Hanna Reitsch era filha de um
oftalmologista e estava a estudar para se tornar médica, quando - em 1932 -
resolveu tornar-se piloto de testes.
Na década de 1930,
destacou-se por bater diversos recordes, entre eles o de ser a primeira mulher
a cruzar os Alpes num planador. Muitos destes recordes duram até hoje.
Em 1934, esteve no Brasil com
pilotos alemães (era a única mulher no grupo), participando em competições e
exibições aéreas.
Em 17 de Fevereiro de 1934,
Hanna Reitsch realizou um voo de planador de 2 200 metros sobre a cidade do Rio
de Janeiro, estabelecendo o recorde mundial feminino de altitude.
Esteve nos Estados Unidos,
Portugal, Finlândia e numa expedição à Líbia em 1939, com o professor Walter
Georgii (que auxiliou no desenvolvimento do voo desportivo de planadores, com os
seus conhecimentos de meteorologia).
Participou na Segunda
Guerra Mundial como piloto, testando os aviões da Luftwaffe, entre
eles os mais avançados.
Foi ferida três vezes,
acidentando-se em voos. Ficou famosa no mundo inteiro quando conseguiu, no dia
25 de Abril de 1945, nos últimos dias da guerra, com tudo já perdido para os
militares alemães, e já não existiam aeronaves regulares na Alemanha, pousar em
Berlim, apesar do cerco efectuado pelos soviéticos. Ela conseguiu a façanha com
um Fieseler “Storch” (“Cegonha”, considerada a primeira
aeronave no conceito STOL), apesar dos milhares de canhões dos russos,
que atiravam nela.
Já que todos os aeroportos
estavam nas mãos dos russos, ela aterrou na avenida em frente do portão de
Brandenburgo, no centro de Berlim, e a foto sensacional foi publicada no mundo
inteiro.
Foi mandada para Berlim, para
salvar o ditador Adolf Hitler, mas este, completamente preso nas suas
fantasias, acreditou ainda na vitória e recusou-se a partir.
Foi uma das últimas
visitantes do bunker de Hitler (Führerbunker), durante a invasão de
Berlim pelo exército soviético. Em vez de Hitler, o ministro Albert Speer saiu
com ela de Berlim.
Voltou ao Brasil em 1952,
ocasião em que fez palestras e conheceu o CTA.
Entre as aeronaves pilotadas
por Hanna Reitsch, destacam-se também: o planador DFS Habicht; o Junkers
Ju 87 Stuka; o Dornier Do 17; o Focke-Wulf Fw 61, o
primeiro helicóptero totalmente controlável; e o Messerschmitt Me 163 Komet,
um caça com motor de foguete.
Hanna Reitsch faleceu de
ataque cardíaco em 1979, aos 67 anos, na cidade de Frankfurt.
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