EFEMÉRIDE
– Evandro Cavalcanti Lins e Silva, jurista, jornalista, escritor e
político brasileiro, nasceu em Parnaíba no dia 18 de Janeiro de 1912.
Morreu no Rio de Janeiro em 17 de Dezembro de 2002. Licenciou-se na Faculdade
de Direito do Rio de Janeiro, em Novembro de 1932. Ainda estudante, já
trabalhava como jornalista, profissão que manteve após ser advogado. Patrocinou
a defesa de inúmeros perseguidos políticos, a partir de 1932.
Em
1956, foi contratado como professor da cadeira de História do Direito Penal
e Ciência Penitenciária do curso de doutoramento da Faculdade de Direito
do então Estado da Guanabara, onde leccionou até 1961. Foi correspondente da
ONU no Brasil para matéria penal e penitenciária. Foi agraciado pela Equitem
Ordinis Piani, do Vaticano, na coroação do Papa Paulo VI, em Setembro de
1963, quando chefiou a delegação brasileira naquele evento. Leccionou também Direito
Penal na CEUB, de Brasília, em 1968.
Na
sua carreira jurídica, ocupou o cargo de procurador-geral da República, de 1961 a 1963, e ministro do
Supremo Tribunal Federal, de 1963
a 1969, ano em que se reformou, prosseguindo no entanto
a sua carreira de advogado.
Juntamente
com João Mangabeira, Hermes Lima e Rubem Braga, entre outros, foi um dos
fundadores do Partido Socialista Brasileiro, em 1947. Foi também chefe
do gabinete civil da Presidência da República e ministro das Relações
Exteriores em 1963.
Como
escritor, publicou diversas obras, como “A Defesa tem a Palavra”, “Arca
de Guardados” e “O Salão dos Passos Perdidos”. Foi autor de
numerosos trabalhos de Direito Penal e Processual Penal, publicados em
revistas técnicas, jornais e memoriais. Foi eleito para a Academia
Brasileira de Letras em Abril de 1998.
Apesar
da sua avançada idade, gozava de óptima saúde. Faleceu num acidente, ao
tropeçar e bater com a cabeça na calçada. Recebera poucos dias antes do
falecimento, o prémio outorgado durante o congresso da Unión Ibero Americana
de Colegios e Agrupaciones de Abogados realizado em Lima, no Peru, em
reconhecimento do seu exemplo profissional e do papel desempenhado em prol da
defesa dos Direitos Humanos e do Estado Democrático de Direito. Tomara também
posse como conselheiro da República, nomeado pelo então presidente Fernando
Henrique Cardoso.
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