domingo, 31 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDEKenzaburō Ōe, escritor japonês, Prémio Nobel de Literatura em 1994, nasceu em Ehime no dia 31 de Janeiro de 1935.
Veio ao mundo numa vila rodeada pela floresta da ilha de Shikoku, onde a família habitava desde há séculos sem que nenhum dos seus membros tenha emigrado. Desde a escola primária interessou-se pelas culturas estrangeiras, através da literatura, descobrindo as “Aventuras de Huckleberry Finn » de Mark Twain, numa tradução japonesa, que ele aprenderia de cor, na sua versão original, quando da ocupação americana.
Aos dezoito anos ingressou na Universidade de Tóquio para estudar literatura francesa. Estudante brilhante mas solitário, com vergonha da sua pronúncia provinciana, foi sob o efeito do uísque e de tranquilizantes que começou a escrever em 1957, bastante influenciado pelas literaturas contemporâneas francesa e americana, particularmente de François Rabelais, Albert Camus e Jean-Paul Sartre. Estudou igualmente a obra de Louis-Ferdinand Céline que ele reconheceu como uma das suas maiores influências.
Em 1963 a nascença de um filho deficiente «modificou o seu universo com uma violência comparável a uma explosão solar». Na sequência deste acontecimento pessoal, escreveu duas obras: “Um caso muito pessoal”, cuja personagem central é pai de uma criança deficiente mental, e “Notas sobre Hiroshima”, uma recolha de ensaios sobre os sobreviventes de Hiroshima.
Depois de ter recebido o Prémio Nobel, Ōe anunciou que não escreveria mais romances, argumentando com o facto do seu filho, compositor, ter a partir de então a sua própria voz, não necessitando das suas obras de ficção.
Marcado pelos prejuízos causados pelo nacionalismo de uma sociedade militarizada, tornou-se defensor da Democracia e de uma Constituição pacífica.
A obra de Ōe, complexa e densa, ocupa um lugar à parte na literatura japonesa contemporânea. A extrema originalidade do seu estilo espelha uma literatura atormentada, imaginativa e rica em metáforas.
Em “Agwîî, o monstro das nuvens » (1964), o escritor evoca o seu filho autista, que será um personagem recorrente nas suas obras. O “seu mundo” traduz a angústia dos seres humanos face às grandes mudanças dos tempos modernos. Denunciou igualmente a urbanização galopante e a veneração das novas tecnologias, aconselhando a volta à contemplação da natureza e à meditação. O universo deste romancista caracteriza-se por fragmentos autobiográficos, misturados com uma imaginação prodigiosa sem paralelo na literatura japonesa contemporânea. O sonho convive com a razão e as suas histórias acompanham os mitos e o imaginário.
Recebeu o Prémio Akutagawa, a maior recompensa literária japonesa, com a idade de 23 anos; o Prémio Europalia 1989 pelo conjunto da sua obra; a Ordem do Mérito Cultural Japonês em 1994 e o título Doutor Honoris Causa do Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais em 2005.

sábado, 30 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDESven Olof Joachim Palme, político socialista reformista sueco, primeiro-ministro da Suécia entre 1969/1976 e 1982/1986, nasceu em 30 de Janeiro de 1927. Foi assassinado no dia 28 de Fevereiro de 1986, em Estocolmo, à saída de um cinema.
Olof Palme ficou conhecido como um dos maiores exemplos da Social-Democracia Escandinava, tendo levado mais longe que qualquer outro político a ideia de conciliar uma economia de mercado com um estado social. Durante o seu governo, a Suécia gozou de uma forte economia e dos melhores níveis de assistência social do mundo. Ficou ainda conhecido como forte opositor ao Apartheid, à Guerra do Vietname e à Proliferação das armas nucleares, o que lhe causou graves conflitos com os Estados Unidos, incluindo um corte de relações diplomáticas.
Ainda hoje é desconhecida a identidade do seu homicida e o motivo para o assassinato. Têm havido teorias da conspiração para todos os gostos, desde serviços secretos sul-africanos ou americanos até movimentos indianos e curdos. Nunca se descobriu, porém, nada de fiável.
Palme estudou Direito antes de se lançar na política. Dirigiu o Partido social-democrata desde 1968 até à sua morte. Ao mesmo tempo pragmático e homem de convicções, seguiu uma política internacional corajosa (para uns), arriscada (para outros).
No plano interno, realizou reformas muito ambiciosas, como por exemplo os “fundos salariais”. Estes fundos de investimento eram destinados a comprar o capital das empresas privadas e permitir assim uma espécie de socialização lenta da economia privada. Este sistema foi suprimido em 1991 e nunca mais restabelecido.
Desde a sua morte, o “Prémio Olof Palme” recompensa anualmente uma obra de cariz humanitário. Existe também uma Fundação Internacional com o seu nome.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDEGermaine Greer, académica, crítica e escritora australiana, reconhecida internacionalmente como uma das mais importantes feministas do século XX, nasceu em Melbourne no dia 29 de Janeiro de 1939.
