EFEMÉRIDE
– Raymond Devos, actor e humorista francês (célebre pelo jogo de palavras, a
mímica, os trocadilhos, o absurdo e o humor das suas actuações), morreu em
Saint-Rémy-lès-Chevreuse no dia 15 de Junho de 2006. Nascera em Mouscron,
na Bélgica, em 9 de Novembro de 1922.
A
família deixou a Bélgica em 1924, para se instalar em Tourcoing (França). Na
escola, descobriu o jeito para contar histórias e cativar os auditórios, mas
terminou a sua educação aos 13 anos, em virtude dos problemas financeiros dos
pais. Tornou-se um eterno estudante (autodidacta) da língua e da cultura
francesa. Com um pai que tocava órgão e piano, uma mãe que dominava o violino e
o bandolim e um tio que tocava clarinete, Raymond aprendeu, praticamente
sozinho, a tocar mais de sete instrumentos.
Aproveitava
todos os momentos livres para ver espectáculos de rua e de feiras, sentindo-se
atraído pela vida artística. Enquanto esperava que a ocasião surgisse, exerceu
diversos ofícios, desde moço de recados até vendedor de livros, passando por
muitos outros.
Com
o deflagrar da Segunda Guerra Mundial, foi requisitado para o serviço
militar obrigatório. Para animar os seus companheiros, organizava pequenos
espectáculos. Foi depois deportado para campos de trabalho na Alemanha, onde
foi encontrar prisioneiros de várias nacionalidades. Desenvolveu então as suas
qualidades de mímica, que irá mais tarde aperfeiçoar na escola de Étienne
Decroux, onde conheceu o famoso Marcel Marceau.
Seguiu
depois cursos de teatro de Tania Balachova e Henri Rollan. Em 1948, montou um
número burlesco com André Gille e Georges Denis.
A
sua carreira começou, verdadeiramente, quando apareceu na primeira parte de uma
actuação de Maurice Chevalier, no Alhambra, em Paris. Multiplicou
então as suas apresentações em pequenas salas de espectáculo e, em breve, nas
maiores, como no Bobino e no Olympia de Paris. Enriqueceu os seus
shows com números de equilibrismo e ilusionismo. Era um homem-espectáculo
disputado pelos maiores empresários e programas de televisão.
Vítima
de um AVC no fim de 2005, foi de novo hospitalizado em Fevereiro de
2006, acabando por falecer em sua casa quatro meses depois.
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