sábado, 31 de janeiro de 2015

31 DE JANEIRO - MIKLÓS JANCSÓ

EFEMÉRIDE Miklós Jancsó, cineasta húngaro, autor de obras que atingiram grande notoriedade internacional nas décadas de 1960 e 1970, morreu em Budapeste no dia 31 de Janeiro de 2014. Nascera em Vác, em 27 de Setembro de 1921.
Estudou Direito, Etnografia e História de Arte, antes de seguir o curso de Realização na Escola Superior de Cinema de Budapeste, tendo-se diplomado em 1951. Nos primeiros anos da sua carreira, assinou diversos documentários e curtas-metragens. Em 1958, dirigiu a sua primeira obra de fundo, “A harangok Rómába mentek”.
Muito influenciado pela obra de Zsigmond Móricz, militou num movimento de esquerda que defendia os direitos das crianças de famílias operárias e camponesas.
Muitos dos seus filmes estão ligados à história da Hungria. Assim, “Cantate” (1962), que é a adaptação da “Cantata Profana” do compositor húngaro Bela Bartók, é uma metáfora da Insurreição de Budapeste de 1956. “Os sem esperança” (1965) evoca o período da Revolução Húngara de 1848. Três dos seus filmes (“Vermelhos e brancos” de 1967, “Silêncio e clamor” de 1968 e “Agnus Dei (Égi bárány)” de 1971) abordam as lutas sangrentas entre revolucionários e contra-revolucionários, por volta dos anos 1918/19.   
Recebeu um prémio no Festival de Cannes 1972, com o filme “Salmo vermelho”. Em 1973, conquistou o Prémio Kossuth.
Ensinou cinema em Itália, Estados Unidos e Hungria, continuando a sua carreira de realizador, mas sem o sucesso anterior, talvez porque os filmes não foram muito divulgados. Foi casado com a realizadora Márta Mészáros. 

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