EFEMÉRIDE – Alain Oulman, compositor e editor francês, grande responsável por alguns dos maiores sucessos de Amália Rodrigues, faleceu em Paris no dia 29 de Março de 1990. Nascera na Cruz Quebrada, nos arredores de Lisboa, em 15 de Junho de 1928. Foi também editor do livro "Portugal Bâillonné" (Portugal Amordaçado) de Mário Soares, publicado em Paris durante a ditadura do Estado Novo.
Tinha por origem uma família judaica tradicional, que se tinha instalado em Portugal há vários anos. O pai era um industrial e a mãe era filha do conhecido editor Calmann-Lévy.
Viveu apaixonado pelos livros, pela música e pela voz de Amália. Foi apresentado à famosa fadista em 1962, por Luís de Macedo, diplomata em Paris, durante umas férias na Praia do Lizandro, perto da Ericeira.
O álbum “Busto”, editado em 1962, marcou o início de colaboração de Alain Oulman com Amália. Foi ele quem a encorajou a cantar grandes poetas portugueses, como Luís de Camões, David Mourão-Ferreira, Alexandre O'Neill e Manuel Alegre. Alain Oulman é também considerado o principal responsável por uma profunda alteração na música e nos arranjos musicais que a acompanhavam.
Oulman, com músicas suas em sucessivos discos, soube transformar Amália Rodrigues, cuja popularidade já era incontestada desde o final da Segunda Guerra Mundial, numa diva internacional.
Oulman, pessoa de esquerda, foi perseguido e preso pela PIDE em 1966. Amália tudo fez para o apoiar quando da prisão. Acabou por ser deportado para França, em 1968, fixando-se em Paris e trabalhando na editora do seu avô.
Foi Oulman quem fez a música para “Meu Amor é Marinheiro”, com base em “A Trova do Amor Lusíada”, que Manuel Alegre escreveu quando esteve preso em Caxias.
No disco “Com Que Voz”, gravado em 1969 mas editado apenas no ano seguinte, Amália cantou poetas como Cecília Meireles, Alexandre O'Neill, David Mourão-Ferreira, Manuel Alegre, Camões, Ary dos Santos e Pedro Homem de Mello. O disco receberia o “IX Prémio da Crítica Discográfica Italiana” (1971), o “Grande Prémio da Cidade de Paris” e o “Grande Prémio do Disco de Paris” (1975).
Após o 25 de Abril de 1974, Alain Oulman tomou a defesa de Amália, quando esta foi acusada de colaboração com o regime salazarista, escrevendo cartas para os jornais “República” e “O Século”.As gravações de vários ensaios, que foram encontrados nas residências dos herdeiros de Oulman e do editor discográfico Rui Valentim de Carvalho, foram publicadas numa edição que juntou os álbuns “Busto” e “For Your Delight”.
Tinha por origem uma família judaica tradicional, que se tinha instalado em Portugal há vários anos. O pai era um industrial e a mãe era filha do conhecido editor Calmann-Lévy.
Viveu apaixonado pelos livros, pela música e pela voz de Amália. Foi apresentado à famosa fadista em 1962, por Luís de Macedo, diplomata em Paris, durante umas férias na Praia do Lizandro, perto da Ericeira.
O álbum “Busto”, editado em 1962, marcou o início de colaboração de Alain Oulman com Amália. Foi ele quem a encorajou a cantar grandes poetas portugueses, como Luís de Camões, David Mourão-Ferreira, Alexandre O'Neill e Manuel Alegre. Alain Oulman é também considerado o principal responsável por uma profunda alteração na música e nos arranjos musicais que a acompanhavam.
Oulman, com músicas suas em sucessivos discos, soube transformar Amália Rodrigues, cuja popularidade já era incontestada desde o final da Segunda Guerra Mundial, numa diva internacional.
Oulman, pessoa de esquerda, foi perseguido e preso pela PIDE em 1966. Amália tudo fez para o apoiar quando da prisão. Acabou por ser deportado para França, em 1968, fixando-se em Paris e trabalhando na editora do seu avô.
Foi Oulman quem fez a música para “Meu Amor é Marinheiro”, com base em “A Trova do Amor Lusíada”, que Manuel Alegre escreveu quando esteve preso em Caxias.
No disco “Com Que Voz”, gravado em 1969 mas editado apenas no ano seguinte, Amália cantou poetas como Cecília Meireles, Alexandre O'Neill, David Mourão-Ferreira, Manuel Alegre, Camões, Ary dos Santos e Pedro Homem de Mello. O disco receberia o “IX Prémio da Crítica Discográfica Italiana” (1971), o “Grande Prémio da Cidade de Paris” e o “Grande Prémio do Disco de Paris” (1975).
Após o 25 de Abril de 1974, Alain Oulman tomou a defesa de Amália, quando esta foi acusada de colaboração com o regime salazarista, escrevendo cartas para os jornais “República” e “O Século”.As gravações de vários ensaios, que foram encontrados nas residências dos herdeiros de Oulman e do editor discográfico Rui Valentim de Carvalho, foram publicadas numa edição que juntou os álbuns “Busto” e “For Your Delight”.
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