sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

8 DE FEVEREIRO - R. M. BALLANTYNE


EFEMÉRIDE - R. M. Ballantyne, de seu nome completo Robert Michael Ballantyne, escritor escocês, autor sobretudo de livros para jovens, morreu em Roma no dia 8 de Fevereiro de 1894. Nascera em Edimburgo, em 24 de Abril de 1825.  Foi também um pintor talentoso, tendo exposto algumas aquarelas na Academia Real Escocesa.
O pai era editor de um jornal e tipógrafo na empresa familiar Ballantyne & Co. Um tio era editor do escritor escocês Walter Scott.  Em 1832, a família mudou-se para a Fettes Row, no norte da New Town de Edimburgo. Uma crise bolsista no Reino Unido, em 1825, resultou no colapso da empresa de impressão Ballantyne & Co no ano seguinte, com dívidas de 130 000 libras esterlinas, o que levou ao declínio da fortuna da família.
Ballantyne foi para o Canadá com 16 anos e passou cinco a trabalhar para a Companhia da Baía de Hudson. Negociou peles de animais com os nativos americanos locais, o que exigiu dele deslocações de canoa e trenó para as áreas ocupadas pelas províncias modernas de Manitoba, Ontário e Quebec, experiências que formaram a base da sua novela “Snowflakes and Sunbeams: The Young Fur-Traders” (1856). As saudades da família e de casa, durante esse período, levaram-no a escrever longas cartas para a mãe. Ballantyne relembra-o na sua autobiográfica “Personal Reminiscences in Book Making” (1893).
Em 1847, Ballantyne voltou para a Escócia e soube que o pai tinha morrido. Publicou o seu primeiro livro no ano seguinte, “Hudson's Bay: or, Life in the Wilds of North America”, e durante algum tempo foi empregado dos editores, os senhores Constable. Em 1856, desistiu do emprego para se concentrar na carreira literária e iniciou a série de histórias de aventuras para jovens, com a qual o seu nome é popularmente associado. Publicou, com regularidade, mais de 100 livros.
The Coral Island” é a mais popular das obras de Ballantyne, ainda hoje lida e lembrada. Passou algum tempo com os faroleiros em Bell Rock, antes de escrever “The Lighthouse” e, ao pesquisar para redigir o livro “Deep Down”, esteve alguns dias com os mineiros de estanho da Cornualha.
Em 1866, casou-se com Jane Grant, de quem teve três filhos e três filhas. Passou os últimos anos de vida em Harrow, Londres, antes de se mudar para Itália por causa da sua saúde, possivelmente sofrendo da doença de Ménière não diagnosticada. Morreu em Roma, aos 68 anos.
O escritor Robert Louis Stevenson, seu contemporâneo, ficou de tal moldo impressionado com a leitura de “The Coral Island” que veio a escrever o romance “A Ilha do tesouro”, inspirado em vários temas abordados por Ballantyne. Stevenson, aliás, homenageou-o com um poema introdutório.

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