EFEMÉRIDE – António de Serpa Pimentel, um dos políticos portugueses mais notáveis das últimas décadas do século XIX, morreu em Lisboa no dia 2 de Março de 1900. Nascera em Coimbra, em 20 de Novembro de 1825. Foi deputado e conselheiro de Estado, ministro, líder do Partido Regenerador e presidente do conselho de ministros de um dos governos da Monarquia Constitucional.
Pretendendo seguir a carreira militar, assentou praça em 1842 como aspirante de infantaria. Ingressou posteriormente na Universidade de Coimbra, doutorando-se em Matemática no ano de 1846. Casou em Junho de 1862, com a francesa Anne Zoe Bernex Philipon, de quem teve quatro filhos.
Iniciou-se na vida política em 1856, ao ser eleito deputado por Oliveira de Azeméis. Em Março de 1859, foi nomeado ministro das Obras Públicas, cargo que ocupou até Julho de 1860. Interinamente, foi também ministro da Guerra, de Abril de 1859 a Maio de 1862. Em Outubro de 1872, foi chamado a ocupar a pasta de ministro da Fazenda. Em Janeiro de 1876, foi nomeado Conselheiro de Estado. De Novembro de 1881 a Outubro de 1883, foi ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi encarregado de ir a Paris pedir a mão da princesa D. Amélia de Orleães para o então príncipe D. Carlos. Em Agosto de 1886, ascendeu ao lugar de presidente do Tribunal de Contas.
Em Julho de 1887, falecido Fontes Pereira de Melo, foi escolhido para chefe do Partido Regenerador. Na sequência do Ultimato britânico de 1890, que levou à queda do governo de José Luciano de Castro, foi encarregado de formar novo governo, a que presidiu desde Janeiro até Setembro de 1890.
A assinatura do Tratado de Londres apaziguou as relações luso-britânicas, que se tinham deteriorado em razão de divergências quanto à política africana seguida por Portugal, mas levou à demissão de António Serpa e à queda do seu governo.
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