segunda-feira, 21 de novembro de 2016

21 DE NOVEMBRO - TOMIE OHTAKE

EFEMÉRIDETomie Ohtake, artista plástica japonesa naturalizada brasileira, nasceu em Quioto no dia 21 de Novembro de 1913. Morreu em São Paulo, em 12 de Fevereiro de 2015.
Ohtake é uma das principais representantes do abstraccionismo informal. A sua obra abrange pinturas, gravuras e esculturas. Foi premiada no Salão Nacional de Arte Moderna, em 1960. Em 1988, foi galardoada com a Ordem do Rio Branco pela escultura pública comemorativa dos 80 anos da imigração japonesa, em São Paulo. Pela sua carreira, Tomie Ohtake é considerada a “dama das artes plásticas brasileiras”.
Chegou ao Brasil em 1936 para visitar um irmão, conheceu o agrónomo Ushio Ohtake, também japonês, com quem se casou e teve dois filhos. A família estabeleceu-se no bairro da Mooca, na capital paulista.
Em 1952, iniciou-se na pintura com o artista Keisuke Sugano. No ano seguinte, integrou o Grupo Seibi. Passou um certo tempo a produzir obras no contexto da arte figurativa, mas veio a definir-se como abstraccionista. A partir dos anos 1970, passou a fazer serigrafias, litografias e gravuras em metal. Naturalizou-se brasileira em 1968.
Nos anos 1950/70, entrou em diversas exposições no Brasil e no estrangeiro, tendo sido premiada na maioria delas. Foi convidada a participar na Bienal de Veneza em 1972, pela própria instituição. Recebeu o Prémio Panorama da Pintura Brasileira concedido pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Na 23ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1995, teve uma sala especial para as suas esculturas. Tomie destacou-se ainda com esculturas de grandes dimensões em espaços públicos. Actualmente, 27 dos seus trabalhos são obras públicas situadas em diversas cidades brasileiras. Em São Paulo, alguns desses trabalhos tornaram-se marcos paulistanos, como os quatro grandes painéis da Estação Consolação do metro de São Paulo, a escultura em concreto armado na Avenida 23 de Maio e um mural na Ladeira da Memória.
Em 1995, escreveu – juntamente com Alberto Goldin – o livro intitulado “Gota d’água”, que foi escolhido pela Jugend Bibliothek de Munique, na Alemanha, como um dos melhores livros editados no Brasil naquele ano. Ainda em 1995, recebeu o Prémio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura. Em 2000, foi criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
Morreu aos 101 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em decorrência de choque séptico causado por uma broncopneumonia.

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