EFEMÉRIDE – Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, actor e realizador norte-americano, notabilizado pelos seus papéis heróicos em superproduções da época de ouro de Hollywood, tais como Moisés em “Os Dez Mandamentos” (1956), Judah Ben-Hur em “Ben-Hur” (1959) e o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme com o mesmo nome (1961), faleceu em Beverly Hills no dia 5 de Abril de 2008. Sofria desde 2002 da doença de Alzheimer. Nascera em Evanston, Illinois, em 4 de Outubro de 1923.

A mãe mudou-se para os arredores de Chicago após divorciar-se do pai, tinha ele dez anos. Adoptou mais tarde o apelido do padrasto e seu pai adoptivo (Heston).

Nos estudos secundários, Charlton escolheu “Artes Dramáticas” tendo notas de tal modo excelentes que recebeu uma bolsa para estudar na Northwestern University.

Em 1944 abandonou os estudos e alistou-se na força aérea, onde serviu como operador de rádio dos bombardeiros B-25 durante a Segunda Guerra Mundial.

Após a guerra, voltou para Nova Iorque onde iniciou a carreira de actor teatral, começando a aparecer em papéis históricos. Fez a sua primeira interpretação cinematográfica em “Dark City” (1950).

Em 1952, o filme “O Maior Espectáculo do Mundo”, superprodução de Cecil B. DeMille passada no mundo do circo, transformou Heston numa estrela de primeira grandeza do cinema. A partir dali, o seu porte erecto, a sua altura e o seu perfil musculado, proporcionaram-lhe os papéis mais simbólicos nas superproduções dos anos 50/60 do cinema norte-americano.

Recebeu o Óscar de Melhor Actor com o filme “Ben-Hur”, uma das películas mais premiadas de todos os tempos pela Academia, só igualada por “Titanic” e “O Senhor dos Anéis ”.

Com o fim dos anos 60 viriam os seus últimos sucessos. Heston, já quase um cinquentão, ainda se dedicou a filmes em grande moda na época, de ficção científica e sobre grandes cataclismos. Protagonizou “O Planeta dos Macacos” (1968), “No Mundo de 2020” (1972) e “Terramoto” (1974). A sua popularidade continuou a ser grande e fez vários filmes para televisão, ao mesmo tempo que a sua voz era frequentemente requisitada para narrador.

Em Julho de 2003 recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, uma das mais altas distinções civis dos Estados Unidos.