EFEMÉRIDE – Augusto Pinto Boal, dramaturgo e ensaísta, teórico e encenador de teatro brasileiro, de renome internacional, nasceu no Rio de Janeiro em 16 de Março de 1931.
Autor de uma abundante obra, com traduções em mais de vinte línguas, é conhecido igualmente pela sua participação no Teatro de Arena em São Paulo, entre 1956 e 1970, e pelas suas teorias sobre o “Teatro do Oprimido”, que são aliás estudadas nas principais escolas de teatro mundiais.
Filho de um modesto padeiro português, licenciou-se em Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1950, cursando depois Dramaturgia na Universidade de Columbia nos Estados Unidos. De regresso ao Brasil, integrou o aludido Teatro de Arena, que foi uma das mais importantes companhias teatrais brasileiras. Em 1965, juntamente com Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, apresentou “Arena Conta Zumbi” que teve grande sucesso e que chegou a Portugal sob a forma de disco. Seguiram-se outras peças com igual êxito.
Depois do golpe militar, Boal dirigiu no Rio de Janeiro o Show Opinião, com Zé Kéti, João do Vale e Nara Leão (depois substituída por Maria Bethânia), criando um verdadeiro foco de resistência à situação.
A Primeira Feira Paulista de Opinião, por ele concebida e encenada, reuniu textos de vários autores sobre o “Brasil de 1968”. Apresentou o espectáculo na íntegra, ignorando os mais de setenta cortes feitos pela censura e incitando assim à desobediência civil. Lutou pela permanência da peça em cartaz, mesmo depois da sua proibição. O “Teatro de Arena” actuou nos Estados Unidos, México, Peru e Argentina.
Boal foi preso e exilado em 1971, prosseguindo a sua carreira no estrangeiro. Viveu cinco anos na Argentina, mudando-se depois para Portugal, onde esteve dois anos a trabalhar com o grupo português “A Barraca”. A partir de 1978 fixou-se em Paris, onde criou um centro para pesquisa e difusão do “Teatro do Oprimido”. Visitou o Brasil em 1979, dirigindo um curso teatral no Rio de Janeiro, e voltou no ano seguinte com o seu grupo francês.
Em 1986, Boal regressou ao Brasil, iniciando o plano piloto “Fábrica de Teatro Popular”, que tinha como finalidade tornar acessível a linguagem teatral a qualquer cidadão.
Por curiosidade, diga-se que a canção de Chico Buarque “Meu Caro Amigo” é uma carta em forma de música feita em homenagem a Boal, que vivia então exilado em Lisboa.
Augusto Boal é Oficial da Ordem de Artes e Letras francesa desde 1981, tendo recebido também a Medalha Picasso da UNESCO em 1994. Falou-se na sua nomeação para Prémio Nobel da Paz em 2007.
Autor de uma abundante obra, com traduções em mais de vinte línguas, é conhecido igualmente pela sua participação no Teatro de Arena em São Paulo, entre 1956 e 1970, e pelas suas teorias sobre o “Teatro do Oprimido”, que são aliás estudadas nas principais escolas de teatro mundiais.
Filho de um modesto padeiro português, licenciou-se em Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1950, cursando depois Dramaturgia na Universidade de Columbia nos Estados Unidos. De regresso ao Brasil, integrou o aludido Teatro de Arena, que foi uma das mais importantes companhias teatrais brasileiras. Em 1965, juntamente com Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, apresentou “Arena Conta Zumbi” que teve grande sucesso e que chegou a Portugal sob a forma de disco. Seguiram-se outras peças com igual êxito.
Depois do golpe militar, Boal dirigiu no Rio de Janeiro o Show Opinião, com Zé Kéti, João do Vale e Nara Leão (depois substituída por Maria Bethânia), criando um verdadeiro foco de resistência à situação.
A Primeira Feira Paulista de Opinião, por ele concebida e encenada, reuniu textos de vários autores sobre o “Brasil de 1968”. Apresentou o espectáculo na íntegra, ignorando os mais de setenta cortes feitos pela censura e incitando assim à desobediência civil. Lutou pela permanência da peça em cartaz, mesmo depois da sua proibição. O “Teatro de Arena” actuou nos Estados Unidos, México, Peru e Argentina.
Boal foi preso e exilado em 1971, prosseguindo a sua carreira no estrangeiro. Viveu cinco anos na Argentina, mudando-se depois para Portugal, onde esteve dois anos a trabalhar com o grupo português “A Barraca”. A partir de 1978 fixou-se em Paris, onde criou um centro para pesquisa e difusão do “Teatro do Oprimido”. Visitou o Brasil em 1979, dirigindo um curso teatral no Rio de Janeiro, e voltou no ano seguinte com o seu grupo francês.
Em 1986, Boal regressou ao Brasil, iniciando o plano piloto “Fábrica de Teatro Popular”, que tinha como finalidade tornar acessível a linguagem teatral a qualquer cidadão.
Por curiosidade, diga-se que a canção de Chico Buarque “Meu Caro Amigo” é uma carta em forma de música feita em homenagem a Boal, que vivia então exilado em Lisboa.
Augusto Boal é Oficial da Ordem de Artes e Letras francesa desde 1981, tendo recebido também a Medalha Picasso da UNESCO em 1994. Falou-se na sua nomeação para Prémio Nobel da Paz em 2007.
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