EFEMÉRIDE
– Aracy Cortes, de seu verdadeiro nome Zilda de Carvalho Espíndola,
cantora brasileira, morreu no Rio de Janeiro em 8 de Janeiro de 1985.
Nascera, igualmente na capital carioca, em 31 de Março de 1904.
Por
iniciativa própria, Aracy começou a actuar em vários teatros, tornando-se muito
conhecida pelo seu timbre de soprano e pelo seu jeito muito pessoal de cantar.
O verdadeiro reconhecimento veio com a música “Que Pedaço” (1923) e “Jura,
de Sinhô” (1928). Já em pleno sucesso e muito entrosada no mundo musical,
seria ela a lançar também, na década de 1930, alguns compositores, então
ainda desconhecidos, como Ary Barroso.
Com
apresentações recorrentes em teatros de revista, que reuniam a nata do meio
artístico da época, projectou-se como a primeira grande cantora popular,
destacando-se num meio quase exclusivo de vozes masculinas. Foi dela também a
interpretação de “Aquarela do Brasil”, a primeira e mais importante
canção exportada do Brasil para os Estados Unidos.
Aracy
revelou-se um dos maiores nomes do género samba-canção. Comparado ao bolero,
em virtude da exploração e exaltação do tema amor-romântico ou pelo
sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo
ou fossa.
O samba-canção
(surgido na década de 1930) antecedeu o movimento da bossa nova,
que apareceu no final dos anos 1950 e que representou um refinamento e
uma maior leveza nas melodias e interpretações, em detrimento dos dramas, dos
ressentimentos e da melancolia.
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