domingo, 24 de março de 2013

24 DE MARÇO - CARLOS CRUZ

EFEMÉRIDECarlos Pereira Cruz, radialista e apresentador de televisão português, nasceu em Torres Novas no dia 24 de Março de 1942. Também exerceu as funções de director de informação, director de programas e director coordenador da RTP1.
Aos 4 anos de idade, foi para Angola com a família, ali ficando até aos dezassete. Começou a fazer rádio aos 14 anos. Foi relator desportivo e produtor de programas desportivos na Emissora Católica e no Rádio Clube de Angola. Em 1960, já em Lisboa, ingressou na Emissora Nacional e, em 1962, entrou para a televisão. Iniciou-se no “TV Motor”, passando logo a seguir para o “Tele Desporto”. Em 1966, apresentou na RTP, nas tardes de sábado, ao mesmo tempo que cumpria o serviço militar como oficial miliciano, o programa sobre actualidades musicais “Discorama”.
Em 1968, apresentou o programa PBX, transmitido pela Rádio Renascença. No ano seguinte, integrou um dos mais inovadores programas da televisão portuguesa, o “Zip-Zip”, juntamente com Raul Solnado e Fialho Gouveia. Na rádio, teve igualmente o programa “Tempo Zip” e, na Rádio Renascença, seria o fundador do Serviço de Noticiários em 1973.
Como director de programas da RTP1, negociou a compra para Portugal da telenovela “Gabriela, Cravo e Canela”, a primeira adaptação do romance homónimo de Jorge Amado.
Foi conselheiro de imprensa da missão portuguesa junto da Organização das Nações Unidas, entre 1975 e 1979.
Na década de 1980, de novo com Raul Solnado e Fialho Gouveia, apresentou o programa “E o Resto São Cantigas”. Na rádio, foi o apresentador do programa “Pão Com Manteiga”, dirigindo em 1982 a revista “Mais”. Apresentou ainda o programa “Duplex” na Rádio Comercial. Em 1984, foi o apresentador e grande responsável por trazer de Espanha o concurso “1, 2, 3 que foi um grande sucesso. Apareceu também no filme “Vidas” de António da Cunha Telles. Apresentou, em 1986, um formado inovador na RTP2, a “Quinta do Dois”, cujo cenário adoptava o ambiente da rádio. Neste programa, foi criado o personagem Zé da Viúva, desempenhado pelo actor Carlos Cunha. Outros dos intervenientes eram Cândido Mota e os Parodiantes de Lisboa. Produziu também o musical “Enfim Sós”, onde despontaram nomes como as cantoras Dulce Pontes e Dora.
Em 1990, fundou a CCA – Carlos Cruz Audiovisual, Lda., entre outras empresas, responsáveis pela produção de onze programas semanais para a RTP1, entre os quais: “A Roda da Sorte”, “O Preço Certo”, “Isto… só Vídeo” e “Marina, Marina”. Ficaria, desde então, conhecido como o Senhor Televisão. Apresentou ainda “Carlos Cruz Quarta-Feira” e “Zona+”.
Foi director de antena da TVI, em 1996. De 1999 a 2000, apresentou “Quem Quer Ser Milionário”, na RTP1. Em Junho de 2000, recebeu das mãos de Jorge Sampaio, o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Mudou-se depois para a SIC, onde apresentou programas como “A Febre do Dinheiro”, “Noites Marcianas”, “A Linha da Sorte” e “Fora de Série”. Terminou a sua carreira na SIC com “Escândalos e Boatos”, só apresentando o primeiro dos programas, antes de rebentar o denominado Processo Casa Pia.
Foi ainda o rosto da campanha institucional para a introdução do Euro em Portugal e presidente da Comissão Executiva da Candidatura Portuguesa ao Campeonato Europeu de Futebol de 2004.
A sua vida profissional foi interrompida em 2003, após a acusação de ter desenvolvido actividades pedófilas, vendo-se envolvido no caso de abuso sexual contra alunos da Casa Pia de Lisboa. Em Fevereiro de 2003, foi detido no âmbito desse mesmo processo. Esteve preso até Maio de 2004, passando depois à situação de prisão domiciliária.
Na fase de julgamento, o Ministério Público acusou-o de quatro crimes. Em Setembro de 2010, foi considerado culpado de três crimes de abuso sexual de menores por um tribunal de primeira instância, tendo sido condenado a sete anos de prisão efectiva. Carlos Cruz declarou-se sempre inocente e diz «ter sido vítima de uma monstruosidade jurídica». Depois de vários recursos, aguarda-se a qualquer momento a sua detenção para cumprimento da pena. Escreveu entretanto, em 2004, um livro com a sua versão dos factos e a sua defesa: “Preso 374.  

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