Cresceu no subúrbio de Mentone, tendo estudado na escola católica Star of the Sea College em Gardenvale. Ingressou depois na Universidade de Melbourne. Após ter concluído a sua licenciatura mudou-se para a cidade de Sydney, onde se envolveu no grupo libertário de intelectuais de esquerda “Sydney Push”. Ainda nesta cidade, em 1963, fez um mestrado com uma tese sobre Lord Byron. Este trabalho permitiu-lhe conquistar uma bolsa de estudos para fazer o doutoramento na Universidade de Cambridge.
Em Cambridge, Germaine fez parte de uma companhia de teatro amador, os “Cambridge Footlights”, que a lançou nos meios artísticos de Londres. Colaborou na revista satírica “OZ”, assinando os textos com o pseudónimo “Dr. G.”.
Tendo concluído o seu doutoramento em 1968, subordinado às primeiras peças de William Shakespeare, tornou-se professora de Língua inglesa na Universidade de Warwick. No mesmo ano casou-se com um jornalista australiano, mas o casamento durou apenas três semanas e terminou em divórcio no ano de 1973.
Em 1970 Germaine Greer publicou “A Mulher Eunuco”, o livro pelo qual é mais conhecida até hoje. Viajou por várias países com o objectivo de o promover. Numa dessas viagens, em 1972, visitou a Nova Zelândia, onde foi detida por utilizar as palavras "fuck" e "bullshit" num discurso. O caso gerou manifestações de apoio a Greer, por parte de largos sectores do público.
Em 1989 regressou à Universidade de Cambridge como professora, mas deixou o cargo em 1996.
Em Janeiro de 2005, Greer foi um dos oito concorrentes escolhidos para participar no Big Brother (versão de celebridades), apesar de ter criticado antes o formato do programa. Cinco dias após ter entrado na “casa”, Greer deixou-a acusando a produção de assédio e criticando os outros participantes pela busca desesperada de protagonismo.
Trabalha e vive na Inglaterra, onde continua a ser uma figura controversa e incontornável da vida pública britânica.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDEAntónio Feliciano de Castilho, escritor romântico português, polemista e pedagogo, inventor do Método Castilho de Leitura, nasceu em Lisboa no dia 28 de Janeiro de 1800. Faleceu, também na capital portuguesa, em 18 de Junho de 1875.
Foi muito doente em criança, com sérios sintomas de tísica, que culminaram aos seis anos de idade com um ataque de sarampo que o deixou cego. A cegueira impediu-o durante toda a vida de escrever e ler, tendo de estudar ouvindo a leitura de textos e sendo obrigado a ditar toda a sua obra literária.
Aprendendo somente pelo que ouvia ou lhe diziam, Castilho conseguiu alcançar razoável erudição no latim e nas humanidades clássicas, o conhecimento superficial de algumas línguas e um conhecimento profundo da língua portuguesa, que lhe permitiu distinguir-se como poeta e prosador.
Instruiu-se no conhecimento dos poetas latinos e matriculou-se na Universidade de Coimbra, na Faculdade de Cânones, em que se licenciou em Direito.
O seu talento poético começou a desenvolver-se ainda em criança, versejando com a máxima facilidade. Tinha 16 anos quando escreveu e publicou um “Epicédio” na morte de D. Maria I. Esta obra foi acolhida com surpresa, por ser feita por um poeta tão jovem e sobretudo cego. Como reconhecimento, foi-lhe concedida uma pequena pensão com carácter de incitamento.
Em 1820 publicou uma Ode à morte de Gomes Freire e seus companheiros. Nesse ano também imprimiu anonimamente o elogio dramático “A Liberdade”, para ser representado num teatro particular.
De 1826 a 1834 viveu com o seu irmão Augusto, que era sacerdote em Castanheira de Vouga. Foram oito anos em que Portugal viveu tempos difíceis, com perseguições políticas e violência generalizada, a que se seguiu a Guerra Civil (1828-1834). Apesar das naturais repercussões, a localidade foi para Castilho um local de refúgio, o que lhe permitiu atravessar aqueles tempos conturbados dedicando-se ao estudo dos clássicos. Foi nessa época que traduziu as Metamorfoses e os Amores de Ovídio, que escreveu muitos dos versos que depois se incorporaram nas “Escavações poéticas” e que compôs os poemetos “A noite do Castelo” e os “Ciúmes do Bardo”.
A publicação das “Cartas de Echo e Narciso” motivou ao poeta uma aventura romântica com uma dama reclusa no convento de Vairão, que resultou numa série de quadras do “Amor e Melancolia”, que o poeta publicou em Coimbra no ano de 1828. Concluída a guerra e extintos os conventos, esta senhora veio a casar com o poeta em 1834, falecendo porém em 1837.
Castilho esteve empenhado num projecto visando divulgar a História de Portugal, iniciando uma publicação em fascículos intitulada “Quadros históricos”.
