Conheceu o Fado ainda na
infância, através de programas de rádio, tendo sido um autodidacta em termos de
formação musical, principalmente em viola e guitarra.
Mudou-se para Lisboa em 1938,
tendo-se empregado em 1961 como funcionário público, na Inspecção das Actividades
Económicas.
Na capital, começou a frequentar
as casas de Fado, tendo travado conhecimento com vários músicos, como Martinho
d’Assunção, que o convidou para fazer parte do seu conjunto, na função de
baixista. Depois deste início de carreira, também esteve na Adega Machado
durante alguns anos, em conjunto com Francisco
Carvalhinho e Armando Machado, e posteriormente integrou o grupo das guitarras de Raul Nery. Além das casas de
Fado, também tocou para a rádio e fez gravações em estúdio.
Deixou um grande contributo para
o Fado, tendo sido um dos principais responsáveis pela introdução do baixo
acústico naquele estilo musical. Colaborou com artistas de renome, como Amália
Rodrigues, com quem esteve durante cerca de três décadas, Beatriz da Conceição,
Maria Teresa de Noronha, Ricardo Ribeiro, João Braga, Cristina Branco, Fontes
Rocha e Fernando Farinha. Foi considerado como uma referência do Fado, tenho
ganho o epíteto de ‘professor’.
Em 2014, Ivan Dias realizou o
documentário “Joel Pina - O Professor”. Em Setembro de 2020, foi organizado
um concerto de homenagem a Joel Pina pelo seu centenário, no Teatro São Luiz,
em Lisboa, que foi coordenado pelo guitarrista Pedro de
Castro. Este evento teve a participação de
músicos como Maria da Fé, Mariza, Gonçalo Salgueiro, Mísia, Teresa Siqueira e
Lenita Gentil.
Morreu em Fevereiro de 2021, no Hospital
de Cascais, onde estava internado após ter sofrido um acidente vascular
cerebral. Após o seu falecimento, a ministra da Cultura
emitiu uma nota de pesar, onde o recordou como «uma das figuras de destaque da
cultura portuguesa» devido ao «seu trabalho e por representar
parte tão significativa da memória do Fado», tendo sido um «Modelo de dedicação e inventividade, com aquela tão rara qualidade de quem
sabe criar novo com profundo respeito pelo antigo, tão bem
conhecido». O museu do Fado também
lamentou a sua morte, tendo destacado o seu «contributo determinante para a
consagração do Fado como Património Cultural Imaterial da
Humanidade (UNESCO)».
Em 8 de Junho de 2012, foi
condecorado com o grau de comendador da Ordem do Mérito. Também recebeu
a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa.
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