EFEMÉRIDE
– Dino Risi, realizador italiano, considerado um dos pais da comédia
italiana, morreu em Roma no dia 7 de Junho de 2008. Nascera em Milão,
em 23 de Dezembro de 1916. Realizou 54 filmes ao longo de meio século, nos
quais retratou subtilmente a sociedade italiana.
Filho
de um médico, formou-se em Medicina na sua cidade natal, onde se
especializou em Psiquiatria.
Antes de se lançar no cinema, foi também crítico, guionista e
produtor de documentários. Durante a Segunda Guerra Mundial, refugiou-se
na Suíça onde estudou cinema com o actor e realizador belga Jacques Feyder.
Iniciou
a sua carreira cinematográfica como assistente de Mario Soldati, em “Piccolo
Mondo Antico” (1941), e de Alberto Lattuada, em “Giacomo l'idealista”
(1942). Filmou cerca de 20 curtas-metragens na década de 1940.
Nos
anos 1950, instalou-se em Roma e tornou-se um dos grandes realizadores
das comédias à italiana, ao lado de Ettore Scola, Luigi Comencini, Mario
Monicelli e Pietro Germi.
Em
1951 filmou “Vacanze Col Gangster”, mas o grande sucesso chegou com “Il
Segno di Venere” e “Pane, Amore E...”, ambos de 1955 e
protagonizados pela dupla Sophia Loren e Vittorio De Sica. Ao longo da sua
carreira, trabalharia com outros grandes actores como Vittorio Gassman, Ugo
Tognazzi, Alberto Sordi, Nino Manfredi, Marcello Mastroianni e Monica Vitti.
O
êxito de “Poveri Ma Belli”, lançado em 1956, foi tão grande que gerou
duas continuações com os mesmos personagens: “Bella Ma Povere” (1957) e
“Poveri Milionari” (1959).
Outro
grande sucesso foi “Il Sorpasso” (1962), filme que é considerado a sua
obra-prima e onde explora as principais características da maioria dos seus
filmes: crítica social, humor corrosivo, compreensão profunda das fraquezas
humanas e consciência melancólica da passagem do tempo. No ano seguinte, outro
êxito com “I Mostri”.
Ainda
dois destaques na carreira de Risi são “In Nome Del Popolo Italiano”, um
dos seus filmes com maior teor de crítica social, e “Profumo Di Donna”,
de 1974, que teve no elenco Vittorio Gassman e Agostina Belli. A película foi
premiada com o César de Melhor Filme Estrangeiro.
Nas
décadas de 1980 e 1990,
a obra de Risi perdeu parte da anterior força. Os seus
últimos trabalhos foram para a televisão. Em 2002, recebeu um Leão de Ouro,
no Festival de Cinema de Veneza, pelo conjunto da sua obra.
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