EFEMÉRIDE
– Cosme Damião, fundador, jogador, técnico e dirigente do SL e Benfica,
morreu em Sintra no dia 11 de Junho de 1947. Nascera em Lisboa, em 2 de
Novembro de 1885. Ex-aluno da Casa Pia, foi um dos 24 fundadores do Benfica,
em 1904, numa reunião realizada na Farmácia Franco em Belém. Por omissão, a
acta da reunião, manuscrita pelo próprio Cosme, não incluía o seu nome.
Como
jogador de futebol, foi um médio centro com bons recursos técnicos, tendo-se
estreado frente ao Carcavelos, com uma vitória por 4-1, num jogo
efectuado em Janeiro de 1907. Quando completou 30 anos, optou por se retirar da
actividade.
Como
dirigente, dedicou-se de alma e coração ao projecto desde o seu início e ficou
intimamente ligado à continuação da colectividade nos momentos mais críticos.
Em 1907, quando de uma primeira crise, que levou oito jogadores benfiquistas a
saírem para o Sporting CP, foi ele que assumiu a continuidade do clube,
relançando-o e construindo rapidamente um conjunto que, três anos depois, seria
a primeira equipa portuguesa a vencer o Campeonato de Lisboa.
Fomentou
o ecletismo desportivo, tendo sido guarda-redes de hóquei em campo. Fixou as
regras do hóquei em patins e arbitrou o primeiro desafio desta modalidade, em
1917. Foi o maior entusiasta da construção do Campo das Amoreiras,
inaugurado em 1925.
Embora
tenha sido a principal figura do Benfica durante décadas, nunca foi
presidente, tendo recusado o cargo por diversas vezes, preferindo o lugar de
treinador. Em função disso, esteve 18 épocas consecutivas no comando técnico do
clube. Costuma dizer-se que Cosme Damião não foi presidente do Benfica
porque não quis, o que é mesmo verdade pois – em 1926 – concorreu às eleições
para a Direcção, tendo encabeçado uma lista que saiu vencedora. Recusou no
entanto o cargo de presidente, alegando ser demasiado novo para assumir tal
responsabilidade.
Foi
dado o seu nome ao Museu do Benfica.
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