EFEMÉRIDE – Sherwood Anderson, escritor norte-americano, nasceu em Camden, Ohio, no dia 13 de Setembro de 1876. Morreu no Panamá em 8 de Março de 1941.
Depois dos negócios do pai terem falido, a família via-se forçada a mudar frequentemente de residência. As dificuldades levaram o pai de Anderson ao alcoolismo, enquanto a mãe morreu em 1895. Anderson viu-se obrigado, muito novo, a fazer vários biscates para ajudar a família.
Mudou-se depois para Chicago, onde fez trabalhos braçais até à viragem do século. Alistou-se no exército e participou na Guerra Hispano-americana em Cuba. Após a guerra, trabalhou com o irmão numa editora em Springfield.
Estudou na Wittenburg Academy, sendo ao mesmo tempo copywriter em Chicago. Em 1904, casou-se com Cornelia Lane, filha de uma família rica de Ohio. Foi pai de 3 filhos e mudou-se para Cleveland, onde montou um serviço de entregas e uma loja de pintura. Voltou depois para Chicago, onde trabalhou de novo numa editora e numa agência de publicidade.
Ficou conhecido sobretudo pela recolha de contos, “Winesburg, Ohio”, que conta várias histórias de pessoas do povo, por vezes frustradas pelas suas vidas e cuja acção se passa no Ohio. Influenciou várias figuras da então jovem geração de ficcionistas americanos, nomeadamente Ernest Hemingway, William Faulkner, John Steinbeck e Erskine Caldwell.
Sherwood tinha acumulado uma rica experiência social antes de se tornar escritor. Além disso, o pai era um contador de histórias imaginárias da sua própria vida. Tudo isto lhe foi útil para a sua carreira literária. Ele exprimiu com delicadeza os movimentos psicológicos complexos dos seus personagens. Com audácia (para a época) substituiu o puritanismo vigente, descrevendo com tacto as emoções sexuais dos rapazes e das raparigas, em contextos por vezes tumultuosos.
Quando se dirigia de barco para a América do Sul em companhia da sua 4ª esposa, contraiu uma peritonite, depois de ter engolido acidentalmente um palito quando comia azeitonas. Faleceu dias depois.
Deixou uma vasta obra (romances, contos e novelas, ensaios e peças de teatro), que tem sido raramente reeditada – o que leva a um certo desconhecimento do seu real valor.
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