A terra revolve-se
Nas suas entranhas,
As casas vibram,
Os velhos tropeçam,
As mulheres gritam,
As crianças brincam -
- Sem nada entender.
Respiro caliça.
O calor abrasa-me.
A cidade fantasma
Continua a agitar-se,
A tremer, a tremer
Em sacões violentos.
Línguas de fogo
Tudo lambem,
As labaredas
Tudo iluminam
Com ar sinistro.
Mescla de cores,
Sons e cheiros
Que eu quisera não sentir.
As crianças agora já choram
E as flores começam a murchar...
Gabriel de Sousa
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