EFEMÉRIDE – Romy Schneider, de seu verdadeiro nome Rosemarie Magdalena Albach, actriz austro alemã naturalizada francesa, nasceu em Viena no dia 23 de Setembro de 1938. Morreu em Paris, em 29 de Maio de 1982.
Estreou-se no cinema aos catorze anos, no filme “Lilases Brancos”. Aos 17 anos, tornou-se famosa ao interpretar a Imperatriz Elisabeth de Wittelsbach (Sissi), no filme com o mesmo nome. Sissi era uma adolescente bonita, irreverente e capaz de quebrar todos os protocolos da nobreza europeia, de modo a conquistar o jovem Imperador austríaco Francisco-José I e os seus súbditos. O filme conquistou as plateias de todo o mundo, batendo recordes de bilheteira e gerando duas continuações: “Sissi, a Imperatriz” e “Sissi e o Seu Destino”, todos dirigidos por Ernst Marischka.
Já famosa mundialmente, recusou continuar a interpretar jovens princesas e partiu para filmes mais adultos, escandalizando os seus fãs em 1958, ao participar no filme “Senhoritas de Uniforme”, história acerca do lesbianismo num colégio feminino. No mesmo ano, entrou em “Christine” e apaixonou-se loucamente pelo seu galã, o então também jovem e promissor actor francês Alain Delon. O romance durou até 1963 e o casamento dos dois foi várias vezes anunciado e outras tantas adiado.
Nessa época, a sua vida cruzou-se com o realizador Luchino Visconti, que mudou radicalmente a sua trajectória de actriz, dando-lhe um papel sexy e digno de uma grande estrela, em “Boccaccio 70”.
A Columbia ofereceu-lhe um contrato de sete anos, para sete filmes e um cachet de um milhão de francos por cada um deles. Romy instalou-se em Hollywood, de 1962 a 1965. Começou por interpretar o filme de Otto Preminger, “O Cardeal”, que foi um sucesso. Não se adaptando porém com as técnicas utilizadas em Hollywood, que eram bem diferentes daquelas a que estava habituada, e stressada depois de ver fotografias de Alain Delon com outra jovem, rompeu o contrato que a ligava à Columbia e regressou a Paris, onde consumou a ruptura com Delon.
Em 1964, filmou “O Inferno” de Henri-Georges Clouzot, filme onde mudou radicalmente a sua imagem e revelou o seu potencial erótico.
O seu primeiro casamento (1966) foi com o realizador alemão Harry Meyen, pai do seu filho David. Separaram-se em 1972 e casou-se com o seu secretário pessoal, Daniel Biasini, de quem acabaria também por se separar em 1981. Quando morreu, vivia há pouco mais de um mês com o produtor francês Laurent Pétin.
Morreu aos 43 anos, no seu apartamento em Paris. Estava a ser tratada de uma profunda depressão provocada pelo suicídio do primeiro marido e, logo depois, pela trágica morte do filho de ambos, que ao pular um portão para não incomodar os avós, com quem estava a passar férias, foi empalado pelas setas da grade e morreu devido a perfuração dos intestinos. Romy abusava de calmantes, de álcool e fumava três maços de cigarros por dia. Alguns dias antes de falecer, tinha-se submetido a uma operação para extracção do rim direito devido a um tumor.
Ganhou por duas vezes o César de Melhor Actriz. Em 2008, a Academia dos Césars concedeu-lhe a título póstumo o Prémio Souvenir por ocasião do 70º aniversário do seu nascimento. Foi Alain Delon quem subiu ao palco para receber o prémio e pedir uma grande ovação em honra da malograda actriz.
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