EFEMÉRIDE – Sergei Pavlovich Korolev, engenheiro ucraniano, “pai” da astronáutica soviética, morreu em Moscovo no dia 14 de Janeiro de 1966. Nascera em Jytomyr, em 30 de Dezembro de 1906.
Foi ele que projectou os primeiros foguetões soviéticos, tornando-se o engenheiro-chefe do programa espacial da URSS. Ele foi o equivalente soviético de Wernher von Braun.
Sergei Korolev foi, ao contrário do que comummente se pensa, o verdadeiro criador do desafio de enviar homens à Lua, apesar da União Soviética nunca ter admitido publicamente que pretendia alcançar tal feito.
Em 1922, foi aprovado num exame de admissão à Escola de Construção em Odessa. Foi ali que começou a interessar-se pela aviação. Dois anos depois, ingressou no Instituto Politécnico de Kiev, onde conheceu e se reuniu com entusiastas de planadores. Em 1925 partiu para Moscovo, a fim de estudar na Universidade Técnica do Estado. No ano seguinte, transferiu-se para a Escola Técnica Bauman de Moscovo, a melhor faculdade de engenharia da Rússia, onde finalizou os estudos em 1929.
Durante o ano de 1930 tornou-se o principal engenheiro do Tupolev TB-3, um bombardeiro pesado, e interessou-se pela utilização de carburante líquido para a propulsão de aeronaves e foguetões.
Em 1931, entrou no Instituto de Hidrodinâmica e Central Aérea. Em 1932, foi escolhido para chefe do Grupo de Pesquisa em Propulsão de Jactos, um dos centros de estudos de foguetões mais modernos da URSS. Korolev conduziu o desenvolvimento de um foguetão planador equipado e de mísseis de cruzeiro. Em 1934 publicou o livro “Um foguetão na estratosfera”.
No período das grandes purgas de Estaline, Korolev foi levado para a Sibéria acusado de anti-sovietismo (1938). Em 1940 voltou a Moscovo, sendo levado para a prisão de Butyrskaya. Em Julho do mesmo ano, uma comissão liderada por Lavrenti Beria, chefe da polícia secreta de Estaline, condenou Korolev a dez anos de trabalhos forçados, acusado de sabotagem. Em Setembro, foi chamado para o “Sharashka”, um departamento de projectos de aviões de combate. Era conhecido oficialmente por “KB-29”. Neste departamento encontrava-se o célebre Andrei Tupolev, também prisioneiro. Trabalharam no desenvolvimento do “Katyusha”, que os alemães chamariam “órgão de Estaline”.
Libertado em 1944, Korolev foi em missão à Alemanha no ano seguinte, para avaliar os mísseis balísticos V-2. Em 1946, foi nomeado chefe de um departamento criado entretanto em Podlipki, no nordeste de Moscovo. A organização era responsável pelo desenvolvimento e produção industrial de um míssil, baseado na tecnologia do V-2 alemão.
Korolev dirigiu o estudo de diversas gerações de satélites lançados por mísseis balísticos e de veículos de lançamento com fins científicos, militares e de comunicações. Em 4 de Outubro de 1957, um foguetão R7 lançou o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1. Um mês depois, enviou a cadela Laïka para o espaço, onde esteve seis horas antes de morrer de hipertermia, em virtude de avaria no sistema de regulação da temperatura.
Foi também Korolev que, em 12 de Abril de 1961, deu a oportunidade a Gagarine de se tornar o primeiro homem no espaço. Mais tarde, participou ainda no programa “Soyouz”.
Morreu no auge da sua carreira, em virtude de paragem cardíaca após uma operação cirúrgica para tirar pólipos hemorrágicos dos intestinos. As suas cinzas estão guardadas na necrópole do muro do Kremlin.
A Rússia homenageou-o na passagem do centenário do seu nascimento. O nome de Korolev passara quase despercebido durante a chamada “guerra-fria” por razões de segurança.
Foi ele que projectou os primeiros foguetões soviéticos, tornando-se o engenheiro-chefe do programa espacial da URSS. Ele foi o equivalente soviético de Wernher von Braun.
Sergei Korolev foi, ao contrário do que comummente se pensa, o verdadeiro criador do desafio de enviar homens à Lua, apesar da União Soviética nunca ter admitido publicamente que pretendia alcançar tal feito.
Em 1922, foi aprovado num exame de admissão à Escola de Construção em Odessa. Foi ali que começou a interessar-se pela aviação. Dois anos depois, ingressou no Instituto Politécnico de Kiev, onde conheceu e se reuniu com entusiastas de planadores. Em 1925 partiu para Moscovo, a fim de estudar na Universidade Técnica do Estado. No ano seguinte, transferiu-se para a Escola Técnica Bauman de Moscovo, a melhor faculdade de engenharia da Rússia, onde finalizou os estudos em 1929.
Durante o ano de 1930 tornou-se o principal engenheiro do Tupolev TB-3, um bombardeiro pesado, e interessou-se pela utilização de carburante líquido para a propulsão de aeronaves e foguetões.
Em 1931, entrou no Instituto de Hidrodinâmica e Central Aérea. Em 1932, foi escolhido para chefe do Grupo de Pesquisa em Propulsão de Jactos, um dos centros de estudos de foguetões mais modernos da URSS. Korolev conduziu o desenvolvimento de um foguetão planador equipado e de mísseis de cruzeiro. Em 1934 publicou o livro “Um foguetão na estratosfera”.
No período das grandes purgas de Estaline, Korolev foi levado para a Sibéria acusado de anti-sovietismo (1938). Em 1940 voltou a Moscovo, sendo levado para a prisão de Butyrskaya. Em Julho do mesmo ano, uma comissão liderada por Lavrenti Beria, chefe da polícia secreta de Estaline, condenou Korolev a dez anos de trabalhos forçados, acusado de sabotagem. Em Setembro, foi chamado para o “Sharashka”, um departamento de projectos de aviões de combate. Era conhecido oficialmente por “KB-29”. Neste departamento encontrava-se o célebre Andrei Tupolev, também prisioneiro. Trabalharam no desenvolvimento do “Katyusha”, que os alemães chamariam “órgão de Estaline”.
Libertado em 1944, Korolev foi em missão à Alemanha no ano seguinte, para avaliar os mísseis balísticos V-2. Em 1946, foi nomeado chefe de um departamento criado entretanto em Podlipki, no nordeste de Moscovo. A organização era responsável pelo desenvolvimento e produção industrial de um míssil, baseado na tecnologia do V-2 alemão.
Korolev dirigiu o estudo de diversas gerações de satélites lançados por mísseis balísticos e de veículos de lançamento com fins científicos, militares e de comunicações. Em 4 de Outubro de 1957, um foguetão R7 lançou o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1. Um mês depois, enviou a cadela Laïka para o espaço, onde esteve seis horas antes de morrer de hipertermia, em virtude de avaria no sistema de regulação da temperatura.
Foi também Korolev que, em 12 de Abril de 1961, deu a oportunidade a Gagarine de se tornar o primeiro homem no espaço. Mais tarde, participou ainda no programa “Soyouz”.
Morreu no auge da sua carreira, em virtude de paragem cardíaca após uma operação cirúrgica para tirar pólipos hemorrágicos dos intestinos. As suas cinzas estão guardadas na necrópole do muro do Kremlin.
A Rússia homenageou-o na passagem do centenário do seu nascimento. O nome de Korolev passara quase despercebido durante a chamada “guerra-fria” por razões de segurança.
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