É doutorada em Saúde Internacional, pelo Instituto
de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Lisboa, onde
estudou com João Gradiz, além de deter um Mestrado em Gestão e Economia da
Saúde, atribuído pela Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra, e uma licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito
da Universidade de Coimbra.
Desde Setembro de 2022 que é deputada da bancada do PS
na Assembleia da República.
Em Fevereiro de 2023, assumiu o cargo de presidente
interina da concelhia do PS de Lisboa, após a demissão do então
presidente da concelhia, Davide Amado, na sequência de investigações judiciais.
Em Julho de 2023, foi eleita presidente da concelhia
do PS de Lisboa para o mandato 2023/2025.
Antes disso, e na sequência da saída do até então ministro
da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, do XXI Governo Constitucional,
foi nomeada ministra da Saúde em Outubro de 2018, assumindo o cargo em
15 de Outubro desse ano. Continuou a ocupar esse cargo no XXII e XXIII
Governo Constitucional. Apresentou a demissão do cargo de ministra da Saúde
em 30 de Agosto de 2022, sendo substituída por Manuel Pizarro no mês seguinte.
Marta Temido destacou-se especialmente por ter sido a ministra
da Saúde em funções durante a pandemia de COVID-19 (2020/2022).
Exerceu os cargos de subdirectora do Instituto de
Higiene e Medicina Tropical da UNL e de presidente não-executiva do
conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa antes
de assumir funções no XXI Governo.
Entre 2016 e 2017, foi presidente do conselho directivo
da Administração Central do Sistema de Saúde.
Exerceu responsabilidades de administração e gestão em
diversos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, assim como em outras
entidades do sector, nomeadamente na Associação Portuguesa de
Administradores Hospitalares, cuja direcção presidiu entre 2013 e 2015.
Integrou, ainda, os conselhos consultivos do Grupo
de Activistas pelo Tratamento (GAT) e do Instituto de Higiene e
Medicina Tropical, tendo desempenhado actividade de docência em várias
instituições na área da saúde.
É autora e co-autora de publicações científicas no
âmbito da saúde.
Teve especial relevância na gestão da crise sanitária
da COVID-19 em Portugal, tendo sido um dos principais rostos na gestão
da pandemia no país. Tendo as autoridades portuguesas sido elogiadas pela sua
gestão durante as semanas iniciais da primeira vaga da pandemia no país - vaga
essa que durou entre Março 2020 e o final do Verão desse ano -, em Março de
2021, Marta Temido assumiu responsabilidades pelas decisões relativas às
restrições do Natal de 2020, vistas por alguns especialistas como demasiado
permissivas, e que foram um dos dois acontecimentos associados ao desencadear
da especialmente trágica terceira vaga da pandemia no país - a mais mortal em
Portugal em todo o decurso da pandemia no país -, que assumiu contornos
especialmente graves nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2021, tendo a outra
sido, segundo as autoridades, o disseminar da variante alfa do SARS-CoV-2.
Entretanto, ainda durante a gestão de Temido, o país
liderou uma vasta campanha de vacinação contra a COVID-19, sendo
Portugal, em Novembro de 2021, um dos países com maior percentagem de pessoas
inoculadas contra o vírus que origina essa doença. Mesmo assim, chegou a ser o
terceiro país do mundo com mais casos por milhão de habitantes.
Temido tornou-se militante do Partido Socialista
durante o 23º congresso do Partido Socialista, ao fim de quase três anos
como ministra da Saúde e praticamente um ano e meio desde o início da
pandemia do SARS-CoV-2 em Portugal. Até então, Marta Temido era
independente.
Foi candidata pelo Partido Socialista às
eleições legislativas portuguesas antecipadas de 2022, sendo a cabeça-de-lista
entre os candidatos do partido ao círculo eleitoral de Coimbra.
Apresentou a demissão do cargo de ministra da Saúde
em 30 de Agosto de 2022, alegando ter deixado de reunir condições para
continuar em funções. Manteve-se em funções até à tomada de posse do seu
sucessor, Manuel Pizarro.
Depois de ter deixado o Ministério da Saúde,
Marta Temido assume funções como deputada da bancada do PS.
Marta Temido, numa audição na Comissão Parlamentar
de Saúde, afirmou que uma das soluções para colmatar a falta de médicos no Serviço
Nacional de Saúde passa por contratar profissionais «mais resilientes».
As suas declarações geraram controvérsia entre os profissionais de saúde. No
dia seguinte, perante as críticas, Temido pediu desculpas e afirmou o seguinte:
«Se causei uma má interpretação, peço desculpa por isso; genuinamente e do
fundo do coração». E ainda acrescentou que «não disse em momento nenhum
que é preciso recrutar profissionais mais resilientes. Disse que é necessário
que todos façamos um investimento em mais resiliência, sobretudo quem trabalha
em áreas tão exigentes como a da saúde».
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