EFEMÉRIDE
– Solveig Nordlund, cineasta sueca naturalizada portuguesa, nasceu em
Estocolmo no dia 9 de Junho de 1943. Tirou um bacharelato em História da
Arte, na Universidade de Estocolmo. Em 1962, conheceu Alberto Seixas
Santos e o seu interesse pelo cinema acentuou-se. Só a partir de 1970, no
entanto, é que decidiu enveredar pela carreira cinematográfica.
Foi
assistente em vários filmes: “Quem Espera por Sapatos de Defunto Morre
Descalço” de João César Monteiro (1969/70), “O Recado” de José
Fonseca e Costa (1970/71), “Pedro Só” de Alfredo Tropa (1970/71) e “Fragmentos
de Um Filme-Esmola” também de João César Monteiro (1972).
Com
“Brandos Costumes” de Alberto Seixas Santos (1973/74), o seu nome
começou a surgir nos genéricos de várias películas como montadora. Nestas
funções, assinou filmes de Manoel de Oliveira, João Botelho e Thomas Harlan,
bem assim como vários documentários políticos.
Em
1973/74, foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e fez estágios de
cinema em Paris, sob orientação – entre outros – de Jean Rouch. Em 1974,
trabalhou na Cinequipa e, em 1975, na Cinequanon, onde fez a
montagem de séries televisivas. Fundadora do Grupo Zero, participou em
vários filmes colectivos, entre os quais “A Lei da Terra” (1976). Em
1978, estreou-se na ficção com “Nem Pássaro Nem Peixe”.
Realizou,
em colaboração com o Teatro da Cornucópia, vários filmes sobre peças de
teatro de Franz Xaver Kroetz (“Música Para Si”, “Viagem Para a
Felicidade,” ambos de 1978 e “Outras Perspectivas” de 1980) e de
Karl Valentin (“E Não se Pode Exterminá-lo?” - 1979).
A
sua primeira longa-metragem foi “Dina e Django” (1983), a que se
seguiram “Até Amanhã, Mário” (1994), “Comédia Infantil” (1998), “Aparelho
Voador a Baixa Altitude” (2002) e “A Filha” (2003). Foi também
realizadora de curtas-metragens e de documentários sobre escritores, como
Marguerite Duras e António Lobo Antunes. Fundou a sociedade Ambar Filmes.
Em 2009, realizou “O Espelho Lento”, uma curta-metragem baseada num
conto de Richard Zimler.
Estreara-se
na direcção teatral em 1998, com “A Noite é Mãe do Dia” de Lars Norén,
para o Centro Cultural de Belém e Centro Cultural da Malaposta.
Colaborou depois com o grupo Artistas Unidos, para o qual encenou: “Vai
Vir Alguém” e “Sonho de Outono” de Jon Fosse; e “Traições” e
“Há Tanto Tempo” de Harold Pinter.
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