EFEMÉRIDE – Federico Fellini, realizador de cinema italiano, nasceu em Rimini no dia 20 de Janeiro de 1920. Morreu em Roma, em 31 de Outubro de 1993.
Fellini ficará imortalizado pela poesia dos seus filmes que, embora fazendo sérias críticas à sociedade, não deixavam desvanecer a magia do cinema.
Criado em Rimini, as experiências da sua infância vieram a ter influência em muitos dos seus filmes, em particular em “Os Boas Vidas” (1953), “8 e meio” (1963) e “Amarcord” (1973). Não é lícito pensar, porém, que as suas obras contêm sistematicamente fragmentos autobiográficos.
Mudou-se para Roma em 1939, conseguindo um trabalho bem remunerado para escrever artigos num programa semanal satírico muito popular na época - o “Marc’Aurelio”. Numa época de alistamento compulsório no exército, Fellini conseguiu evitar ser convocado, usando artifícios e truques de grande perspicácia.
Muitos daqueles que viveram os últimos anos do regime fascista de Mussolini, coabitaram entre uma esquizofrénica imposição de lealdade ao regime e uma liberdade sem limites no humor, o que foi o caso de Fellini. Produziu desenhos satíricos a lápis, aguarela e canetas de cor, que percorreram a América do Norte e a Europa. Com a queda do fascismo em Julho de 1943 e a libertação de Roma pelas tropas aliadas em 1944, Fellini e um amigo inauguraram o “Shopping das Caretas”, onde faziam caricaturas dos soldados aliados, para ganhar algum dinheiro. Foi por essa época que Roberto Rossellini tomou conhecimento do projecto intitulado “Roma, Cidade Aberta” de Fellini e foi ao seu encontro. Em 1948, Fellini actuou no filme de Rossellini “Il Miracolo”, com Anna Magnani.
Fellini também escreveu textos para a rádio e para filmes, bem assim como piadas para conhecidos comediantes como Aldo Fabrizi. Uma sua fotonovela, chamada “Uma Viagem para Tulum”, foi publicada na revista “Crisis”.
Em 1993, recebeu um Oscar de Honra em reconhecimento do valor das suas obras, que chocaram e/ou divertiram audiências no mundo inteiro. Nesse mesmo ano, viria a morrer de ataque cardíaco, um dia depois de completar 50 anos de casado. A sua esposa, Giulietta, com quem foi casado durante meio século, morreu seis meses depois, vítima de cancro pulmonar. Estão enterrados no mesmo túmulo de bronze, em forma de barco, localizado na entrada do cemitério da sua terra natal. O aeroporto de Rimini também recebeu o seu nome. Um museu em sua memória foi inaugurado na mesma cidade em 2003.
“Mulheres e Luzes”, de 1950, foi o seu primeiro filme, co-dirigido pelo experiente realizador Alberto Lattuada. A primeira película que Fellini dirigiu sozinho foi “Abismo de um sonho”, em 1952, protagonizado por Alberto Sordi.
Em 1961, descobriu através de um psicanalista os livros de Carl Jung. As teorias de Jung foram amplamente exploradas nos filmes “8 e meio”, “Julieta dos Espíritos”, “Satyricon” (1969), “Casanova” 1976) e “Cidade das Mulheres” (1980).
Ganhou quatro Oscars na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, dois Leões de Prata, o Prémio do Festival Internacional de Moscovo e uma Palma de Ouro no Festival de Cannes com o filme “A Doce Vida”, considerado um dos filmes mais importantes da história do cinema (1960). Foi nesse filme que surgiu o termo “Paparazzo”, que era um fotógrafo furtivo interpretado por Marcello Mastroianni. Em 1990 venceu o prestigiado Prémio Imperial, concedido pela Associação de Arte do Japão, que é considerado como um Prémio Nobel.
Com uma combinação de sonhos, memórias, fantasias e desejos, os filmes de Fellini têm uma visão muito pessoal da sociedade, colocando frequentemente as pessoas em situações bizarras. Existe mesmo o termo “Felliniesco”, que é utilizado para descrever certo tipo de cenas por ele imaginadas.
Grandes realizadores, como Woody Allen, David Lynch, Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Pedro Almodóvar e Emir Kusturica, entre outros, confessaram ter recebido grandes influências de Fellini para as suas obras.
O filme “A Voz da Lua”, em 1990, fechou a actividade cinematográfica de Fellini. Recebeu do Governo Italiano o grau de Cavaleiro da Grande Cruz.
