sábado, 2 de março de 2024

2 DE MARÇO - MARTA TEMIDO

EFEMÉRIDE - Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões, administradora portuguesa, especialista em administração hospitalar, nasceu em Coimbra no dia 2 de Março de 1974.

É doutorada em Saúde Internacional, pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Lisboa, onde estudou com João Gradiz, além de deter um Mestrado em Gestão e Economia da Saúde, atribuído pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e uma licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Desde Setembro de 2022 que é deputada da bancada do PS na Assembleia da República.

Em Fevereiro de 2023, assumiu o cargo de presidente interina da concelhia do PS de Lisboa, após a demissão do então presidente da concelhia, Davide Amado, na sequência de investigações judiciais.

Em Julho de 2023, foi eleita presidente da concelhia do PS de Lisboa para o mandato 2023/2025.

Antes disso, e na sequência da saída do até então ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, do XXI Governo Constitucional, foi nomeada ministra da Saúde em Outubro de 2018, assumindo o cargo em 15 de Outubro desse ano. Continuou a ocupar esse cargo no XXII e XXIII Governo Constitucional. Apresentou a demissão do cargo de ministra da Saúde em 30 de Agosto de 2022, sendo substituída por Manuel Pizarro no mês seguinte.

Marta Temido destacou-se especialmente por ter sido a ministra da Saúde em funções durante a pandemia de COVID-19 (2020/2022).

Exerceu os cargos de subdirectora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da UNL e de presidente não-executiva do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa antes de assumir funções no XXI Governo.

Entre 2016 e 2017, foi presidente do conselho directivo da Administração Central do Sistema de Saúde.

Exerceu responsabilidades de administração e gestão em diversos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, assim como em outras entidades do sector, nomeadamente na Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, cuja direcção presidiu entre 2013 e 2015.

Integrou, ainda, os conselhos consultivos do Grupo de Activistas pelo Tratamento (GAT) e do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, tendo desempenhado actividade de docência em várias instituições na área da saúde.

É autora e co-autora de publicações científicas no âmbito da saúde.

Teve especial relevância na gestão da crise sanitária da COVID-19 em Portugal, tendo sido um dos principais rostos na gestão da pandemia no país. Tendo as autoridades portuguesas sido elogiadas pela sua gestão durante as semanas iniciais da primeira vaga da pandemia no país - vaga essa que durou entre Março 2020 e o final do Verão desse ano -, em Março de 2021, Marta Temido assumiu responsabilidades pelas decisões relativas às restrições do Natal de 2020, vistas por alguns especialistas como demasiado permissivas, e que foram um dos dois acontecimentos associados ao desencadear da especialmente trágica terceira vaga da pandemia no país - a mais mortal em Portugal em todo o decurso da pandemia no país -, que assumiu contornos especialmente graves nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2021, tendo a outra sido, segundo as autoridades, o disseminar da variante alfa do SARS-CoV-2.

Entretanto, ainda durante a gestão de Temido, o país liderou uma vasta campanha de vacinação contra a COVID-19, sendo Portugal, em Novembro de 2021, um dos países com maior percentagem de pessoas inoculadas contra o vírus que origina essa doença. Mesmo assim, chegou a ser o terceiro país do mundo com mais casos por milhão de habitantes.

Temido tornou-se militante do Partido Socialista durante o 23º congresso do Partido Socialista, ao fim de quase três anos como ministra da Saúde e praticamente um ano e meio desde o início da pandemia do SARS-CoV-2 em Portugal. Até então, Marta Temido era independente.

Foi candidata pelo Partido Socialista às eleições legislativas portuguesas antecipadas de 2022, sendo a cabeça-de-lista entre os candidatos do partido ao círculo eleitoral de Coimbra.

Apresentou a demissão do cargo de ministra da Saúde em 30 de Agosto de 2022, alegando ter deixado de reunir condições para continuar em funções. Manteve-se em funções até à tomada de posse do seu sucessor,  Manuel Pizarro.

Depois de ter deixado o Ministério da Saúde, Marta Temido assume funções como deputada da bancada do PS.

Marta Temido, numa audição na Comissão Parlamentar de Saúde, afirmou que uma das soluções para colmatar a falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde passa por contratar profissionais «mais resilientes». As suas declarações geraram controvérsia entre os profissionais de saúde. No dia seguinte, perante as críticas, Temido pediu desculpas e afirmou o seguinte: «Se causei uma má interpretação, peço desculpa por isso; genuinamente e do fundo do coração». E ainda acrescentou que «não disse em momento nenhum que é preciso recrutar profissionais mais resilientes. Disse que é necessário que todos façamos um investimento em mais resiliência, sobretudo quem trabalha em áreas tão exigentes como a da saúde».

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