Foi considerada uma das
principais artistas do século XX. Nos últimos anos da sua vida, com sérios
problemas de visão e locomoção, continuou na direcção geral do Ballet
Nacional de Cuba, acompanhando o grupo em tournées por todo o mundo.
Iniciou os seus estudos de ballet
aos 11 anos, na Escola de Ballet da Sociedade Pró-Arte Musical em Havana,
com Nikolai Yavorsky. Posteriormente, estudou nos Estados Unidos, onde se
formou na School of American Ballet de Nova Iorque.
Aos 15 anos de idade, casou-se
com o bailarino Fernando Alonso e passou a chamar-se Alicia Alonso. Juntos,
criaram o Ballet Nacional de Cuba, assim que voltaram dos Estados Unidos
para Havana. Incorporaram à companhia obras como “Giselle”, “Coppélia”
e “La sylphide”.
Estreou-se na Broadway em
1938 e, aos 19 anos, devido a uma doença, perdeu parcialmente a visibilidade de
um olho. Os seus parceiros tinham sempre que estar no exacto lugar onde ela
esperava que estivessem e usava diferentes luzes no palco para guiá-la.
Dançou duas vezes na Rússia e
produziu o ballet “Giselle” para Ópera Nacional de Paris, sendo
ela própria a primeira bailarina. Foi a primeira e única latino-americana a ter
o título simbólico de ‘prima ballerina assoluta’, que é concedido aos
bailarinos mais excepcionais.
Depois do triunfo da Revolução
Cubana, em 1959, Alonso voltou ao seu país e tornou-se bailarina e directora
do Balé Nacional de Cuba.
Em Maio de 2009, no final da
apresentação do clássico “Giselle”, Alicia Alonso foi aplaudida de pé durante
largos minutos, no Grande Teatro do Palácio das Artes em Belo Horizonte.
Foi galardoada com a Medalha
Picasso pela UNESCO. A partir de 2002, foi embaixadora da Boa
Vontade da UNESCO na promoção de ballet (Programa de Património
Cultural Imaterial da Humanidade).
Faleceu em Havana, aos 98 anos,
vítima de doença cardiovascular.
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