No ano de 1840 acompanhou o irmão à Madeira, onde este, afectado por tuberculose, procurava alívio para a sua doença. Não resultando o tratamento, Augusto faleceu no último dia desse ano. Castilho casou-se com uma senhora madeirense, matrimónio de que nasceram sete filhos e que durou 31 anos, até à morte da esposa.
Em 1 de Outubro de 1941 publicou-se o primeiro número da “Revista Universal Lisbonense”, por ele fundada e dirigida, e à qual se dedicou quase em exclusivo até 1845. Por esta época iniciou o período mais fecundo da sua produção literária, consolidando a sua reputação como escritor. Contra ele se rebelou Antero de Quental (entre outros jovens estudantes de Coimbra) na célebre polémica do “Bom-Senso e Bom-Gosto”, vulgarmente chamada “Questão Coimbrã”, que opôs os jovens representantes do realismo e do naturalismo aos vetustos defensores do ultra-romantismo. Castilho deixou a direcção da “Revista Universal Lisbonense” em 1845 e, nesse ano e no seguinte, em colaboração com o irmão José, deu início à “Livraria Clássica Portuguesa”, onde escreveu as biografias do padre Manuel Bernardes e de Garcia de Resende.
Castilho empenhou uma grande parte da sua vida lutando contra o analfabetismo da população portuguesa de então. Pretendeu fazer adoptar um método de aprendizagem de leitura, que denominou o “Método Português” (depois conhecido como o “Método Português de Castilho”), que provocou grandes polémicas.
No meio de uma generalizada descrença dos pedagogos sobre a sua eficácia, o governo nomeou-o Comissário para a Propagação do Método Português e deu-lhe um lugar no Conselho Superior de Instrução Pública. Contudo, nunca se adoptou oficialmente o método para uso generalizado nas escolas públicas, recusa que seria o grande desgosto da vida de Castilho.
Com graves problemas financeiros e desgostoso pela frieza com que fora acolhido o seu Método, em 1847 partiu para os Açores, fixando-se em Ponta Delgada, cidade onde viveu até 1850.
Recebido como um herói, rapidamente conquistou a simpatia da aristocracia local, em particular da próspera elite dos comerciantes. Instalado em São Miguel com o apoio de alguns magnatas locais, dedicou-se à escrita e ao fomento cultural.
Nesse período, escreveu “Estudo Histórico-Poético de Camões” e fundou uma tipografia, onde se imprimiu um jornal local. Castilho era o redactor principal, dedicando-se, para além da escrita, à realização de conferências. Fundou também a “Sociedade dos Amigos das Letras e Artes”, escrevendo vários livros. Com o apoio das autarquias, foram criadas escolas gratuitas, onde se ensaiou pela primeira vez a leitura pelo “Método Castilho”.
Regressou a Lisboa desencantado com a experiência açoriana e dedicou-se com renovada energia à luta contra os adversários do seu método de leitura, de que se publicaram duas edições em 1850, saindo a terceira em 1853, com o título de “Methodo Portuguez Castilho”.
Em 1853 foi nomeado Comissário Geral de Instrução Primária, tendo de imediato impulsionado a abertura de cursos públicos em Lisboa, Leiria, Porto e Coimbra, para instruir os professores no seu método, do qual publicou em 1854 a quarta edição. Continuou entretanto a sua actividade de escritor e polemista.
Quando D. Pedro V criou em 1858 as cadeiras do Curso Superior de Letras de Lisboa, ofereceu a Castilho a cadeira de literatura portuguesa, que ele não aceitou.
Em 1861 publicou uma nova edição de “Amor e melancolia”, complementada com a Chave do enigma e com uma autobiografia até 1837. Em 1862 publicou a tradução dos “Fastos” de Ovídio, em 6 volumes. Em 1863 deu à estampa a colecção de poesias “Outono”.
Em 1866 foi a Paris em companhia do seu irmão José, tendo sido apresentado a Alexandre Dumas, de quem era admirador. Em 1867, também em Paris, promoveu uma luxuosa tradução das “Geórgicas” de Virgílio. Traduziu “Fausto” de Goethe, a partir de uma versão francesa, visto não saber alemão.
Morreu em 1875, estando presentes no seu funeral todas as classes da sociedade, ministros, colegasda Academia das Ciências de Lisboa, representantes das letras e do jornalismo e os homens mais ilustres da magistratura, do professorado e das forças armadas.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDEGomes Freire de Andrade, militar português, nasceu em Viena no dia 27 de Janeiro de 1757. Morreu no Forte de São Julião da Barra, em 18 de Outubro de 1817.
Era filho de um embaixador de Portugal na corte austríaca e de uma condessa pertencente a uma antiga e ilustre família nobre da Boémia.
