EFEMÉRIDE – Maria Ruth dos Santos Escobar, actriz e produtora cultural luso-brasileira, nasceu no Porto em 31 de Março de 1936. Ela é uma das personalidades mais notáveis do teatro brasileiro, empreendedora de muitos projectos culturais especialmente comprometidos com a vanguarda artística.
Nascida em Portugal, Ruth Escobar foi para o Brasil em 1951. Anos depois, casou-se com o filósofo e dramaturgo Carlos Henrique Escobar e, em 1958, partiram para a França, onde Ruth fez cursos de interpretação. Ao voltar ao Brasil, montou uma companhia própria, a “Novo Teatro”, em parceria com o director Alberto D'Aversa. Após algumas experiências no palco, como “Mãe Coragem e Seus Filhos” (1960) de Bertolt Brecht e “Males da Juventude” (1961) de Ferdinand Bruckner, protagonizou em 1962 “Antígone América”, texto do marido.
Em 1964 decidiu fundar um teatro popular e, para isso, fez adaptar um autocarro que se transformou em palco, levando espectáculos à periferia de São Paulo, iniciativa intitulada “Teatro Popular Nacional”. Esta actividade durou até 1965. Em 1964 inaugurara também a sua própria casa de espectáculos, orientada para a vanguarda artística.
Uma iniciativa ousada seguiu-se, em 1968, com a ida para o Brasil do franco-argentino Victor Garcia, convidado para a montagem de “Cemitério de Automóveis”, adaptação do próprio Garcia para a obra de Fernando Arrabal, encenada anteriormente em Dijon (1966) e em Paris (1968). Uma antiga garagem foi totalmente remodelada e a encenação destacou Ruth Escobar como actriz e produtora de grande projecção.
O seu prestígio aumentou, em 1969, com a produção de “O Balcão” de Jean Genet, com uma deslumbrante encenação de Victor Garcia. A produção arrebatou todos os prémios importantes e Ruth Escobar foi agraciada com um Troféu de Personalidade do Ano.
Em 1972 “A Viagem”, adaptação cénica dos Lusíadas, de Luís de Camões, teve na sua estreia a presença do então primeiro-ministro de Portugal, Marcelo Caetano.
Nos anos seguintes, centralizou no seu teatro importantes manifestações contra o regime militar brasileiro, inclusive a fundação do “Comité da Amnistia Internacional”.
Com o “1º Festival Internacional de Teatro” em 1974, Ruth Escobar deu outro passo ambicioso: apresentar periodicamente em São Paulo o melhor da produção teatral mundial. No mesmo ano, “Autos Sacramentales” de Calderón de la Barca, triunfou na Bienal de Veneza, com actuações também em Londres e em Portugal.
Em 1976, outro projecto de fôlego - a “Feira Brasileira de Opinião” - reuniu textos dos mais destacados dramaturgos da época, mas foi proibida pela Censura, o que a obrigou a arcar com os prejuízos da montagem, entretanto já começada. Nesse ano organizou com grande êxito o “2º Festival Internacional”.
Em 1977 resolveu voltar à cena, interpretando Ilídia de “A Torre de Babel” e levando a São Paulo o autor Fernando Arrabal para a dirigir.
Entre as grandes atracções do “3º Festival Internacional”, em 1981, estavam vários grupos famosos de teatro, incluindo “A Comuna” de Portugal.
Nos anos 1980 Ruth Escobar afastou-se parcialmente do teatro, sendo eleita deputada estadual em duas legislaturas e dedicando-se a projectos comunitários.
Em 1987, Ruth Escobar lançou “Maria Ruth - Uma Autobiografia”, contando parte da sua vida, na qual a produção cultural se mistura indissoluvelmente com a sua actuação social, voltada sobretudo para o inconformismo com as regras estabelecidas.
Em 1990 voltou aos palcos com “Relações Perigosas”, de Heiner Müller. A partir de 1994 voltou a organizar os Festivais Internacionais de Teatro.
Nascida em Portugal, Ruth Escobar foi para o Brasil em 1951. Anos depois, casou-se com o filósofo e dramaturgo Carlos Henrique Escobar e, em 1958, partiram para a França, onde Ruth fez cursos de interpretação. Ao voltar ao Brasil, montou uma companhia própria, a “Novo Teatro”, em parceria com o director Alberto D'Aversa. Após algumas experiências no palco, como “Mãe Coragem e Seus Filhos” (1960) de Bertolt Brecht e “Males da Juventude” (1961) de Ferdinand Bruckner, protagonizou em 1962 “Antígone América”, texto do marido.
Em 1964 decidiu fundar um teatro popular e, para isso, fez adaptar um autocarro que se transformou em palco, levando espectáculos à periferia de São Paulo, iniciativa intitulada “Teatro Popular Nacional”. Esta actividade durou até 1965. Em 1964 inaugurara também a sua própria casa de espectáculos, orientada para a vanguarda artística.
Uma iniciativa ousada seguiu-se, em 1968, com a ida para o Brasil do franco-argentino Victor Garcia, convidado para a montagem de “Cemitério de Automóveis”, adaptação do próprio Garcia para a obra de Fernando Arrabal, encenada anteriormente em Dijon (1966) e em Paris (1968). Uma antiga garagem foi totalmente remodelada e a encenação destacou Ruth Escobar como actriz e produtora de grande projecção.
O seu prestígio aumentou, em 1969, com a produção de “O Balcão” de Jean Genet, com uma deslumbrante encenação de Victor Garcia. A produção arrebatou todos os prémios importantes e Ruth Escobar foi agraciada com um Troféu de Personalidade do Ano.
Em 1972 “A Viagem”, adaptação cénica dos Lusíadas, de Luís de Camões, teve na sua estreia a presença do então primeiro-ministro de Portugal, Marcelo Caetano.
Nos anos seguintes, centralizou no seu teatro importantes manifestações contra o regime militar brasileiro, inclusive a fundação do “Comité da Amnistia Internacional”.
Com o “1º Festival Internacional de Teatro” em 1974, Ruth Escobar deu outro passo ambicioso: apresentar periodicamente em São Paulo o melhor da produção teatral mundial. No mesmo ano, “Autos Sacramentales” de Calderón de la Barca, triunfou na Bienal de Veneza, com actuações também em Londres e em Portugal.
Em 1976, outro projecto de fôlego - a “Feira Brasileira de Opinião” - reuniu textos dos mais destacados dramaturgos da época, mas foi proibida pela Censura, o que a obrigou a arcar com os prejuízos da montagem, entretanto já começada. Nesse ano organizou com grande êxito o “2º Festival Internacional”.
Em 1977 resolveu voltar à cena, interpretando Ilídia de “A Torre de Babel” e levando a São Paulo o autor Fernando Arrabal para a dirigir.
Entre as grandes atracções do “3º Festival Internacional”, em 1981, estavam vários grupos famosos de teatro, incluindo “A Comuna” de Portugal.
Nos anos 1980 Ruth Escobar afastou-se parcialmente do teatro, sendo eleita deputada estadual em duas legislaturas e dedicando-se a projectos comunitários.
Em 1987, Ruth Escobar lançou “Maria Ruth - Uma Autobiografia”, contando parte da sua vida, na qual a produção cultural se mistura indissoluvelmente com a sua actuação social, voltada sobretudo para o inconformismo com as regras estabelecidas.
Em 1990 voltou aos palcos com “Relações Perigosas”, de Heiner Müller. A partir de 1994 voltou a organizar os Festivais Internacionais de Teatro.
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