domingo, 23 de abril de 2017

23 DE ABRIL - JAMES EARL RAY

EFEMÉRIDSEJames Earl Ray, criminoso norte-americano condenado a prisão perpétua pelo assassinato (Memphis, 4/4/1968) do pastor e Prémio Nobel da Paz Martin Luther King, morreu em Nashville no dia 23 de Abril de 1998. Nascera em Alton, em 10 de Março de 1928.
James acreditava que Martin era um traidor e que instigava as pessoas para as suas marchas com a finalidade de parar e enfraquecer o país, politica e economicamente. Já tinha cometido actos racistas antes deste crime. Veio a morrer devido a problemas de hepatite C e insuficiência hepática.
Earl Ray era um franco-atirador e militante segregacionista. Dois meses depois do crime, foi preso no aeroporto de Londres Heathrow quando tentava deixar o Reino Unido com a ajuda da mulher e com um falso passaporte canadiano em nome de Ramon George Sneyd.
Só confessou o crime em 10 de Março de 1969, mas negou-o três dias depois. A conselho do advogado, porém, acabou por se declarar culpado para evitar a pena de morte, sendo então condenado a prisão perpétua.
Posteriormente, Ray dispensou o advogado e declarou que os culpados do crime eram um tal “Raoul” e o seu irmão Johnnny, que ele conhecera em Montreal. Contou ainda que «não tinha disparado sobre King» mas que «podia ser parcialmente responsável sem o saber», indicando uma pista de conspiração. Passou o resto da vida a tentar em vão anular a sua condenação e reabrir o processo.
Em 10 de Junho de 1977, depois de ter testemunhado para uma comissão do Congresso americano, negando ter assassinado Luther King, evadiu-se da penitenciária de Brushy Mountain no Tennessee, sendo recapturado três dias depois.
Em 1999, um ano após a morte de Ray, Coretta Scott King, a viúva de Martin Luther, e o resto da família ganharam um processo civil contra Loyd Jowers e “outros conspiradores”. Em Dezembro de 1993, Jowers tinha aparecido no horário nobre da ABC News, revelando detalhes de uma conspiração, que implicava a máfia e o governo na morte de King. Durante o processo, relatou também ter recebido 100 000 dólares para organizar o assassínio de Martin Luther King. O Júri composto de 6 Negros e 6 Brancos, considerou Jowers culpado, acrescentando que «algumas agências federais estavam associadas» ao complot. A família de M. L. King não acredita que Earl Ray tivesse sido o autor do atentado.
Finalmente, em 2000, o Departamento da Justiça dos Estados Unidos terminou um inquérito sobre aquelas revelações, não tendo encontrado provas que demonstrassem a existência de uma conspiração. O relatório recomendou ainda que não devia ser reaberto o processo, enquanto não forem apresentados novos factos fiáveis.
O mínimo que se poder dizer é que se trata de um processo extremamente confuso e pouco convincente.

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