Ilda Figueiredo passou a infância
e a juventude em Troviscal, até se mudar, na adolescência, para a cidade de
Chaves, com a sua família. Aí viveu até ir para Aveiro e, depois, se casar, aos
19 anos, altura em que foi para Vila Nova de Gaia.
Habilitada com o Curso do
Magistério Primário, foi professora do ensino primário, até que - depois de
completar a sua licenciatura em Economia, na Faculdade de Economia da
Universidade do Porto - tornou-se professora do ensino secundário,
função que desempenhou até à sua profissionalização como técnica superior
sindical, no Sindicato Têxtil do Porto, e já na década de 1970.
Mais tarde, viria a integrar a USP/CGTP-IN.
Enquanto professora, leccionou na
Escola Comercial Oliveira Martins, onde pertenceu à Direcção, e na Escola
Secundária Almeida Garrett. Décadas mais tarde, também viria a leccionar no
ensino superior particular, no Instituto Superior Jean Piaget, no campus
de Vila Nova de Gaia.
Em Aveiro, Ilda Figueiredo
tornou-se membro da Juventude Operária Católica e, mais tarde, já
estabelecida no Porto, filiou-se no Partido Comunista Português,
imediatamente após o 25 de Abril de 1974. Em 1979, estreava-se como
deputada à Assembleia da República, eleita pelo PCP, pelo círculo
do Porto, sendo reeleita noutras legislaturas, até deixar o último mandato, em
1991.
Paralelamente, Ilda Figueiredo
desempenhou o cargo de vereadora na Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia,
entre 1983 e 1990, sendo responsável do pelouro do Ambiente e Jardins.
Em 1994, voltou a desempenhar funções autárquicas, desta feita na Câmara
Municipal do Porto, sendo reeleita em 1997. No primeiro mandato ficou,
durante algum tempo, com o pelouro da Saúde e Sanidade e pertenceu ao Conselho
de Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento.
No segundo mandato, na sequência de um desentendimento com o presidente da
câmara, o socialista Fernando Gomes, não teve nenhum pelouro atribuído.
Em 1999, Ilda Figueiredo foi
eleita pelas listas do PCP para o Parlamento Europeu, onde
pertenceu ao grupo da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde,
de que chegaria a ser vice-presidente, sendo reeleita em 2004 e em 2009, sempre
como cabeça de lista da CDU nas três candidaturas. Aí desempenhou
diversos cargos e foi membro de várias Comissões e Delegações do PE.
Nesse último ano, conseguiu 379 787 votos (10,6%). Acabou por renunciar ao
mandato de eurodeputada em 2012. Entretanto, Ilda Figueiredo acumulou o cargo
de deputada no Parlamento Europeu com cargos autárquicos em Vila Nova de
Gaia. Entre 2001 e 2004, foi deputada municipal e membro da Assembleia
Metropolitana do Porto. Entre o final de 2004 e 2008, foi novamente
vereadora na Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, sem pelouros
atribuídos.
Em 2013, foi candidata à Câmara
Municipal de Viana do Castelo e, em 2017. à Câmara Municipal do Porto,
sempre pela CDU. Nas duas autarquias foi eleita vereadora.
Ilda Figueiredo é presidente da direcção
nacional do Conselho Português para a Paz e Cooperação, desde 2011. Tem
desempenhado diversas actividades de dinamização cultural, de que são exemplo
as Tertúlias sobre Cultura em Viana do Castelo e a moderação de Tertúlias
culturais de Agostinho Santos, em Vila Nova de Gaia.
Ilda Figueiredo é colaboradora
regular em diversos órgãos de comunicação social e escreveu “Educar para a
Cidadania” (1999) e “No Mar Não Há Árvores” (2003), com reflexões
sobre Portugal e o mundo no pós-11 de Setembro. Tem diversos livros de
poesia publicados e também textos sobre economia e integração europeia.
Foi galardoada como comendadora
da Ordem do Mérito de Itália (18 de Julho de 1990). Recebeu a Medalha de
Mérito, classe Ouro, do município de Vila Nova de Gaia.
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