EFEMÉRIDE – Carlo Ponti, produtor de cinema italiano, faleceu em Genebra, Suíça, em 10 de Janeiro de 2007, vítima de complicação pulmonar. Nascera em Magenta, Itália, no dia 11 de Dezembro de 1912. Naturalizou-se francês em 1966.
Licenciou-se em Direito na Universidade de Milão em 1935 e, na década de 1940, iniciou a sua carreira de produtor cinematográfico com o filme “Pequeno Mundo Antigo”, a que se seguiram “Juventude Perdida” e “Viver em Paz”.
Nos anos 1950 colaborou com o também produtor Dino de Laurentis em grandes filmes italianos da época. Posteriormente produziu para Federico Fellini o filme “A Estrada”; para Vittorio de Sica o filme “Boccaccio 70” e para Roberto Rossellini o filme “Europa 51”. Ainda com Laurentis fez “Ulisses” e “Guerra e Paz”.
Em 1954 iniciou o seu trabalho com a actriz Sophia Loren, que viria a ser sua esposa, de 1957 até ao fim da vida. Depois de sair de Itália e de transferir as suas actividades para França e para os Estados Unidos em 1958, produziu o seu maior sucesso “Doutor Jivago” (1965), que foi dirigido por David Lean e galardoado com seis Oscars da Academia de Hollywood.
Outro grande sucesso foi o filme “Duas Mulheres” de 1960, que proporcionou o Oscar de melhor actriz a Sofia Loren. Teve grande êxito também com “Blow-Up » de Michelangelo Antonioni (1966).
Carlo Ponti trabalhou em mais de 140 filmes, alguns polémicos, como o “Massacre em Roma” que lhe valeu, na década de 1970, um processo por difamação ao Papa Pio XII.
Em 1979 foi condenado a uma pesada multa pelo fisco italiano o que, acrescentado à mudança dos seus negócios para o Canadá, marcou praticamente o fim da sua formidável carreira de produtor.
Apesar de tudo, a sua actividade continuou ainda até aos anos 1990, em que produziu as séries de televisão “Sábado, Domingo, Segunda” e “Liv”.
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