EFEMÉRIDE
– Gerhart Johann Robert Hauptmann, romancista e dramaturgo alemão,
morreu em Jelenia Gora
no dia 6 de Junho de 1946. Nascera em Ober Salzbrunn , na
Silésia, em 15 de Novembro de 1862. Laureado com o Prémio Nobel de
Literatura de 1912 e com o Prémio Goethe em 1932, foi um dos
responsáveis pela introdução das tendências naturalistas no teatro
alemão.
Abandonou
a escola aos 15 anos, indo trabalhar no campo, juntamente com um tio. Estudou
depois escultura em Breslau, durante dois anos, e interessou-se mais tarde por História,
Filosofia e Ciências. Viajou pela Itália, Espanha e Suíça.
Pensava ir à Grécia, fascinado pelo classicismo antigo, mas viu-se obrigado a
regressar ao seu país, por motivos de saúde.
Radicou-se
então em Erkner, perto de Berlim (1885), onde passou a dedicar-se à literatura
e publicou a sua primeira peça, “Vor Sonnenaufgang” (1889). Mais tarde,
apresentou “Einsame Menschen” (1891) e a sua obra-prima “Die Weber”
(“Os Tecelões”, 1892), uma peça sobre uma revolta frustrada de
proletários que se vêem acossados pela mecanização e pela fome.
Outras
peças da sua autoria foram: “Der Biberpelz” (1893), “Hanneles
Himmelfart” (1893), “Fuhrmann Henschel” (1899) e “Rose Bernd”
(1903). O naturalismo, a Silésia, a luta de classes, ladrões sagazes e magistrados
incipientes, a arrogância das autoridades prussianas e um tom satírico foram as
traves mestras da maioria das suas peças. Na viragem do século, começou a
escrever peças poéticas/simbólicas. No romance “Emanuel Quint der Narr in
Christo” (1910), mostrou como o evangelho seria recebido, se Cristo
surgisse novamente ao mundo.
Nos
últimos anos de vida, mostrou de novo interesse pelo teatro grego e preparou –
no maior secretismo – uma peça antinazi, intitulada “Aus der Finsternis”
(1943).
Além
de uma abundante produção teatral, Gerhart Hauptmann foi autor igualmente de
poemas, em prosa e em verso, onde perpassam acontecimentos da sua vida pessoal.
Escreveu também vários romances, entre os quais “Wickelmann”, publicado
a título póstumo em 1954, e alguns poemas épicos, como “Der Grosse Traum”
(1942).
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