quinta-feira, 16 de abril de 2009

EFEMÉRIDETristan Tzara, pseudónimo de Samuel Rosenstock, poeta e ensaísta romeno, de língua francesa e romena, nasceu em Moineşti no dia 16 de Abril de 1896. Faleceu em Paris no dia de Natal de 1963.
O seu pseudónimo significaria, em tradução livre, "Triste Terra" - e teria sido adoptado para protestar contra o tratamento de que eram alvo os judeus na Roménia. A família Rosenstock fazia parte de um grupo de 800 000 judeus a quem o código civil em vigor na época interditava a cidadania romena.
Educado sem dificuldades materiais, graças ao pai que tinha um lugar de relevo numa empresa de exploração petrolífera, Samuel seguiu um curso de Cultura Francesa numa escola privada, começou a interessar-se pela Literatura no Liceu Saint-Sava, inscrevendo-se depois no Liceu Milhai-Viteazul, na área científica, tendo obtido aqui o diploma de fim de estudos. Era um bom aluno e os professores notavam a sua abertura de espírito e uma curiosidade infatigável.
Juntamente com um colega, fundou em 1912 a revista "Simbolul", começando a publicar os seus primeiros poemas. Matriculou-se mais tarde na Universidade de Bucareste, em Matemáticas e Filosofia (1914). Participou na fundação do Movimento Dada em 1916.
A atmosfera provinciana de Bucareste aborrecia Tzara, que sonhava com outros horizontes. Contra a vontade do pai, foi para a Suíça, país neutro que acolhia a juventude da Europa que recusava a guerra.
Juntamente com outros intelectuais, abriu o “Cabaret Voltaire”, transformando-o num café literário e artístico, cujas paredes estavam cobertas de pinturas, dando-lhe uma atmosfera simultaneamente íntima e opressiva. O sucesso foi imediato. À noite, cantava-se e recitava-se. Havia a noite russa, a noite francesa, enfim, a noite de cada nacionalidade ali presente…
Os poetas contemporâneos vêem em Tzara o líder da “Arte Nova”. Além de vários livros de poemas, escreveu “Sete Manifestos Dada” (1924) que é uma recolha de manifestos lidos ou escritos entre 1916 e 1924.
Juntamente com os seus amigos André Breton e Louis Aragon, lançou-se depois numa grande variedade de actividades destinadas a chocar o público e a destruir as estruturas tradicionais da linguagem. Durante muito tempo tentou reconciliar o Surrealismo com o Comunismo. Aderiu ao Partido Comunista em 1936, antes de se juntar à Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial.

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