Fish, um cantor escocês de rock progressivo, lançou em 2001 o álbum “Fellini Days”, com letras e músicas totalmente inspiradas nos seus filmes.
Fellini ficará imortalizado pela poesia dos seus filmes que, embora fazendo sérias críticas à sociedade, não deixavam desvanecer a magia do cinema.
Criado em Rimini, as experiências da sua infância vieram a ter influência em muitos dos seus filmes, em particular em “Os Boas Vidas” (1953), “8 e meio” (1963) e “Amarcord” (1973). Não é lícito pensar, porém, que as suas obras contêm sistematicamente fragmentos autobiográficos.
Mudou-se para Roma em 1939, conseguindo um trabalho bem remunerado para escrever artigos num programa semanal satírico muito popular na época - o “Marc’Aurelio”. Numa época de alistamento compulsório no exército, Fellini conseguiu evitar ser convocado, usando artifícios e truques de grande perspicácia.
Muitos daqueles que viveram os últimos anos do regime fascista de Mussolini, coabitaram entre uma esquizofrénica imposição de lealdade ao regime e uma liberdade sem limites no humor, o que foi o caso de Fellini. Produziu desenhos satíricos a lápis, aguarela e canetas de cor, que percorreram a América do Norte e a Europa. Com a queda do fascismo em Julho de 1943 e a libertação de Roma pelas tropas aliadas em 1944, Fellini e um amigo inauguraram o “Shopping das Caretas”, onde faziam caricaturas dos soldados aliados, para ganhar algum dinheiro. Foi por essa época que Roberto Rossellini tomou conhecimento do projecto intitulado “Roma, Cidade Aberta” de Fellini e foi ao seu encontro. Em 1948, Fellini actuou no filme de Rossellini “Il Miracolo”, com Anna Magnani.
Fellini também escreveu textos para a rádio e para filmes, bem assim como piadas para conhecidos comediantes como Aldo Fabrizi. Uma sua fotonovela, chamada “Uma Viagem para Tulum”, foi publicada na revista “Crisis”.
Em 1993, recebeu um Oscar de Honra em reconhecimento do valor das suas obras, que chocaram e/ou divertiram audiências no mundo inteiro. Nesse mesmo ano, viria a morrer de ataque cardíaco, um dia depois de completar 50 anos de casado. A sua esposa, Giulietta, com quem foi casado durante meio século, morreu seis meses depois, vítima de cancro pulmonar. Estão enterrados no mesmo túmulo de bronze, em forma de barco, localizado na entrada do cemitério da sua terra natal. O aeroporto de Rimini também recebeu o seu nome. Um museu em sua memória foi inaugurado na mesma cidade em 2003.
“Mulheres e Luzes”, de 1950, foi o seu primeiro filme, co-dirigido pelo experiente realizador Alberto Lattuada. A primeira película que Fellini dirigiu sozinho foi “Abismo de um sonho”, em 1952, protagonizado por Alberto Sordi.
Em 1961, descobriu através de um psicanalista os livros de Carl Jung. As teorias de Jung foram amplamente exploradas nos filmes “8 e meio”, “Julieta dos Espíritos”, “Satyricon” (1969), “Casanova” 1976) e “Cidade das Mulheres” (1980).
Ganhou quatro Oscars na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, dois Leões de Prata, o Prémio do Festival Internacional de Moscovo e uma Palma de Ouro no Festival de Cannes com o filme “A Doce Vida”, considerado um dos filmes mais importantes da história do cinema (1960). Foi nesse filme que surgiu o termo “Paparazzo”, que era um fotógrafo furtivo interpretado por Marcello Mastroianni. Em 1990 venceu o prestigiado Prémio Imperial, concedido pela Associação de Arte do Japão, que é considerado como um Prémio Nobel.
Com uma combinação de sonhos, memórias, fantasias e desejos, os filmes de Fellini têm uma visão muito pessoal da sociedade, colocando frequentemente as pessoas em situações bizarras. Existe mesmo o termo “Felliniesco”, que é utilizado para descrever certo tipo de cenas por ele imaginadas.
Grandes realizadores, como Woody Allen, David Lynch, Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Pedro Almodóvar e Emir Kusturica, entre outros, confessaram ter recebido grandes influências de Fellini para as suas obras.
O filme “A Voz da Lua”, em 1990, fechou a actividade cinematográfica de Fellini. Recebeu do Governo Italiano o grau de Cavaleiro da Grande Cruz.
Fish, um cantor escocês de rock progressivo, lançou em 2001 o álbum “Fellini Days”, com letras e músicas totalmente inspiradas nos seus filmes.
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