EFEMÉRIDE – Adelaide de Jesus Damas Brazão Cabete, uma das principais feministas portuguesas do século XX, nasceu em Alcáçovas, Elvas, no dia 25 de Janeiro de 1867. Faleceu em Lisboa, em 14 de Setembro de 1935.
Foi médica obstetra, ginecologista, professora, maçom, benemérita, pacifista, abolicionista, defensora dos animais e humanista.
Pioneira na reivindicação dos direitos das mulheres, presidiu durante mais de vinte anos ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas. Nesta qualidade reivindicou para as mulheres o direito a um mês de descanso antes do parto e, em 1912, também o direito ao voto, sendo em 1933 a primeira e única mulher a votar a Constituição Portuguesa, em Luanda, onde então vivia.
De origem humilde e órfã, começou a trabalhar muito novinha na apanha da ameixa e a fazer serviços domésticos nas casas senhoriais de Elvas.
Casou com o sargento Cabete, que a ajudava nos trabalhos caseiros e que a lançou na militância republicana e feminista, incentivando-a também a estudar. Foi assim que, em 1889, com vinte e dois anos, fez o exame da instrução primária e, em 1894, concluiu o curso liceal.
No ano seguinte mudaram-se para Lisboa, onde ingressou na Escola Médico-Cirúrgica, concluindo o curso em 1900 com a tese “Protecção às mulheres grávidas pobres, como meio de promover o desenvolvimento físico das novas gerações”. Especializou-se em obstetrícia e ginecologia, abrindo um consultório na baixa de Lisboa.
Participou activamente na propaganda que antecedeu a mudança de regime em 5 de Outubro de 1910, defendendo ideias progressistas e muito avançadas para a época. Alguns factos ilustram a sua vida pública nestes tempos, com actos simbólicos de cidadania. Por exemplo, em 1910, com duas companheiras, coseu e bordou a bandeira nacional hasteada na implantação da República, na Rotunda, em Lisboa.
Com outras mulheres feministas também importantes, criou e integrou várias organizações, nelas exercendo diversos cargos.
Foi médica e professora do Instituto Feminino de Odivelas (conhecido popularmente por “As meninas de Odivelas”) e regeu a disciplina de “Higiene e Puericultura” na Universidade Popular Portuguesa.
Na experiência docente, caracterizava-se nas teorias pedagógicas com exemplos práticos, que apresentou mesmo em Congressos no estrangeiro (Gand em 1913; Roma em 1923 e Washington em 1925).
Escreveu dezenas de artigos, de temática diversa, essencialmente de carácter médico-sanitário, em que manifestava frequentemente as suas preocupações sociais, apresentando soluções e medidas profiláticas para doenças e epidemias. Fundou e dirigiu a revista “Alma Feminina” (1920/1929) e colaborou em numerosas publicações periódicas.
Benemérita, defendeu sempre as mulheres grávidas e pobres, as crianças e as prostitutas. Era porém bastante conservadora no que respeitava à moda feminina, criticando as saias curtas e recomendando o uso de vestidos até um palmo do chão.
Humanista, aplaudiu o encerramento de tabernas e manifestou-se contra a violência nas touradas, o uso de brinquedos bélicos e outros assuntos que se revelariam temas vanguardistas para a época e que ainda hoje mantêm a actualidade.
Desiludida com a situação política do país com a implantação do Estado Novo, partiu para Angola, onde se dedicou à medicina e se envolveu em polémicas na defesa dos indígenas. Regressou a Lisboa em 1934 já doente e muito fraca, morrendo no ano seguinte.
Foi médica obstetra, ginecologista, professora, maçom, benemérita, pacifista, abolicionista, defensora dos animais e humanista.
Pioneira na reivindicação dos direitos das mulheres, presidiu durante mais de vinte anos ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas. Nesta qualidade reivindicou para as mulheres o direito a um mês de descanso antes do parto e, em 1912, também o direito ao voto, sendo em 1933 a primeira e única mulher a votar a Constituição Portuguesa, em Luanda, onde então vivia.
De origem humilde e órfã, começou a trabalhar muito novinha na apanha da ameixa e a fazer serviços domésticos nas casas senhoriais de Elvas.
Casou com o sargento Cabete, que a ajudava nos trabalhos caseiros e que a lançou na militância republicana e feminista, incentivando-a também a estudar. Foi assim que, em 1889, com vinte e dois anos, fez o exame da instrução primária e, em 1894, concluiu o curso liceal.
No ano seguinte mudaram-se para Lisboa, onde ingressou na Escola Médico-Cirúrgica, concluindo o curso em 1900 com a tese “Protecção às mulheres grávidas pobres, como meio de promover o desenvolvimento físico das novas gerações”. Especializou-se em obstetrícia e ginecologia, abrindo um consultório na baixa de Lisboa.
Participou activamente na propaganda que antecedeu a mudança de regime em 5 de Outubro de 1910, defendendo ideias progressistas e muito avançadas para a época. Alguns factos ilustram a sua vida pública nestes tempos, com actos simbólicos de cidadania. Por exemplo, em 1910, com duas companheiras, coseu e bordou a bandeira nacional hasteada na implantação da República, na Rotunda, em Lisboa.
Com outras mulheres feministas também importantes, criou e integrou várias organizações, nelas exercendo diversos cargos.
Foi médica e professora do Instituto Feminino de Odivelas (conhecido popularmente por “As meninas de Odivelas”) e regeu a disciplina de “Higiene e Puericultura” na Universidade Popular Portuguesa.
Na experiência docente, caracterizava-se nas teorias pedagógicas com exemplos práticos, que apresentou mesmo em Congressos no estrangeiro (Gand em 1913; Roma em 1923 e Washington em 1925).
Escreveu dezenas de artigos, de temática diversa, essencialmente de carácter médico-sanitário, em que manifestava frequentemente as suas preocupações sociais, apresentando soluções e medidas profiláticas para doenças e epidemias. Fundou e dirigiu a revista “Alma Feminina” (1920/1929) e colaborou em numerosas publicações periódicas.
Benemérita, defendeu sempre as mulheres grávidas e pobres, as crianças e as prostitutas. Era porém bastante conservadora no que respeitava à moda feminina, criticando as saias curtas e recomendando o uso de vestidos até um palmo do chão.
Humanista, aplaudiu o encerramento de tabernas e manifestou-se contra a violência nas touradas, o uso de brinquedos bélicos e outros assuntos que se revelariam temas vanguardistas para a época e que ainda hoje mantêm a actualidade.
Desiludida com a situação política do país com a implantação do Estado Novo, partiu para Angola, onde se dedicou à medicina e se envolveu em polémicas na defesa dos indígenas. Regressou a Lisboa em 1934 já doente e muito fraca, morrendo no ano seguinte.
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