EFEMÉRIDE - Mohamed Choukri, escritor marroquino, de origem berbere, morreu em Rabat, no dia 15 de Novembro de 2003, vítima de doença oncológica. Nascera em Beni Chiker, em 1935.
Originário de uma família extremamente pobre, fugiu de casa com onze anos e tornou-se um “menino de rua” na cidade de Tanger, onde viveu no meio da violência, de assaltos, de contrabando, de prostituição e de droga. Aos 20 anos encontrou alguém que o influenciou a aprender a ler e escrever.
Nos anos “60”, na Tanger cosmopolita, conheceu escritores de nomeada, como Paul Bowles, Jean Genet e Tennessee Williams, que ali viriam para consumir droga com mais facilidade. Começou a ser publicado em 1966 (uma novela no jornal mensal de Beirute Al-adab).
O seu sucesso internacional chegou com a tradução em inglês de “O Pão Nu”, livro publicado nos Estados Unidos em 1973. Esta obra foi depois traduzida para francês em 1980 e só foi publicada em árabe dois anos mais tarde. Proibida em Marrocos, de 1983 até 2000, por conter descrições de experiências sexuais e referências repetidas ao consumo de droga. Foi traduzido em cerca de trinta línguas.
Antes de morrer, criou uma fundação com o seu nome, a ser alimentada com os direitos de autor das suas obras. Fez beneficiar a sua empregada Fathia, que trabalhara para si durante 22 anos, de uma pensão vitalícia.
Choukri dizia: «quando cheguei a Tanger, deparei com duas cidades : a colonialista e internacional e a árabe, feita de miséria e ignorância. Nessa época, para comer, andei a catar lixo, sobretudo de europeus, porque eram mais ricos. Por isso não sei escrever sobre pássaros, belezas angélicas ou lindos peitos de mulher. Não escrevo com um pincel de cristal. Para mim, a escrita é um modo de protestar».
O Pão Nu foi adaptado ao cinema, numa produção ítalo-franco-argelina, em 2004.
Originário de uma família extremamente pobre, fugiu de casa com onze anos e tornou-se um “menino de rua” na cidade de Tanger, onde viveu no meio da violência, de assaltos, de contrabando, de prostituição e de droga. Aos 20 anos encontrou alguém que o influenciou a aprender a ler e escrever.
Nos anos “60”, na Tanger cosmopolita, conheceu escritores de nomeada, como Paul Bowles, Jean Genet e Tennessee Williams, que ali viriam para consumir droga com mais facilidade. Começou a ser publicado em 1966 (uma novela no jornal mensal de Beirute Al-adab).
O seu sucesso internacional chegou com a tradução em inglês de “O Pão Nu”, livro publicado nos Estados Unidos em 1973. Esta obra foi depois traduzida para francês em 1980 e só foi publicada em árabe dois anos mais tarde. Proibida em Marrocos, de 1983 até 2000, por conter descrições de experiências sexuais e referências repetidas ao consumo de droga. Foi traduzido em cerca de trinta línguas.
Antes de morrer, criou uma fundação com o seu nome, a ser alimentada com os direitos de autor das suas obras. Fez beneficiar a sua empregada Fathia, que trabalhara para si durante 22 anos, de uma pensão vitalícia.
Choukri dizia: «quando cheguei a Tanger, deparei com duas cidades : a colonialista e internacional e a árabe, feita de miséria e ignorância. Nessa época, para comer, andei a catar lixo, sobretudo de europeus, porque eram mais ricos. Por isso não sei escrever sobre pássaros, belezas angélicas ou lindos peitos de mulher. Não escrevo com um pincel de cristal. Para mim, a escrita é um modo de protestar».
O Pão Nu foi adaptado ao cinema, numa produção ítalo-franco-argelina, em 2004.
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