Actualmente é presidente do Conselho
de Administração do Novo Banco dos Açores.
Frequentou o Liceu Nacional
Antero de Quental, em Ponta Delgada, licenciou-se em Filosofia e
terminou o Curso Complementar de Ciências Pedagógicas, pela Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa.
Foi professor do ensino
secundário e do ensino superior privado, além de jornalista, com uma passagem
pelo jornal “República”.
Membro da Acção Socialista
Portuguesa, Jaime Gama foi detido pela PIDE em 1965, após deslocação
a Roma para participar num encontro da Internacional Socialista. Em 1969,
foi candidato a deputado à Assembleia Nacional, pela Comissão
Eleitoral de Unidade Democrática, oposição democrática não comunista,
participada também por monárquicos anti-salazaristas e católicos progressistas.
Em 1973, esteve entre os
militantes fundadores do Partido Socialista.
Quando ocorre o 25 de Abril de
1974, Jaime Gama encontrava-se a cumprir o serviço militar, como oficial
miliciano do CICA 2 (Centro de Instrução de Condutores Auto da
Figueira da Foz). Esta circunstância levou-o a participar directamente nas
operações militares do golpe que levou à queda do governo de Marcelo Caetano.
Daí foi requisitado para dirigir a informação e os noticiários da Emissora
Nacional, hoje RDP.
Com uma longa carreira
parlamentar, iniciada logo na Assembleia Constituinte, onde além de
deputado foi presidente da Comissão dos Assuntos das Regiões Autónomas
(1975/1976), foi várias vezes eleito deputado à Assembleia da República,
a partir de 1976, pelo círculo dos Açores e, a partir de 1983, pelo círculo de
Lisboa. Foi vice-presidente (1976/1978) e presidente (1991/1992 e 1993/1995) do
Grupo Parlamentar do PS; presidiu às comissões parlamentares dos Negócios
Estrangeiros (1976/1978) e de Defesa Nacional (1985/1991).
A experiência parlamentar foi interrompida diversas vezes para exercer
funções governativas; Jaime Gama estreia-se como ministro da Administração
Interna, no segundo governo de Mário Soares, que resultou de uma coligação
com o CDS-PP de Diogo Freitas do Amaral, em 1978; assume a função de ministro
dos Negócios Estrangeiros, de novo sendo primeiro-ministro Mário Soares,
em coligação com o PSD (o chamado governo do Bloco Central), 1983/1985;
repete o cargo no primeiro governo de António Guterres, 1995/2002; continuou
com Guterres, então como ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, no seu segundo governo, que tomou posse em 1999 e durou até
2002, quando Guterres se demitiu na sequência de um mau resultado do PS nas eleições
autárquicas desse ano.
Quando regressa à Assembleia,
na sequência das Legislativas de 2002, ganhas pelo PSD de Durão
Barroso, foi presidir a Comissão de Assuntos Europeus e Política Externa
(2002/2005); assumindo, subsequentemente, o cargo de presidente da Mesa da
Assembleia da República (2005/2009) e, nessa qualidade, o cargo inerente de
membro do Conselho de Estado (2005/2011).
Publicou “Política Externa
Portuguesa” (1983/1985, 1995/1999, 1999/2002).
Em 23 de Março de 2016, foi feito
Chanceler das Antigas Ordens Militares. pelo presidente
da República Marcelo Rebelo de Sousa.
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