Antes disso, tivera actuações
marcantes em filmes como “Um Homem Chamado Cavalo”, “Terra da
Discórdia”, “Camelot”, “Cromwell”, “Os Imperdoáveis” e
“Gladiador”.
Nascido no sul da Irlanda, Richard
teve tuberculose na adolescência, algo que os amigos dizem ter contribuído para
o seu estilo introspectivo de actuar. Ainda estudante, iniciou a sua carreira
artística, como director teatral. A sua estreia no cinema, no entanto, só
aconteceu em 1958, quando fez uma pequena participação na comédia “Alive and
Kicking”, em Londres. Depois, voltou à Irlanda e estrelou “Shake Hands
With Devil”.
A partir da década de 1960,
Harris despontou como actor de cinema, chamando a atenção em “Os Canhões de
Navarone” e “O Grande Motim” (ambos de 1961). Em 1963, o trabalho de
Harris foi reconhecido internacionalmente e venceu o prémio de Melhor Actor
em Cannes, com “This Sporting Life”, além de conseguir a sua primeira nomeação
para o Oscar. Em seguida, actuou em “Deserto Vermelho” (1964), “Juramento
de Vingança” (1965), interpretou Caim em “A Bíblia” e o rei Arthur
em “Camelot”. Venceu o prémio de Melhor Actor nos Globos de
Ouro.
Em 1970, com o faroeste “Um
Homem Chamado Cavalo”, teve mais um sucesso, que gerou duas continuações (“O
Retorno do Homem Chamado Cavalo”, 1976, e “Triunfos de Um Homem Chamado
Cavalo”, 1983), mas nenhuma obteve a mesma apreciação do original, pelo
público. Foi também, nos anos 1970, que Harris se estreou atrás das câmaras,
co-escrevendo o guião de “The Lady in the Car With Glasses and a Gun”,
além de dirigir e actuar em “The Hero”.
As décadas de 1970 e 1980
não foram muito boas para a carreira de Harris. Participou em produções pouco
elogiadas, como “A Travessia de Cassandra”, “Orca, a Baleia Assassina”
(ambas em1977), “Selvagens Cães de Guerra” (1978) e “Tarzan, O Filho
das Selvas” (1981), entre outras. O seu regresso ao estrelato deu-se
somente em 1990, quando foi nomeado novamente para o Oscar por “Terra
da Discórdia”. Antes de aceitar o papel do professor Dumbledore nos filmes
de Harry Potter, Harris ainda estrelou “Jogos Patrióticos”, “Os
Imperdoáveis” (ambos em 1992), “Recordações” (1993), “O Espírito
do Silêncio” (1994), “Gladiador” (2000), “Apocalipse” (2000)
e, por último, “O Conde de Monte Cristo”, em 2002, lançado logo após “Harry
Potter e a Câmara Secreta”.”
Richard Harris publicou também vários
álbuns de canções, nos anos 1960 e 1970.
Faleceu aos 72 anos, após uma internação
para tratamento de um cancro linfático. Era casado com a actriz Elizabeth
Rees-Williams, com quem teve três filhos (um realizador e dois actores).
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