Alfred Nobel era filho de
Immanuel Nobel, engenheiro civil e inventor, e de Andrietta Ahlsell, que
provinha de uma família abastada sueca. Eles viviam em Estocolmo, até que a
empresa de Immanuel faliu. Andrietta e os filhos foram para a Finlândia, ao
passo que Immanuel tentava montar um negócio em São Petersburgo, na Rússia.
Nessa época, Alfred estava com quatro anos de idade. A mãe abriu uma mercearia
para ganhar algum dinheiro e, quando o marido obteve sucesso numa oficina de
equipamento para o exército russo, mudaram-se todos para São Petersburgo.
Foi em São Petersburgo que ele e
os irmãos estudaram. Rapidamente se lhe notou um elevado interesse pela Literatura
e pela Química. O pai, ao perceber isso, enviou-o para o estrangeiro
para ganhar experiência no campo da Engenharia Química. Visitou países
como a França, a Alemanha e os Estados Unidos. Foi em Paris que conheceu o
jovem químico italiano Ascanio Sobrero, que três anos antes tinha inventado a
nitroglicerina. O invento fascinou Nobel, devido ao seu potencial na engenharia
civil.
Em 1852, foi trabalhar para a
empresa do pai com os seus irmãos e realizou experiências com o fim de arranjar
um uso seguro e passível de vender para a nitroglicerina. Não obteve quaisquer
resultados. Em 1863, regressou à Suécia com o objectivo de desenvolver a
nitroglicerina como explosivo. Mudou-se para uma zona isolada, depois da morte
do irmão Emil, numa das suas explosões experimentais. Tentou então tornar a
nitroglicerina num produto mais manipulável, juntando-lhe vários compostos, que
a tornaram de facto numa pasta moldável, a dinamite. A sua invenção veio
facilitar os trabalhos de grandes construções, como túneis e canais.
A dinamite espalhou-se
rapidamente por todo o mundo. Nobel dedicava muito tempo aos seus laboratórios,
de onde saíram outros inventos (já não relacionados com explosivos), tais como
a borracha sintética.
O trabalho intenso durante toda a
sua vida não lhe deixou muito tempo para a vida pessoal. Tinha apenas uma
grande amiga, Bertha Kinsky, que lhe transmitiu os seus ideais pacifistas. Isto
iria contribuir para a criação de uma fundação com o seu nome, que promovesse o
bem-estar da Humanidade.
Morreu de hemorragia cerebral, na
sua casa em San Remo (Itália). No seu testamento, havia a indicação para a
criação de uma fundação que premiasse anualmente as pessoas que mais tivessem
contribuído para o desenvolvimento da Humanidade.
Em 1900, tinha sido já criada a Fundação
Nobel, que atribuía cinco prémios em áreas distintas: Química, Física,
Medicina, Literatura (atribuídos por especialistas suecos) e Paz
Mundial (atribuído por uma comissão do Parlamento norueguês).
Em 1969, criou-se um novo prémio
na área da Economia (financiado pelo Banco da Suécia), o Prémio
de Ciências Económicas, em memória de Alfred Nobel. Mas de facto, esse prémio
não tem ligação com Alfred Nobel, não sendo pago com o dinheiro privado da Fundação
Nobel, mas com dinheiro público do banco central sueco, embora os vencedores
sejam também escolhidos pela Academia Real das Ciências da Suécia.
Os vencedores do Prémio Nobel
recebem uma medalha em ouro e um diploma. A importância monetária do prémio
varia segundo as receitas da Fundação obtidas nesse ano. Assim nasceram
os Prémios Nobel, concedidos todos os anos pela Real Academia de
Ciências da Suécia.
Alfred Nobel encontra-se sepultado no Norra begravningsplatsen, em Solna, Estocolmo.
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