EFEMÉRIDE – Jean-Marie Gustave Le Clézio, escritor de língua francesa e de dupla nacionalidade (francesa e mauriciana), nasceu em Nice no dia 13 de Abril de 1940. Assina os seus livros como J.M.G. Le Clézio e recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 2008.
É filho de um cirurgião das Ilhas Maurícias e de uma prima francesa, ambos oriundos de uma família bretã que emigrou para as Maurícias no século XVIII.
Durante a Segunda Guerra Mundial a família ficou separada, pois o pai estava na Nigéria a servir o exército britânico como cirurgião e a mãe e os filhos estavam em Nice. Após a guerra, quando Jean-Marie tinha 8 anos, a família reuniu-se finalmente naquele país africano.
Le Clézio estudou na Universidade de Bristol, tendo-se licenciado em Literatura Francesa no Institut d’Études Littéraires de Nice. Viveu vários anos entre Bristol e Londres, fixando-se por fim nos Estados Unidos onde se tornou professor.
Ficou famoso aos 23 anos, com o seu primeiro romance “O Interrogatório”, que foi seleccionado para o Prémio Goncourt e obteve o Prémio Renaudot.
Desde então, publicou cerca de quarenta livros, incluindo contos, romances, ensaios, duas traduções sobre a mitologia indígena americana, inúmeros comentários e prefácios, assim como algumas participações em obras colectivas.
Em 1967 fez o serviço militar na Tailândia como cooperante, mas foi expulso por ter denunciado a prostituição infantil. Foi transferido para o México, onde estudou na Universidade Mexicana. De 1970 a 1974 partilhou a vida dos índios Emberás e Waunanas no Panamá.
A sua carreira literária pode ser dividida em dois grandes períodos. De 1963 a 1975 explorou temas como a loucura, a linguagem e a escrita, dedicando-se à experimentação formal na sequência do que faziam alguns escritores contemporâneos. No final dos anos 1970 o seu estilo sofreu uma mudança radical, abandonando a experimentação e tornando os seus romances menos atormentados. Passou a abordar outros temas, como a infância, a adolescência e as viagens, o que lhe trouxe uma maior popularidade. Em 1980, Le Clézio foi o primeiro vencedor do recém-criado Prémio Paul Morand, com o livro “Deserto”.
Em 1994, num inquérito realizado pela revista francesa “Lire”, 13% dos leitores consideraram-no o maior escritor francês vivo.
Le Clézio fez um mestrado, com uma tese sobre Henri Michaux na Universidade de Aix-en-Provence (1964), e doutorou-se em 1983, com uma tese sobre a história do México, no Instituto de Estudos Mexicanos de Perpignan. Ensinou nas Universidades de Banguecoque, México, Boston, Austin e Albuquerque.
Casado com uma marroquina desde 1975, reparte agora a sua vida entre Albuquerque, Maurícias, Paris e Nice. Foi promovido a Oficial da Legião de Honra Francesa em 1 de Janeiro de 2009.
Le Clézio é um dos autores de língua francesa mais traduzidos no mundo : em alemão, inglês, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, grego, italiano, japonês, português, russo, turco e catalão.
É filho de um cirurgião das Ilhas Maurícias e de uma prima francesa, ambos oriundos de uma família bretã que emigrou para as Maurícias no século XVIII.
Durante a Segunda Guerra Mundial a família ficou separada, pois o pai estava na Nigéria a servir o exército britânico como cirurgião e a mãe e os filhos estavam em Nice. Após a guerra, quando Jean-Marie tinha 8 anos, a família reuniu-se finalmente naquele país africano.
Le Clézio estudou na Universidade de Bristol, tendo-se licenciado em Literatura Francesa no Institut d’Études Littéraires de Nice. Viveu vários anos entre Bristol e Londres, fixando-se por fim nos Estados Unidos onde se tornou professor.
Ficou famoso aos 23 anos, com o seu primeiro romance “O Interrogatório”, que foi seleccionado para o Prémio Goncourt e obteve o Prémio Renaudot.
Desde então, publicou cerca de quarenta livros, incluindo contos, romances, ensaios, duas traduções sobre a mitologia indígena americana, inúmeros comentários e prefácios, assim como algumas participações em obras colectivas.
Em 1967 fez o serviço militar na Tailândia como cooperante, mas foi expulso por ter denunciado a prostituição infantil. Foi transferido para o México, onde estudou na Universidade Mexicana. De 1970 a 1974 partilhou a vida dos índios Emberás e Waunanas no Panamá.
A sua carreira literária pode ser dividida em dois grandes períodos. De 1963 a 1975 explorou temas como a loucura, a linguagem e a escrita, dedicando-se à experimentação formal na sequência do que faziam alguns escritores contemporâneos. No final dos anos 1970 o seu estilo sofreu uma mudança radical, abandonando a experimentação e tornando os seus romances menos atormentados. Passou a abordar outros temas, como a infância, a adolescência e as viagens, o que lhe trouxe uma maior popularidade. Em 1980, Le Clézio foi o primeiro vencedor do recém-criado Prémio Paul Morand, com o livro “Deserto”.
Em 1994, num inquérito realizado pela revista francesa “Lire”, 13% dos leitores consideraram-no o maior escritor francês vivo.
Le Clézio fez um mestrado, com uma tese sobre Henri Michaux na Universidade de Aix-en-Provence (1964), e doutorou-se em 1983, com uma tese sobre a história do México, no Instituto de Estudos Mexicanos de Perpignan. Ensinou nas Universidades de Banguecoque, México, Boston, Austin e Albuquerque.
Casado com uma marroquina desde 1975, reparte agora a sua vida entre Albuquerque, Maurícias, Paris e Nice. Foi promovido a Oficial da Legião de Honra Francesa em 1 de Janeiro de 2009.
Le Clézio é um dos autores de língua francesa mais traduzidos no mundo : em alemão, inglês, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, grego, italiano, japonês, português, russo, turco e catalão.
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