Teve a educação que na época se costumava dar aos filhos da nobreza. Gomes Freire veio para Portugal com 24 anos de idade, já com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo. Destinado à carreira militar, entrou como cadete no regimento de Peniche, sendo em 1782 promovido a alferes. Passou à Armada Real, embarcando em 1784 na esquadra que foi auxiliar as forças navais espanholas de Carlos III no bombardeamento de Argel.
Regressado a Lisboa, foi promovido a tenente da marinha e, em 1788, voltou ao antigo regimento com o posto de sargento-mor. Obteve uma licença para servir no exército de Catarina II, em guerra contra a Turquia, e partiu para a Rússia. Em São Petersburgo terá conquistado as maiores simpatias na corte e da própria imperatriz. Na campanha de 1788-1789, comandada pelo príncipe Potemkine, distinguiu-se nas planícies do rio Danúbio, na Guerra da Crimeia e sobretudo no cerco a Oczakow. A imperatriz atribuiu-lhe, para recompensar a sua bravura e heroísmo, o posto de coronel do seu exército que, em 1790, foi confirmado pelo exército português.
Depois, na esquadra do príncipe de Nassau, salvou-se milagrosamente durante a batalha naval de Schwensk, quando os canhões suecos fizeram ir a pique a “bateria flutuante” que ele comandava. Recebeu o Hábito de São Jorge, uma das Ordens mais importantes da Rússia.
Voltou a Lisboa, para embarcar com destino à Catalunha, na Divisão que Portugal enviou em auxílio da Espanha contra a República francesa.
Gomes Freire regressou depois a Portugal, vindo a ser Grão-mestre da Maçonaria. Foi entretanto acusado de liderar uma conspiração nacional-liberal contra a monarquia absolutista de D. João VI (ausente no Brasil). Foi detido e enforcado por crime de traição à pátria, juntamente com mais onze militares.
Este procedimento da Regência e de Lord Beresford, comandante em chefe britânico do Exército português e regente de facto do reino de Portugal, levou a protestos e intensificou a tendência anti-britânica, o que conduziu o país à Revolução do Porto e à queda de Beresford (1820), impedido de desembarcar em Lisboa ao voltar do Brasil, onde conseguira de D. João VI ainda maiores poderes.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDERoger Vadim, de seu verdadeiro nome Roger Vladimir Plemiannikov, realizador, produtor e guionista cinematográfico, comediante e romancista francês, nasceu em Paris no dia 26 de Janeiro de 1928. Faleceu, igualmente em Paris, em 11 de Fevereiro de 2000.
O seu primeiro grande filme “E Deus Criou a Mulher” (1956) teve grande impacto internacional, devido ao modo como era tratada a sexualidade. Entre outros filmes famosos, contam-se também “Ao Cair da Noite” (1958) e “Barbarella” (1968).
Além de célebre pelo seu trabalho no cinema, também se tornou famoso pela sua sedução e por ter sido casado com várias e belas mulheres, como por exemplo Brigitte Bardot, Catherine Deneuve e Jane Fonda. Escreveu e realizou filmes para colocar as suas mulheres em cena, tornando-as grandes estrelas do cinema.
Roger tinha por origem uma família da nobreza russa por parte do pai, enquanto a mãe era Provençal. O seu progenitor, após ter obtido a naturalização francesa, foi vice-cônsul de França no Egipto, onde Roger Vadim passou a infância.
No fim de 1938 ficou órfão de pai e a mãe instalou-se em Folliets (Haute-Savoie). Em 1940 partiu para o Var, com a finalidade de seguir os estudos secundários.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a família fixou-se em Paris. Em 1947, com dezanove anos, abandonou o curso no Instituto de Estudos Políticos da Universidade de Paris, preferindo a vida de comediante. Inscreveu-se em Cursos de Comédia e, mais tarde, o escritor André Gide apresentou-o ao realizador Marc Allégret de quem se tornou assistente, ao mesmo tempo que fazia reportagens escritas e fotográficas para a revista Paris-Match. Fotografou Brigitte Bardot, então com quinze anos, para a capa da revista “Elle”, e pediu a Allégret para lhe fazer um casting para actriz. A paixão foi imediata e recíproca.
Em 1950, o casal de namorados, ele com 22 e ela com 16 anos, juntaram-se numas férias paradisíacas em Cap Myrtes, perto de Saint-Tropez. Respeitando o desejo dos pais dela, esperaram pelos dezoito anos de Brigitte para se casarem.
Com o filme “E Deus criou a mulher”, BB tornou-se um mito vivo, um modelo social e um símbolo sexual no mundo inteiro.
Divorciaram-se em 1957 e Roger Vadim consagrou-se definitivamente à realização cinematográfica. Em 1959 realizou “As Ligações Perigosas” com os monstros sagrados do cinema Gérard Philipe e Jeanne Moreau, e com a participação amiga de Boris Vian.
Em 1962, com 35 anos, encontrou Catherine Deneuve, que tinha 19, durante a realização do filme “As Parisienses”. Apaixonaram-se numa noite e ela tornou-se sua companheira. Proporcionou-lhe o seu primeiro grande papel no filme “O Vício e a Virtude” (1963).
