domingo, 18 de outubro de 2020

18 DE OUTUBRO - VIOLETA CHAMORRO


EFEMÉRIDE - Violeta Barrios de Chamorro, jornalista e política nicaraguense, 50° presidente do seu país (1990/996),  nasceu em Rivas no dia, 18 de Outubro de 1929. Foi a primeira mulher eleita para o cargo de presidente da República por meio de uma eleição directa, no continente americano, a segunda no hemisfério ocidental e a quinta no mundo.

Violeta cresceu numa família abastada e fez parte dos seus estudos nos Estados Unidos. Quando regressou à Nicarágua, casou com Pedro Chamorro, célebre jornalista, que herdara da família o jornal “La Prensa”. Como o jornal apresentava críticas à ditadura vigente de Anastasio Somoza, Pedro esteve várias vezes preso ou exilado. Em 1978, foi assassinado por ordens do ditador, que estava prestes a ser derrubado pela Frente Sandinista, um grupo político de esquerda.

Desde 1979, quando a Frente Sandinista de Libertação Nacional depôs o ditador Anastasio Somoza, a Nicarágua vivia à beira de um colapso económico, castigada por uma guerra civil entre os defensores do socialismo e os contras, como a guerrilha anti sandinista apoiada pelos Estados Unidos, que fazia oposição ao regime revolucionário. Os nicaraguenses elegeram Violeta Chamorro em Fevereiro de 1990, para um mandato de seis anos na Presidência. A escolha apontava para um processo delicado de transição política.

Violeta Chamorro deixara o movimento socialista para integrar a oposição, sendo indicada como candidata da União Nacional de Oposição, coligação de 14 partidos, que iam de conservadores até aos comunistas.

Quando Chamorro subiu ao poder, a frágil economia nicaraguense parecia condenada a uma eterna crise, alimentada pelo embargo comercial decretado em 1985 pelo presidente dos EUA, Ronald Reagan. Em 1989, a inflação chegara a 1700% e o desemprego atingira 35% da população economicamente activa. O nível de produção nos sectores primário e secundário, em 1990, não ultrapassava a marca da década de 1950.

Somente com a posse de Chamorro, os Estados Unidos tirariam a Nicarágua do embargo económico.

Em 1997, Violeta Chamorro abandona a política, vivendo em Manágua, capital do país.  Completará hoje 91 anos de idade.

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