Com ascendência polaca, russa, checa
e alemã, Benjamin recebeu influência musical de seus pais, que eram músicos, e
ambos o incentivaram a ter aulas de piano, bateria, baixo e guitarra. Abandonou
os estudos secundários para formar a sua primeira banda, The Grasshoppers
(Os Gafanhotos, em português), que teve razoável êxito, mas que se
separou pouco tempo depois, após dois dos seus integrantes terem sido chamados
para integrar o exército norte-americano. Ele juntou-se a outro grupo musical,
o Mixed Emotions. Orr passou também um ano e meio no exército, mas ficou
livre em seguida. Chegou a formar outra banda, os Milkwood, que lançou
apenas um disco, “How’s the Weather?”, em 1973.
Em 1976, numa festa na cidade de
Columbus, conheceu Ric Ocasek, com o qual formou o grupo de rock The Cars
e ambos se mudaram imediatamente para a cidade de Chicago. Foi durante este
período, que Benjamin encurtou o seu apelido de nascimento (Orzechowski) para
Orr.
Começou por tocar baixo no grupo The Cars,
onde assinou também hits como “Just What I Need It”, “It’s Not The
Night” e “All Mixed Up”. O maior sucesso do grupo foi “Drive”,
composta por Ric Ocasek e que, no Brasil, fez parte da banda sonora
internacional da novela “Livre Para Voar”, de 1984. Em 1986,
paralelamente à função de baixista dos The Cars, Orr lançou o seu único
disco a solo, “The Lace”, cuja música principal foi um dos seus maiores
sucessos, “Stay The Night”. Outra faixa de destaque do álbum foi “Too
Hot To Stop”.
Em 1988, o grupo The Cars
separou-se, mas Orr seguiu a sua trajectória, desta vez oficialmente, em
carreira solo. Entre 1988 e 1990, chegou a gravar faixas de uma eventual
segunda edição de “The Lace”, em parceria com o guitarrista John
Kalishes, mas que não saiu do papel. Orr reuniu-se com os seus ex-companheiros
de The Cars, apenas para uma entrevista concedida em Atlanta, que foi
incluída no DVD “The Cars Live”.
Depois da separação, Benjamin
continuou a sua carreira musical e, a partir de 1998, formou mesmo três grupos
musicais.
Em Abril de 2000, Benjamin Orr
descobriu que tinha cancro no pâncreas, causando sucessivas internações e
problemas de saúde. Mesmo assim, continuava a apresentar-se em festivais de
música.
A sua última aparição pública foi
em 27 de Setembro de 2000, num concerto do Big People em Anchorage, no
Alasca. Morreu seis dias depois.
Em sua homenagem, Ric Ocasek compôs e interpretou “Silver”, música escolhida em forma de tributo ao músico e que foi incluída em “Nexterday”, álbum-solo lançado por Ocasek em 2005.
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