EFEMÉRIDE – Dorival Caymmi, cantor, compositor, tocador de violão, pintor e actor brasileiro, nasceu em Salvador da Baia no dia 30 de Abril de 1914. Faleceu no Rio de Janeiro em 16 de Agosto de 2008, com 94 anos, vítima de doença oncológica.
As suas composições inspiraram-se sobretudo nos costumes e tradições do povo baiano. Também influenciado pela música negra, tinha um estilo de compor e cantar muito peculiar, com letras espontâneas, sensuais e melódicas.
Poeta popular, compôs obras inesquecíveis como Saudade de Baia, Samba da Minha Terra, Modinha para Gabriela, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena, etc. Escreveu igualmente baladas dedicadas aos pescadores baianos, entre as quais se destacam “Promessa de Pescador” e “O Vento”.
Caymmi era descendente de italianos pelo lado do pai. O seu bisavô fora para o Brasil trabalhar na reparação do Elevador Lacerda na Baia. Ainda criança, ouvia o pai, funcionário público e músico amador, a tocar piano, violão e bandolim. A mãe, dona de casa, também cantava mas no lar. Ouvindo igualmente velhas gravações, foi crescendo nele a vontade de compor.
Com treze anos apenas, interrompeu os estudos e começou a trabalhar como auxiliar na redacção do jornal O Imparcial. Com o encerramento do jornal, em 1929, tornou-se vendedor de bebidas.
Em 1930 escreveu “No Sertão”, a sua primeira música, e aos vinte anos estreou-se como cantor e tocador de violão na Rádio. Em 1935, começou a apresentar o musical “Caymmi e Suas Canções Praieiras”. Com 22 anos, venceu, como compositor, um concurso de músicas de carnaval com o samba “A Baia também dá”.
Um director da Rádio Clube da Baia incentivou-o a seguir uma carreira no sul do país. Em 1938 Dorival viajou para o Rio de Janeiro, com o intuito de conseguir um emprego como jornalista e realizar o curso preparatório de Direito. Foi apresentado ao director da Rádio Tupi e actuou nesta rádio cantando duas composições, embora ainda sem contrato. Saiu-se tão bem que começou a cantar dois dias por semana, além de participar no programa “Dragão da Rua Larga”. Neste programa, interpretou “O Que é Que a Baiana Tem”, canção que contribuiu para a carreira internacional de Cármen Miranda.
Dele disse Tom Jobim: «Dorival é um génio. Se eu pensar em música brasileira, sou obrigado a pensar nele. É uma pessoa incrivelmente sensível, uma criação incrível. Isto sem falar no pintor, porque o Dorival também é um grande pintor».
Contemporâneo e por vezes rival de Ary Barroso, foi toda a vida amigo do escritor Jorge Amado. Nos anos 1960 muitas das suas canções foram interpretadas pelo pioneiro da bossa nova João Gilberto, que o considerava seu ídolo. Influenciou também diversos cantores, entre os quais se salientam Caetano Veloso e Gilberto Gil.
As suas composições inspiraram-se sobretudo nos costumes e tradições do povo baiano. Também influenciado pela música negra, tinha um estilo de compor e cantar muito peculiar, com letras espontâneas, sensuais e melódicas.
Poeta popular, compôs obras inesquecíveis como Saudade de Baia, Samba da Minha Terra, Modinha para Gabriela, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena, etc. Escreveu igualmente baladas dedicadas aos pescadores baianos, entre as quais se destacam “Promessa de Pescador” e “O Vento”.
Caymmi era descendente de italianos pelo lado do pai. O seu bisavô fora para o Brasil trabalhar na reparação do Elevador Lacerda na Baia. Ainda criança, ouvia o pai, funcionário público e músico amador, a tocar piano, violão e bandolim. A mãe, dona de casa, também cantava mas no lar. Ouvindo igualmente velhas gravações, foi crescendo nele a vontade de compor.
Com treze anos apenas, interrompeu os estudos e começou a trabalhar como auxiliar na redacção do jornal O Imparcial. Com o encerramento do jornal, em 1929, tornou-se vendedor de bebidas.
Em 1930 escreveu “No Sertão”, a sua primeira música, e aos vinte anos estreou-se como cantor e tocador de violão na Rádio. Em 1935, começou a apresentar o musical “Caymmi e Suas Canções Praieiras”. Com 22 anos, venceu, como compositor, um concurso de músicas de carnaval com o samba “A Baia também dá”.
Um director da Rádio Clube da Baia incentivou-o a seguir uma carreira no sul do país. Em 1938 Dorival viajou para o Rio de Janeiro, com o intuito de conseguir um emprego como jornalista e realizar o curso preparatório de Direito. Foi apresentado ao director da Rádio Tupi e actuou nesta rádio cantando duas composições, embora ainda sem contrato. Saiu-se tão bem que começou a cantar dois dias por semana, além de participar no programa “Dragão da Rua Larga”. Neste programa, interpretou “O Que é Que a Baiana Tem”, canção que contribuiu para a carreira internacional de Cármen Miranda.
Dele disse Tom Jobim: «Dorival é um génio. Se eu pensar em música brasileira, sou obrigado a pensar nele. É uma pessoa incrivelmente sensível, uma criação incrível. Isto sem falar no pintor, porque o Dorival também é um grande pintor».
Contemporâneo e por vezes rival de Ary Barroso, foi toda a vida amigo do escritor Jorge Amado. Nos anos 1960 muitas das suas canções foram interpretadas pelo pioneiro da bossa nova João Gilberto, que o considerava seu ídolo. Influenciou também diversos cantores, entre os quais se salientam Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Sem comentários:
Enviar um comentário