Em 1964, com 36 anos, nova paixão, então pela actriz Jane Fonda com 27. Jane foi protagonista de “Barbarella”, o último grande sucesso de Vadim no cinema. Divorciaram-se em 1972.
Em 1975, com 47 anos, casou-se com Catherine Schneider, herdeira de um império siderúrgico, da qual se divorciou dois anos mais tarde. Depois de mais este divórcio, começou uma longa travessia do deserto e dedicou-se ao teatro e à televisão.
Em 1990, com 62 anos, depois de ter abalado todos os tabus sexuais durante décadas, encontrou enfim a serenidade junto da comediante de teatro Marie-Christine Barrault com quem se casou, rodando com ela vários filmes para televisão.
Em 1993 passou a dedicar-se à Literatura, escrevendo quatro romances. Morreu aos 72 anos, de doença cancerosa. As cerimónias fúnebres tiveram lugar na igreja de Saint-Germain-des-Prés, em Paris, na presença das suas cinco ex-esposas.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDEAdelaide de Jesus Damas Brazão Cabete, uma das principais feministas portuguesas do século XX, nasceu em Alcáçovas, Elvas, no dia 25 de Janeiro de 1867. Faleceu em Lisboa, em 14 de Setembro de 1935.
Foi médica obstetra, ginecologista, professora, maçom, benemérita, pacifista, abolicionista, defensora dos animais e humanista.
Pioneira na reivindicação dos direitos das mulheres, presidiu durante mais de vinte anos ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas. Nesta qualidade reivindicou para as mulheres o direito a um mês de descanso antes do parto e, em 1912, também o direito ao voto, sendo em 1933 a primeira e única mulher a votar a Constituição Portuguesa, em Luanda, onde então vivia.
De origem humilde e órfã, começou a trabalhar muito novinha na apanha da ameixa e a fazer serviços domésticos nas casas senhoriais de Elvas.
Casou com o sargento Cabete, que a ajudava nos trabalhos caseiros e que a lançou na militância republicana e feminista, incentivando-a também a estudar. Foi assim que, em 1889, com vinte e dois anos, fez o exame da instrução primária e, em 1894, concluiu o curso liceal.
No ano seguinte mudaram-se para Lisboa, onde ingressou na Escola Médico-Cirúrgica, concluindo o curso em 1900 com a tese “Protecção às mulheres grávidas pobres, como meio de promover o desenvolvimento físico das novas gerações”. Especializou-se em obstetrícia e ginecologia, abrindo um consultório na baixa de Lisboa.
Participou activamente na propaganda que antecedeu a mudança de regime em 5 de Outubro de 1910, defendendo ideias progressistas e muito avançadas para a época. Alguns factos ilustram a sua vida pública nestes tempos, com actos simbólicos de cidadania. Por exemplo, em 1910, com duas companheiras, coseu e bordou a bandeira nacional hasteada na implantação da República, na Rotunda, em Lisboa.
Com outras mulheres feministas também importantes, criou e integrou várias organizações, nelas exercendo diversos cargos.
Foi médica e professora do Instituto Feminino de Odivelas (conhecido popularmente por “As meninas de Odivelas”) e regeu a disciplina de “Higiene e Puericultura” na Universidade Popular Portuguesa.
Na experiência docente, caracterizava-se nas teorias pedagógicas com exemplos práticos, que apresentou mesmo em Congressos no estrangeiro (Gand em 1913; Roma em 1923 e Washington em 1925).
Escreveu dezenas de artigos, de temática diversa, essencialmente de carácter médico-sanitário, em que manifestava frequentemente as suas preocupações sociais, apresentando soluções e medidas profiláticas para doenças e epidemias. Fundou e dirigiu a revista “Alma Feminina” (1920/1929) e colaborou em numerosas publicações periódicas.
Benemérita, defendeu sempre as mulheres grávidas e pobres, as crianças e as prostitutas. Era porém bastante conservadora no que respeitava à moda feminina, criticando as saias curtas e recomendando o uso de vestidos até um palmo do chão.
Humanista, aplaudiu o encerramento de tabernas e manifestou-se contra a violência nas touradas, o uso de brinquedos bélicos e outros assuntos que se revelariam temas vanguardistas para a época e que ainda hoje mantêm a actualidade.
Desiludida com a situação política do país com a implantação do Estado Novo, partiu para Angola, onde se dedicou à medicina e se envolveu em polémicas na defesa dos indígenas. Regressou a Lisboa em 1934 já doente e muito fraca, morrendo no ano seguinte.

domingo, 24 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDEMichel Georges Jean Ghislain Preud'homme, treinador de futebol e ex-guarda-redes belga, nasceu em Ougrée no dia 24 de Janeiro de 1959. É considerado um dos melhores guarda-redes de todos os tempos.
