EFEMÉRIDE
– Miklós Jancsó, cineasta húngaro, autor de obras que atingiram grande notoriedade
internacional nas décadas de 1960 e 1970, morreu em Budapeste no
dia 31 de Janeiro de 2014. Nascera em Vác, em 27 de Setembro de 1921.
Estudou
Direito, Etnografia e História de Arte, antes de seguir o
curso de Realização na Escola Superior de Cinema de Budapeste,
tendo-se diplomado em 1951. Nos primeiros anos da sua carreira, assinou
diversos documentários e curtas-metragens. Em 1958, dirigiu a sua primeira obra
de fundo, “A harangok Rómába mentek”.
Muito
influenciado pela obra de Zsigmond Móricz, militou num movimento de esquerda
que defendia os direitos das crianças de famílias operárias e camponesas.
Muitos
dos seus filmes estão ligados à história da Hungria. Assim, “Cantate”
(1962), que é a adaptação da “Cantata Profana” do compositor húngaro
Bela Bartók, é uma metáfora da Insurreição de Budapeste de 1956.
“Os sem esperança” (1965) evoca o período da Revolução Húngara de
1848. Três dos seus filmes (“Vermelhos e brancos” de 1967, “Silêncio
e clamor” de 1968 e “Agnus Dei (Égi bárány)” de 1971) abordam as
lutas sangrentas entre revolucionários e contra-revolucionários, por volta dos
anos 1918/19.
Recebeu
um prémio no Festival de Cannes 1972, com o filme “Salmo vermelho”.
Em 1973, conquistou o Prémio Kossuth.
Ensinou
cinema em Itália, Estados Unidos e Hungria, continuando a sua carreira de
realizador, mas sem o sucesso anterior, talvez porque os filmes não foram muito
divulgados. Foi casado com a realizadora Márta Mészáros.
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