Viveu em Almada. Maria Guinot
terá parentesco com a cantora Maria Emília Guinot, mas tão afastado que nem se
conheciam.
Começou a aprender piano com 4
anos de idade. Finalizou o curso no Conservatório e ingressou no Coro
Gulbenkian três anos mais tarde.
Em 1968, participou num programa
de rádio, o que acabou por conduzir à gravação do seu single de estreia. Lançou
ainda um segundo single com o título “Criança Loura”.
Depois, permaneceu afastada da
música durante vários anos, até à década de 1980, quando ficou em 3º
lugar no Festival RTP da Canção de 1981, com o tema “Um Adeus, Um
Recomeço”. Participou no Festival da Canção da Rádio Comercial, com
os temas “Falar Só Por Falar”, “Vai Longe O Tempo” e “Um Viver
Diferente”. Foi lançado o single “Falar Só Por Falar”.
Em 1984, vence o Festival RTP
da Canção com “Silêncio e Tanta Gente”. Apesar da excelente
recepção, não foi além do 11º lugar em 19 canções no Festival da Eurovisão.
O tema “Homenagem às Mães da
Praça de Maio” foi incluído no duplo álbum “Cem Anos de Maio”,
editado pela CGTP em 1986.
No programa “Deixem Passar a
Música”, gravado para a RTP, Maria Guinot foi acompanhado pela
orquestra dirigida por José Mário Branco nas canções “Atlântida”, “Balada
das Meias Palavras”, “Ai Quem Me Dera”, “O Baile das
Segundas-feiras”, “Feiras das Existências” e “A Bela Adormecida”.
Em playback, apresentou “As Mães da Praça de Maio” e “Saudação a José
Afonso”, canção recusada pelo júri do Festival RTP da Canção de
1986, ainda com o nome de “A Título Póstumo”.
Em 1987 foi editado o álbum “Esta
Palavra Mulher”, uma edição de autor. Participou no Festival da Canção
desse ano ao assinar a letra de “Imaginem Só”, interpretada por Ana
Alves.
Colaborou no disco “Correspondências”,
de José Mário Branco, lançado em 1990.
Em 1991, foi editado pela UPAV
o álbum “Maria Guinot”, com produção de José Mário Branco. Participam
neste disco José Marinho (piano, teclados), Irene Lima (violoncelo) Luís
Oliveira (viola acústica) Tony Rato (baixo eléctrico) Carlos Bica (contrabaixo)
Ricardo Ramalho (flauta) Edgar Caramelo (saxofone tenor) João Nuno Represas
(percussões) Fernando Ribeiro (acordeão) Maria Guinot (piano) e Artur Moreira
(clarinete).
Em 1999, foi editado pelo Ediclube
o livro “Histórias do Fado”, de Maria Guinot, Ruben de Carvalho e José
Manuel Osório, sob o tema de “Um século de Fado”.
Em 2004, Maria Guinot lançou o
livro “Memórias de um Espermatozóide Irrequieto”, que incluiu também um
CD com 13 inéditos, intitulado “Tudo Passa”.
Maria Guinot cedeu um tema para o
disco “UM MAR DE SONS”, comemorativo da 100ª
edição do roteiro cultural de Oeiras, com nove músicas cantadas ou tocadas por gentes de Oeiras, numa mistura de sons e
estilos. Outros nomes que participaram no disco incluem o Coro de Santo
Amaro de Oeiras, Fade Out, Pedro Osório, Cramol, Desso Blues Gang, Pedro
Carneiro, Flushot e o Coro Infantil de Santo
Amaro de Oeiras.
Maria Guinot, em 2010, deixara de
tocar piano, após três AVC. Veio a falecer vítima de infecção
respiratória, aos 73 anos de idade. Foi cremada no Cemitério de Barcarena.
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