Preud'homme fez toda a sua formação de jogador no Standard de Liège, começando a jogar aos dez anos e chegando à equipa profissional na época de 1977/1978. Foi Bicampeão Belga (1981/1982 e 1982/1983).
No ano de 1986, transferiu-se para o F. C. Malines, clube onde viria a conquistar uma Taça da Bélgica e o seu grande título europeu, a “Taça dos Clubes Vencedores de Taças” de 1988. Ganhou ainda o terceiro título belga em 1988/1989.
Pela Selecção da Bélgica, Preud'homme jogou 58 partidas entre 1979 e 1995. O ponto alto da sua carreira na selecção foram os Mundiais de 1994 nos Estados Unidos, onde chegou a abandonar a sua grande área para tentar marcar um golo que evitaria a eliminação da Bélgica. Conquistou o Troféu Lev Yashine de Melhor Guarda-redes do Mundo, tendo ficado durante oito anos seguidos no Top 10.
Depois dos Mundiais de 1994, transferiu-se para o Benfica, sendo o primeiro guarda-redes estrangeiro a defender as redes dos encarnados. Foi um jogador que marcou a história do clube, merecendo o carinho dos adeptos pelas defesas quase inacreditáveis que fazia e pelas vitórias que assegurou com as suas mãos. Venceu a Taça de Portugal na época de 1995/1996.
Preud'homme despediu-se do futebol em 1999, com 40 anos, numa partida amigável contra o Bayern de Munique, onde foi substituído por Carlos Bossio. Os 80 000 espectadores que enchiam o Estádio da Luz alhearam-se do jogo, que prosseguia, para aplaudir de pé e aclamar Preud'homme, enquanto ele deu uma volta gloriosa ao estádio com a mulher e os filhos. Era o fim de uma carreira de prestígio. Ainda no Benfica, Preud'homme assumiu o cargo de Director de Relações Internacionais.
Em 2000 regressou ao Standard Liège, onde desempenhou o cargo de treinador e director desportivo. Conduziu a equipa do Standard ao título belga em 2007/08, encerrando um jejum do clube que durava há 25 anos.
Entre as distinções recebidas ao longo da sua carreira, salientam-se ainda: a “Bota de Ouro”de 1987 e 1989, “Guarda-redes do Ano” de 1988 a 1991, “Treinador do Ano” em 2008 e o “Prémio Fair-Play” em 1989.

sábado, 23 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDE Sergueï Mikhaïlovitch Eisenstein, considerado o mais importante realizador soviético, nasceu em Riga no dia 23 de Janeiro de 1898. Morreu em Moscovo, em 11 de Fevereiro de 1948.
Ligado ao Movimento de Arte de Vanguarda Russa, participou activamente na Revolução de 1917 e na consolidação do cinema como meio de expressão artística.
Teve constantes atritos com o regime de Estaline, devido à sua própria visão do Comunismo e à defesa da liberdade de expressão artística e da independência dos artistas em relação aos governantes.
Com 26 anos fez “A greve”, mostrando que a arte e a política podiam andar de mãos dadas. Um ano depois filmou “O Couraçado Potemkin”, obra que é considerada, juntamente com "Cidadão Kane", de Orson Welles, das mais importantes na história do cinema.
Graças ao sucesso extraordinário do “O Couraçado Potemkin”, foi contratado em 1930, pela Paramount Pictures, pelo montante de cem mil dólares. Embarcou para os Estados Unidos, mas os seus projectos não avançavam, apesar de ter amigos poderosos como Charles Chaplin. Eisenstein resolveu então afastar-se de Hollywood e regressar ao seu país. A imprensa soviética, no entanto, não o perdoava pelo seu afastamento e pelo curto namoro com o capitalismo.
Quando a sua carreira parecia perdida, recebeu a ordem de filmar “Alexandre Nevski”, como uma peça de propaganda anti-germânica. Como já fizera com “Potemkin”, Eisenstein construiu uma obra-prima que está acima da ideologia.
Com o prestígio recuperado, começou “Ivan, o Terrível”, que teria três partes. Acabada a primeira, recebeu o Prémio Estaline (1945). A segunda, terminada em 1946, foi no entanto censurada até 1958, porque Ivan não era descrito como um herói, mas sim como um tirano paranóico. A terceira, começada em 1946, ficou inacabada e em parte destruída. A segunda parte dispunha já de cenas a cores, graças à recuperação de películas Agfacolor dos nazis. Faleceu em 1948, na sequência de uma hemorragia a que se seguiu um ataque cardíaco.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDEMadjer, “nome de guerra” de João Victor Saraiva, jogador da selecção portuguesa de futebol de praia, nasceu em Luanda no dia 22 de Janeiro de 1977.
Desde muito jovem que se interessou pelo futebol, chegando a representar o “Estoril-Praia” nas camadas mais jovens. Devido à sua forma espectacular de jogar, adquiriu a alcunha de Madjer, em homenagem ao famoso argelino Rabah Madjer, que jogou no F. C. Porto.
