Filho de António Veloso de Pinho,
professor/doutor oftalmologista, e irmão de António Matos Veloso, arquitecto,
Ângelo Veloso ingressou na Universidade do Porto e, posteriormente,
transferiu-se para Lisboa, onde se destacou no movimento político estudantil,
continuando, aliás, a actividade já iniciada no MUD Juvenil. Aderiu ao PCP
e, em 10 de Abril de 1951, foi preso pela primeira vez.
Em 4 de Fevereiro de 1955, foi de
novo preso, acusado de ser membro da associação secreta e subversiva MUD Juvenil
(integrava a Comissão Central do MUD Juvenil). Na cadeia, foi sucessivamente punido, incluindo 30 dias de «prisão na
própria cela». Julgado com outros 82 antifascistas pelo tribunal plenário do
Porto, foi condenado, em 12 de Junho de 1957, na pena de 2 anos de prisão,
considerada «expiada com a prisão preventiva já sofrida», acrescendo a medida
de segurança de internamento por período não inferior a 6 meses e suspensão de
direitos políticos por 15 anos, sendo transferido para o Forte de Peniche. Em
28 de Março de 1959, foi «restituído à liberdade condicional pelo período de 5
anos».
Em 1959, passou a funcionário do PCP
e mergulha na clandestinidade. Assume sucessivamente o controlo de organizações
em Lisboa e Vale do Tejo. Em 1966, é cooptado para o
Comité Central como suplente e, em 1967, passou a membro efectivo.
Preso pela terceira vez em 25 de Maio
de 1969, só viria a ser libertado em 1974.
Após a revolução de 25 de Abril
de 1974, Ângelo Veloso foi deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia
da República. Em 1985, foi candidato a Presidente da República apresentado
pelo PCP.
No VIII Congresso do PCP,
foi eleito membro suplente da Comissão Política e, no X Congresso,
passou a membro efectivo, no qual se manteve até ao XIII Congresso
(Extraordinário).
Faleceu em16 de Setembro de 1990.
O seu funeral foi acompanhado por milhares de pessoas até ao cemitério do
Alto de São João.
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