tomando posse uma semana depois.
O começo de seu mandato foi marcado por uma esperança de mudanças democráticas, que foi frustrada com a continuidade da política anterior. Ante a ameaça de uma guerra preventiva levada a cabo pela administração norte-americana, a instabilidade do Líbano, na qual a Síria mantinha uma forte presença militar, e as constantes tensões com o seu vizinho Israel, Bashar al-Assad procurou manter um discurso reformista que poderia satisfazer os anseios da União Europeia e dos Estados Unidos, mas que na prática não produziu nenhuma concessão ao movimento de oposição do país.
A forte pressão internacional sobre Bashar al-Assad após a morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, cuja autoria foi atribuída aos serviços secretos sírios, fez com que as tropas mantidas no Líbano fossem retiradas.
Bashar al-Assad foi reeleito num referendo que teve lugar em 2007 e em que obteve 97,62% dos votos. Em Junho de 2010, iniciou uma série de viagens pela América Latina, visitando Cuba, Venezuela, Brasil e Argentina.
Em 2011, face a várias manifestações no mundo árabe pedindo reformas democráticas, o governo de al-Assad prometeu liberalizar mais a política do país. Porém, face à lentidão dessas mudanças ou ao não cumprimento das promessas, os opositores ao regime começaram uma série de protestos pedindo o derrube do Presidente, que respondeu aos manifestantes com o envio de efectivos do exército. A violência da repressão fez com que vários países, como os Estados Unidos, Canadá e os membros da União Europeia, adoptassem sanções contra a Síria. Uma verdadeira guerra civil está instalada em território sírio, sem fim à vista e já com milhares de vítimas e muitas populações deslocadas.
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