EFEMÉRIDE – Olive Emilie Albertina Schreiner, escritora, militante política, pacifista e feminista sul-africana, nasceu em Basutolândia no dia 24 de Março de 1855. Faleceu em 11 de Dezembro de 1920.
Era filha de um pastor metodista alemão e de uma missionária. Tinha seis anos quando o pai foi colocado nos territórios orientais da colónia do Cabo. Implicado em tráficos com os indígenas, acabou por ser excluído da sua ordem missionária. Lançou-se então em vários negócios mas sem sucesso, o que fez com que a família ficasse na miséria.
Em 1867, Olive foi enviada para casa do irmão mais velho, que era “mestre de escola” em Cradock. Aqui recebeu a instrução primária.
Era filha de um pastor metodista alemão e de uma missionária. Tinha seis anos quando o pai foi colocado nos territórios orientais da colónia do Cabo. Implicado em tráficos com os indígenas, acabou por ser excluído da sua ordem missionária. Lançou-se então em vários negócios mas sem sucesso, o que fez com que a família ficasse na miséria.
Em 1867, Olive foi enviada para casa do irmão mais velho, que era “mestre de escola” em Cradock. Aqui recebeu a instrução primária.
Tendo muito cedo renegado a fé religiosa dos pais, não se sentia à vontade no ambiente austero e puritano em que vivia. Quando o irmão partiu para tentar a sua sorte nos campos diamantíferos de Griqualand, Olive instalou-se em Barkly East, onde encontrou Willie Bertram que a iniciou nos princípios filosóficos de Herbert Spencer, aos quais aderiu.
Durante vários anos, ocupou as funções de governanta de crianças, tendo voltado a viver uns tempos com os pais e depois com os irmãos.
Em 1874 descobriu que era asmática. Começou a escrever mas, por necessidades económicas, continuou a trabalhar como governanta.
Em 1880, tendo já economizado bastante dinheiro, partiu para Edimburgo, na Escócia, onde exerceu a profissão de enfermeira. No ano seguinte, instalou-se em Southampton na Inglaterra. Tentou seguir estudos de Medicina, mas em virtude da sua saúde, teve de renunciar e concentrar-se unicamente na escrita para ganhar a vida.
Em 1883, sob o pseudónimo de Ralph Iron, publicou a história de uma plantação africana, redigida no seguimento de dois romances semi-autobiográficos que só seriam publicados depois da sua morte. A obra teve um sucesso imediato. Nos sete anos seguintes, Olive conquistou um lugar importante na vida literária e política da Inglaterra. Convivendo com numerosos socialistas e livres-pensadores, aderiu a uma organização progressista (a “Fellowship of the New Life”) e ao movimento feminista onde, em companhia sobretudo de Eleanor Marx, filha de Karl Marx, tomou a defesa das operárias exploradas, das prostitutas e das mulheres vítimas de violência ou abandonadas na miséria.
Em 1886 fixou-se no continente europeu e viajou pela França, Suíça e Itália, antes de voltar a Inglaterra.
Em 1889, regressou à África do Sul onde se implicou na vida política. Começou por ser favorável a Cecil John Rhodes, tornando-se depois uma sua temível adversária. Escreveu numerosos textos polémicos, onde criticava nomeadamente a anexação da futura Rodésia do Sul por Cecil Rhodes e pelos seus partidários. Foi durante estas actividades que encontrou Samuel Cronwright, um agricultor que partilhava os mesmos pontos de vista progressistas, tanto quanto a Rhodes como aos direitos dos indígenas da África do Sul. Casaram-se em 1894.
Em 1898, o casal instalou-se em Joanesburgo, no Transval, onde continuou as suas actividades políticas e pacifistas. Em 1907 lutou para que fossem dados os mesmos direitos políticos aos negros e às mulheres, defendendo a justiça social e reivindicando a igualdade dos sexos.
Os últimos anos da sua vida foram marcados pela doença e pela solidão. Em 1913 deslocou-se ainda a Inglaterra para seguir tratamento médico. Quando a Primeira Guerra Mundial eclodiu, Olive iniciou uma obra sobre o conflito, inspirada na sua correspondência com Gandhi. Este livro (“The Dawn of Civilisation”) foi o último que escreveu e foi publicado pouco antes da sua morte, ocorrida durante o sono.
Durante vários anos, ocupou as funções de governanta de crianças, tendo voltado a viver uns tempos com os pais e depois com os irmãos.
Em 1874 descobriu que era asmática. Começou a escrever mas, por necessidades económicas, continuou a trabalhar como governanta.
Em 1880, tendo já economizado bastante dinheiro, partiu para Edimburgo, na Escócia, onde exerceu a profissão de enfermeira. No ano seguinte, instalou-se em Southampton na Inglaterra. Tentou seguir estudos de Medicina, mas em virtude da sua saúde, teve de renunciar e concentrar-se unicamente na escrita para ganhar a vida.
Em 1883, sob o pseudónimo de Ralph Iron, publicou a história de uma plantação africana, redigida no seguimento de dois romances semi-autobiográficos que só seriam publicados depois da sua morte. A obra teve um sucesso imediato. Nos sete anos seguintes, Olive conquistou um lugar importante na vida literária e política da Inglaterra. Convivendo com numerosos socialistas e livres-pensadores, aderiu a uma organização progressista (a “Fellowship of the New Life”) e ao movimento feminista onde, em companhia sobretudo de Eleanor Marx, filha de Karl Marx, tomou a defesa das operárias exploradas, das prostitutas e das mulheres vítimas de violência ou abandonadas na miséria.
Em 1886 fixou-se no continente europeu e viajou pela França, Suíça e Itália, antes de voltar a Inglaterra.
Em 1889, regressou à África do Sul onde se implicou na vida política. Começou por ser favorável a Cecil John Rhodes, tornando-se depois uma sua temível adversária. Escreveu numerosos textos polémicos, onde criticava nomeadamente a anexação da futura Rodésia do Sul por Cecil Rhodes e pelos seus partidários. Foi durante estas actividades que encontrou Samuel Cronwright, um agricultor que partilhava os mesmos pontos de vista progressistas, tanto quanto a Rhodes como aos direitos dos indígenas da África do Sul. Casaram-se em 1894.
Em 1898, o casal instalou-se em Joanesburgo, no Transval, onde continuou as suas actividades políticas e pacifistas. Em 1907 lutou para que fossem dados os mesmos direitos políticos aos negros e às mulheres, defendendo a justiça social e reivindicando a igualdade dos sexos.
Os últimos anos da sua vida foram marcados pela doença e pela solidão. Em 1913 deslocou-se ainda a Inglaterra para seguir tratamento médico. Quando a Primeira Guerra Mundial eclodiu, Olive iniciou uma obra sobre o conflito, inspirada na sua correspondência com Gandhi. Este livro (“The Dawn of Civilisation”) foi o último que escreveu e foi publicado pouco antes da sua morte, ocorrida durante o sono.
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