EFEMÉRIDE – George Orwell, pseudónimo de Eric Arthur Blair, jornalista, ensaísta e romancista britânico, faleceu em Londres no dia 21 de Janeiro de 1950, vítima de tuberculose. Nascera em Motihari, na Índia britânica, hoje União Indiana, em 25 de Junho de 1903.
Era tido por bom estudante, beneficiou de várias bolsas de estudo, mas trabalhava pouco, tornando-se progressivamente num aluno medíocre. Era rebelde e tinha duas ambições: tornar-se um escritor célebre e voltar ao Oriente, que conhecia sobretudo através dos relatos de sua mãe.
A partir de 1922, foi sargento da polícia na Birmânia. Decidiu pedir a demissão alegando problemas de saúde, após cerca de cinco anos de serviço, mas a verdadeira razão seria a de se sentir mal ao contribuir para a opressão de um povo estrangeiro. Desenvolveu então um ódio visceral ao imperialismo britânico.
Regressou a Inglaterra, onde a sua vida tomou um rumo incerto. Desempregado ou com empregos de circunstância, deixou definitivamente de ter um percurso convencional. Teria decidido por esta época consagrar-se unicamente à Literatura. Os começos não foram auspiciosos, tendo passado dezoito meses em casa de uma tia em Paris, sem se saber muito bem o que fez durante este período. Durante algumas semanas instalou-se num hotel de luxo parisiense, publicando episodicamente alguns artigos em jornais de esquerda.
Voltou a Inglaterra em Dezembro de 1929, doente, sem dinheiro e sem ter publicado nada de notável, mas a tempo de passar o Natal em família.
Ensinou numa escola privada de uma pequena cidade, onde sobreviveu, cada vez mais entediado. Foi então que adoptou o pseudónimo de George Orwell. Em 1933 escreveu um livro (“Down and out in Paris and London”) que, embora merecendo o louvor dos críticos, foi pouco vendido. Instalou-se em Londres, onde arranjou emprego numa livraria situada num bairro de intelectuais.
No fim de 1936 juntou-se ao “Partido Operário de Unificação Marxista”, uma milícia de tendência trotskista, que lutava contra Franco e os seus aliados Mussolini e Hitler, na Guerra Civil Espanhola. Foi ferido no pescoço. Uma bala danificou-lhe as cordas vocais, saindo pelas costas, e desde então a sua voz ficou ligeiramente modificada. Saiu clandestinamente de Espanha para França, de onde partiu para o seu país.
Testemunha de uma época, Orwell publicou depois da Segunda Guerra Mundial dois livros de grande sucesso: “A Quinta dos Animais” em 1944 e, sobretudo, “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro”, romance no qual ele criou o conceito de Big Brother que passou depois para a linguagem comum, utilizado na crítica às técnicas modernas de vigilância. O adjectivo “orwelliano” é também utilizado muitas vezes, para nos referirmos ao universo totalitário imaginado pelo escritor.
As suas obras completas (20 volumes) só foram publicadas no Reino Unido em 1998. Em 2008, o jornal “Times” classificou-o em 2º lugar na lista dos "50 maiores escritores do pós-guerra".
Era tido por bom estudante, beneficiou de várias bolsas de estudo, mas trabalhava pouco, tornando-se progressivamente num aluno medíocre. Era rebelde e tinha duas ambições: tornar-se um escritor célebre e voltar ao Oriente, que conhecia sobretudo através dos relatos de sua mãe.
A partir de 1922, foi sargento da polícia na Birmânia. Decidiu pedir a demissão alegando problemas de saúde, após cerca de cinco anos de serviço, mas a verdadeira razão seria a de se sentir mal ao contribuir para a opressão de um povo estrangeiro. Desenvolveu então um ódio visceral ao imperialismo britânico.
Regressou a Inglaterra, onde a sua vida tomou um rumo incerto. Desempregado ou com empregos de circunstância, deixou definitivamente de ter um percurso convencional. Teria decidido por esta época consagrar-se unicamente à Literatura. Os começos não foram auspiciosos, tendo passado dezoito meses em casa de uma tia em Paris, sem se saber muito bem o que fez durante este período. Durante algumas semanas instalou-se num hotel de luxo parisiense, publicando episodicamente alguns artigos em jornais de esquerda.
Voltou a Inglaterra em Dezembro de 1929, doente, sem dinheiro e sem ter publicado nada de notável, mas a tempo de passar o Natal em família.
Ensinou numa escola privada de uma pequena cidade, onde sobreviveu, cada vez mais entediado. Foi então que adoptou o pseudónimo de George Orwell. Em 1933 escreveu um livro (“Down and out in Paris and London”) que, embora merecendo o louvor dos críticos, foi pouco vendido. Instalou-se em Londres, onde arranjou emprego numa livraria situada num bairro de intelectuais.
No fim de 1936 juntou-se ao “Partido Operário de Unificação Marxista”, uma milícia de tendência trotskista, que lutava contra Franco e os seus aliados Mussolini e Hitler, na Guerra Civil Espanhola. Foi ferido no pescoço. Uma bala danificou-lhe as cordas vocais, saindo pelas costas, e desde então a sua voz ficou ligeiramente modificada. Saiu clandestinamente de Espanha para França, de onde partiu para o seu país.
Testemunha de uma época, Orwell publicou depois da Segunda Guerra Mundial dois livros de grande sucesso: “A Quinta dos Animais” em 1944 e, sobretudo, “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro”, romance no qual ele criou o conceito de Big Brother que passou depois para a linguagem comum, utilizado na crítica às técnicas modernas de vigilância. O adjectivo “orwelliano” é também utilizado muitas vezes, para nos referirmos ao universo totalitário imaginado pelo escritor.
As suas obras completas (20 volumes) só foram publicadas no Reino Unido em 1998. Em 2008, o jornal “Times” classificou-o em 2º lugar na lista dos "50 maiores escritores do pós-guerra".
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