Lesionou-se entretanto com alguma gravidade, o que o levou a estar ausente dos relvados durante algum tempo. Depois de recuperado, participou num torneio amador de futebol de praia e o treinador da selecção portuguesa, que assistia, ficou admirado com a sua forma de jogar, convidando-o para ingressar na selecção.
Começou desde logo a deslumbrar os espectadores, com a sua arte na areia: muitos golos, remates fortíssimos e muitas acrobacias, destacando-se os pontapés de bicicleta. Naturalizado português, levou Portugal à vitória em muitas competições, com destaque para a Medalha de Ouro nos Mundiais de Futebol de Praia de 2001, na Costa do Sauípe, no Brasil.
Madjer conquistou igualmente vários prémios de “Melhor jogador” e “Melhor marcador” em muitos torneios, devendo realçar-se o prémio de melhor jogador e melhor marcador, com 21 golos, nos Mundiais de Futebol de Praia de 2006, organizados pela FIFA.
Madjer, muito completo, alto, rápido e senhor de um pontapé superpotente com o pé esquerdo, foi considerado o melhor jogador do Mundo da modalidade.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDEGeorge Orwell, pseudónimo de Eric Arthur Blair, jornalista, ensaísta e romancista britânico, faleceu em Londres no dia 21 de Janeiro de 1950, vítima de tuberculose. Nascera em Motihari, na Índia britânica, hoje União Indiana, em 25 de Junho de 1903.
Era tido por bom estudante, beneficiou de várias bolsas de estudo, mas trabalhava pouco, tornando-se progressivamente num aluno medíocre. Era rebelde e tinha duas ambições: tornar-se um escritor célebre e voltar ao Oriente, que conhecia sobretudo através dos relatos de sua mãe.
A partir de 1922, foi sargento da polícia na Birmânia. Decidiu pedir a demissão alegando problemas de saúde, após cerca de cinco anos de serviço, mas a verdadeira razão seria a de se sentir mal ao contribuir para a opressão de um povo estrangeiro. Desenvolveu então um ódio visceral ao imperialismo britânico.
Regressou a Inglaterra, onde a sua vida tomou um rumo incerto. Desempregado ou com empregos de circunstância, deixou definitivamente de ter um percurso convencional. Teria decidido por esta época consagrar-se unicamente à Literatura. Os começos não foram auspiciosos, tendo passado dezoito meses em casa de uma tia em Paris, sem se saber muito bem o que fez durante este período. Durante algumas semanas instalou-se num hotel de luxo parisiense, publicando episodicamente alguns artigos em jornais de esquerda.
Voltou a Inglaterra em Dezembro de 1929, doente, sem dinheiro e sem ter publicado nada de notável, mas a tempo de passar o Natal em família.
Ensinou numa escola privada de uma pequena cidade, onde sobreviveu, cada vez mais entediado. Foi então que adoptou o pseudónimo de George Orwell. Em 1933 escreveu um livro (“Down and out in Paris and London”) que, embora merecendo o louvor dos críticos, foi pouco vendido. Instalou-se em Londres, onde arranjou emprego numa livraria situada num bairro de intelectuais.
No fim de 1936 juntou-se ao “Partido Operário de Unificação Marxista”, uma milícia de tendência trotskista, que lutava contra Franco e os seus aliados Mussolini e Hitler, na Guerra Civil Espanhola. Foi ferido no pescoço. Uma bala danificou-lhe as cordas vocais, saindo pelas costas, e desde então a sua voz ficou ligeiramente modificada. Saiu clandestinamente de Espanha para França, de onde partiu para o seu país.
Testemunha de uma época, Orwell publicou depois da Segunda Guerra Mundial dois livros de grande sucesso: “A Quinta dos Animais” em 1944 e, sobretudo, “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro”, romance no qual ele criou o conceito de Big Brother que passou depois para a linguagem comum, utilizado na crítica às técnicas modernas de vigilância. O adjectivo “orwelliano” é também utilizado muitas vezes, para nos referirmos ao universo totalitário imaginado pelo escritor.
As suas obras completas (20 volumes) só foram publicadas no Reino Unido em 1998. Em 2008, o jornal “Times” classificou-o em 2º lugar na lista dos "50 maiores escritores do pós-guerra".

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDEAndré-Marie Ampère, filósofo, físico e matemático francês, autor de importantes contributos para o estudo do electromagnetismo, nasceu em Lyon no dia 20 de Janeiro de 1775. Morreu em Marselha, em 10 de Junho de 1836.
Desde criança demonstrou uma enorme vontade de aprender. Em 1796 já dava explicações particulares de matemática, de química e de línguas.
Foi professor em vários estabelecimentos de ensino, leccionando a partir de 1804 na Escola Politécnica de Paris e mais tarde no Collège de France. Em 1814 foi eleito membro da Academia de Ciências, sendo igualmente correspondente de várias Academias europeias e mantendo relações com a maioria dos cientistas do seu tempo. Interessou-se por vários ramos do conhecimento humano, deixando obras de grande importância, principalmente no domínio da física e da matemática.
