quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

14 DE FEVEREIRO - SIMPLÍCIO


EFEMÉRIDE - Simplício, de seu nome Francisco Flaviano de Almeida, humorista brasileiro, morreu em Itu no dia 14 de Fevereiro de 2004.   Nascera na mesma cidade em 5 de Outubro de 1916. Foi o responsável pela fama de Itu ser a cidade onde tudo é grande.
O seu interesse pela carreira artística surgiu quando assistiu ao espectáculo de um circo. Impressionou-se ao ponto de deixar a sua cidade e partir juntamente com os artistas do circo, tornando-se um deles. Com a companhia de circo, percorreu o interior do estado de São Paulo e grande parte do país, acabando por conhecer o actor Manuel de Nóbrega, que o convidou para trabalhar.
Já a morar em São Paulo, passou a actuar em programas humorísticos nas rádios Cultura (com o programa “O Clube dos Mentirosos”) e Piratininga (com o programa “Torre de Babel”). Fez parte do primeiro programa de humor da televisão brasileira, “A Praça da Alegria”, transmitido pela TV Tupi, a convite de Manuel de Nóbrega.
Simplício ainda passou pela Rede Record, Rede Bandeirantes, Rede Globo e SBT. Foi na Rede Globo, em 1967, que começou a fazer o personagem que divulgava Itu como «a cidade onde tudo é grande». O que começou como piada, acabou por ser a “marca” da cidade, tornando Simplício muito querido entre os seus conterrâneos.  O seu último trabalho na televisão foi no programa “A Praça É Nossa” do SBT.
Antes da carreira artística, Simplício trabalhou como vendedor num armazém e também numa fábrica de tecidos, além de ter sido pipoqueiro, engraxador, jornaleiro e vendedor de guloseimas nos comboios. Ele gostava também de música e tocava bateria. Chegou a ser secretário municipal da Cultura e Turismo em Itu.
Simplício casou-se em 1959, tendo tido dois filhos e vários netos. Numa das suas últimas entrevistas, Simplício contou que passara a ser chamado por esta alcunha na sua estreia no circo, na cidade de Amparo, quando alguém o lembrou que ele precisava de um nome artístico. «Eu sempre fui um cara muito simples, quase simplório, aí começaram a chamar-me Simplício» - confessou ele.
Simplício morreu aos 87 anos, num hospital em Itu, vitimado por uma hemorragia interna, decorrente da falência múltipla de órgãos. O então prefeito de Itu, Lázaro Piunti, decretou luto oficial por três dias. O comércio central trabalhou com as portas entreabertas, em sinal de luto.
Em 2001, o jornalista Salathiel de Souza iniciou pesquisas com o objectivo de escrever a primeira biografia oficial do humorista. Em 2003, o resultado foi apresentado como “Trabalho de Conclusão do Curso de Comunicação Social na Faculdade Prudente de Moraes de Itu». Resultou daqui o livro “Simplício: Um Contador de Histórias – Vida e Obra de Francisco Flaviano de Almeida”, lançado em 2016, na Academia Ituana de Letras, na comemoração do centenário do seu nascimento.

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