Formada em Direito, que nunca
exerceu, começa a publicar em 1962. Entre 1965/1984, viveu no exílio, na
Bélgica, onde deu início, com “O livro das comunidades”, a uma obra, com
mais de 26 livros, de género inclassificável, como
se lê na Nota biográfica incluída na edição brasileira de “Um
falcão no punho”.
A experiência do encontro com a escrita llansoliana, e com a proposição que ela porta,
reflecte-se na grande quantidade de produções académicas,
tais como trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses doutorais -
dedicadas à obra llansoliana - uma rápida busca no acervo da Biblioteca da UFMG, por
exemplo, mostra que, desde 1997, foram cerca de 18 trabalhos realizados acerca
da obra llansoliana.
Também pela quantidade de filmes,
e outras produções artísticas, que nascem dessa experiência - por exemplo, o
filme “Redemoinho-poema”, de Lucia Castello Branco e Gabriel Sanna.
Afinal, como ela mesma afirma em entrevista a João Mendes, em 1995,
quando se trata da textualidade, não cabe pensar em hereditariedade,
mas em «continuidade de problemática». Problemática que, portanto, aponta para um
caminho transitável e real: da escrita, da leitura e da vida, que, a partir
do fulgor do texto, são vividas
sem impostura
e são um convite aberto.
Entre os vários prémios que recebeu, destacam-se: Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus do ano de 1985, por “Um Falcão no Punho”: Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB da Associação Portuguesa de Escritores do ano de 1990, com “Um Beijo Dado Mais Tarde”; e Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB da Associação Portuguesa de Escritores do ano de 2006, por “Amigo e Amiga”.
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