Em 1820, partindo de experiências feitas pelo dinamarquês Oersted sobre o efeito magnético da corrente eléctrica, soube estruturar e criar a teoria que possibilitou a construção de um grande número de aparelhos electromagnéticos. Além disso descobriu as leis, que regem as atracções e repulsões das correntes eléctricas entre si. Idealizou o galvanómetro, inventou o primeiro telégrafo eléctrico e, em colaboração com Arago, o electroíman. Enunciou em 1827 a teoria do electromagnetismo.
Em sua homenagem foi dado o nome de “ampere” à unidade internacional de corrente eléctrica. O seu nome foi dado igualmente a várias escolas, liceus, praças, ruas e a uma estação de metro em Lyon. Figura entre os nomes ilustres inscritos na Torre Eiffel em Paris.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

PESADELO

A terra revolve-se
Nas suas entranhas,
As casas vibram,
Os velhos tropeçam,
As mulheres gritam,
As crianças brincam -
- Sem nada entender.

Respiro caliça.
O calor abrasa-me.
A cidade fantasma
Continua a agitar-se,
A tremer, a tremer
Em sacões violentos.

Línguas de fogo
Tudo lambem,
As labaredas
Tudo iluminam
Com ar sinistro.

Mescla de cores,
Sons e cheiros
Que eu quisera não sentir.
As crianças agora já choram
E as flores começam a murchar...

Gabriel de Sousa
EFEMÉRIDE Mary Patricia Highsmith, escritora norte-americana, famosa pelos seus romances criminais psicológicos, nasceu em Fort Worth, no Texas, em 19 de Janeiro de 1921. Faleceu em Locarno, na Suíça, em 4 de Fevereiro de 1995, vítima de leucemia.
Tornou-se mundialmente famosa em 1950, com o seu primeiro romance “O Desconhecido do Norte-Expresso”, que teve várias adaptações para o cinema, a mais famosa feita por Alfred Hitchcock logo em 1951. Escreveu também muitas histórias curtas, a maioria das vezes macabras, satíricas ou de humor negro.
Foi educada pela mãe em Nova Iorque, onde fez os seus estudos, diplomando-se em inglês, latim e grego. Interessou-se pela escrita desde a adolescência, publicando a sua primeira novela em 1944 (“A Heroína” na revista “Harper's Bazaar”).
Uma estadia na Europa inspirou-a para o personagem cruel e misterioso Thomas Ripley, que ela utilizou em cinco romances.
Instalou-se depois definitivamente na Europa, primeiro em Inglaterra e posteriormente em França e na Suíça.
A sua obra compõe-se de cerca de vinte romances, numerosas novelas e o ensaio “A Arte do Suspense”.
Patrícia Highsmith vivia essencialmente só, para não ser incomodada nos seus trabalhos literários, apreciando contudo a companhia de gatos.
Graham Greene, da qual era amiga, diria que «nunca nos cansaremos de a reler».
Entre outros galardões, recebeu o “Prémio Edgar Allan Poe” (1956), o “Grande Prémio de Literatura Policial” (1957), o “Silver Dagger Award” (1964) e o “Grande Prémio de Humor Negro” (1975). Em 1990 a França concedeu-lhe o grau de “Oficial da Ordem das Artes e das Letras”. Foram feitas onze adaptações cinematográficas dos seus romances e igualmente algumas séries televisivas baseadas nas suas novelas.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

EFEMÉRIDE Ray Dolby, engenheiro norte-americano, inventor do sistema de redução de ruído conhecido como “Som Dolby”, nasceu em Portland, Oregon, no dia 18 de Janeiro de 1933. Cresceu em São Francisco na Califórnia.
É o fundador e presidente dos Laboratórios Dolby, uma das mais bem sucedidas empresas detentoras da tecnologia de redução de ruídos e compressão de sinais digitais empregados em áudio. As suas diversas tecnologias são extensamente utilizadas em equipamentos profissionais e amadores de áudio e vídeo.
Foi também co-inventor da gravação vídeo em fita magnética, quando trabalhou na “Ampex”, em Redwood City, na década que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. Estudante na Universidade de Stanford de 1953 a 1957, trabalhou na concepção dos primeiros protótipos de gravadores de vídeo. Em 1957 recebeu o diploma de “Bachelor of Science de Stanford” e prosseguiu os seus estudos na Universidade de Cambridge, onde se doutorou em Física (1961).
Trabalhou depois na Índia, como Conselheiro Técnico das Nações Unidas, até 1965, ano em que regressou a Inglaterra, fundando os Laboratórios Dolby. A patente do “Dolby Sound System" só foi registada em 1969.
Em 2004 o seu nome ficou a constar no “National Inventors' Hall of Fame”. Em 2008 a sua fortuna estava calculada em 2,9 biliões de dólares.

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