Charles Lindbergh era filho de
Charles A. Lindbergh (que fora congressista de 1907
a 1917) e de Evangelyne Lodge. Com 18 anos de idade, ingressou no curso de Engenharia. Dois anos depois, abandonou o curso
e dedicou-se à aviação.
Lindbergh partiu do Condado de
Nassau, Estado de Nova Iorque viação, na costa oriental dos Estados Unidos, em
direcção a Paris, França, em 20 de Maio de 1927, tendo pousado
na capital francesa no dia seguinte. O avião usado por Lindbergh chamava-se
“The Spirit of Saint Louis”. O voo de Lindbergh durou 33 horas e 31
minutos. O feito de Lindbergh fez com que fosse galardoado com o Prémio
Orteig, de 25 mil dólares, em jogo desde 1919.
A sua chegada a Paris foi
triunfal. E a comemoração quase acabou em tragédia. Recebido calorosamente
pelos parisienses, o piloto quase foi sufocado pela multidão que se aglomerava
para cumprimentá-lo.
O seu neto, Erik Lindbergh,
repetiu a viagem num avião semelhante ao usado por
avô Charles, 75 anos depois, em 2002. Lindbergh não foi, porém,
o primeiro aviador a fazer um voo transatlântico, feito que pertence a John
Alcock e Arthur Whitten Brown, cujo voo foi feito em 1919; em 1922, os
portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral realizaram a primeira travessia
aérea do Atlântico recorrendo apenas a navegação astronómica,
no que foi também a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
Em 12 de Novembro de 1933
Lindbergh faz uma descida, forçada, no rio Minho em Friestas.
O hidroavião “Lockheed” foi imobilizando numa enseada situada junto à Ínsua
do Crasto, em Friestas,
Valença, perante uma população que correu para o acolher.
Aos
comandos da aeronave, além de Charles Lindbergh estava a sua esposa, Anne
Morrow. O motivo da descida no rio Minho foi a falta de
gasolina.
Na década de 1990 foi
inaugurado em Friestas um monumento a Lindbergh da autoria de Alípio Nunes Vaz
de Sousa. O monumento consiste numa pirâmide de granito
de 23 toneladas e numa estrutura em ferro, com 800 kg.
Em 1932, um dos filhos de
Lindbergh, Charles Augustus Lindbergh Jr, foi sequestrado e morto. Um suspeito (Bruno Richard Hauptmann) foi preso e acusado
pelo crime, tendo sido executado em 1936.
Lindbergh, querendo
isolar-se destes traumáticos acontecimentos, mudou-se para a Europa com a sua
família.
Lindbergh foi acusado de
simpatizar com o Nazismo e liderou, na década de 1930
e começo dos anos 1940 o
movimento isolacionista America First. No final da década de 1930
esteve na Alemanha na companhia de sua esposa, Anne Morrow. Elogiou a tecnologia aeronáutica daquele país. Em 1936,
esteve presente na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, em Berlim,
ao lado de Adolf Hitler.
Iniciada a
Segunda Guerra Mundial defendeu a neutralidade dos
Estados Unidos e considerava certa a vitória da
Alemanha. Por estes motivos grupos antinazistas
americanos desconfiavam dele. Após o ataque a Pearl Harbor em Dezembro de
1941 e a consequente entrada dos Estados Unidos na
guerra, ofereceu-se para lutar pelo seu país. Os seus serviços foram recusados.
Somente em 1944, foi admitido para o serviço.
Após a Segunda Guerra Mundial,
viveu tranquilamente em Connecticut como consultor,
tanto para o chefe de pessoal da Força Aérea quanto para a Pan American World Airways.
De 1957 até à sua morte em 1974,
teve um caso com a alemã Brigitte Hesshaimer, que vivia numa pequena cidade da
Baviera chamada Geretsried (35 km a sul de Munique). Em 23 de Novembro de 2003,
testes de ADN provaram que ele era o pai dos seus
três filhos: Dyrk (1958), Astrid (1960) e David (1967). Os
dois conseguiram manter o caso em segredo e, mesmo as crianças, não conheciam a verdadeira identidade do
seu pai, que eles viram quando ele chegou a visitá-los uma ou duas vezes por
ano usando o apelido ‘Careu Kent’.
Charles Lindbergh passou os seus
últimos anos na ilha havaiana de Maui, onde faleceu
vítima de linfoma.
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